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Representantes de entidades governamentais e ONGs conheceram projeto (Foto Viviane Cabral).
Representantes de governos e ONGs conheceram projeto (Foto Viviane Cabral).

Representantes de entidades sul-baianas visitaram, nesta semana, a Organização de Conservação da Terra (OCT), em Ibirapitanga, para conhecer de perto o Projeto Produtor de Água Pratigi (PAP). O projeto da Agência Nacional de Águas (ANA) busca a redução da erosão e assoreamento dos mananciais nas áreas rurais.

Iniciado em Ibirapitanga, o PAP está sendo expandido para Ibirapitanga e Igrapiúna, na região do baixos-ul da Bahia, com a implementação da lei municipal de Pagamento Por Serviço Ambiental (PSA). Com a Lei aprovada, a OCT, em parceria com a ANA e o Ministério Público, por meio do Núcleo de Defesa da Mata Atlântica, atuará na restauração de nascentes, adequação de estradas rurais, qualificação da lavoura cacaueira e assistência técnica dos produtores.

A ideia, segundo o diretor executivo da OCT, Volney Fernandes, é incentivar os produtores rurais a adotar boas práticas de proteção e conservação da água e do solo, geraçando serviços ambientais. “Em contrapartida, os agricultores familiares recebem incentivos financeiros, não financeiros e assistência técnica gratuita, participando do projeto e por aderirem às boas práticas de conservação ambiental e produtiva”.

A experiência chamou a atenção de representantes de entidades sociais, governamentais e não governamentais, que visualizaram a oportunidade de replicá-la em outras localidades, a exemplo da Região Cacaueira, que sofre uma crise hídrica.

Para o presidente da Amurc e prefeito de Ibicaraí, Lenildo Santana, o projeto motiva uma política de enfrentamento no sul da Bahia, com o envolvimento de toda a comunidade, para buscar a revitalização da Mata Atlântica. “A iniciativa sinaliza uma direção de valorização ambiental e produz um resultado para as gerações futuras”.

O promotor público e coordenador do Núcleo de Defesa da Mata Atlântica, Yuri Lopes de Melo, aprovou a iniciativa do Projeto Produtores de Água e destacou a importância de replicar na nascente do Rio Almada, que abastece os municípios de Itabuna, Itajuípe, Coaraci e Almadina, onde o órgão público já desenvolve um projeto que atende 50 nascentes em 30 propriedades. “Eu vejo com grande esperança, para que podemos começar um projeto de recuperação de nascentes, que embora seja lento, mas é eficiente e gera resultados futuros”.

Como encaminhamento, Lenildo Santana revelou que estará reunindo com representantes dos municípios associados a Amurc, com o objetivo de fazer um diagnóstico de cada experiência, visando conhecer a realidade e disseminar as informações ambientais para que possam ser implementadas. “O nosso papel é de articular dessas informações e disseminá-las para que elas possam ser implementadas em cada município. Para isso, conjuntamente com as instituições parceiras, sociedade civil construiremos um Núcleo de Gestão de Diálogo, composto por células de ação e execução, ganhando a escala necessária para atender as demandas”, concluiu o gestor.

ENTIDADES

O encontro reuniu representantes das secretarias de Agricultura e Meio Ambiente de vários municípios da região, além das seguintes entidades: CONDESC, MLT, CIPPA – Porto Seguro, SETAF/BAHIATER, BIOFÁBRICA, Consórcio Portal do Sertão, UFSB, Ministério Público, CEPLAC, SAAE, Diálogo do Cacau, Centro das Águas, Instituto Nossa Ilhéus, Associação Comercial e Empresarial de Itabuna – ACI, Ciapra e outras instituições parceiras.

3 respostas

  1. Pegando cancho os taboquenses devem pensar em recuperar as cacimbas de Taboca,as mesmas estão contextualizadas na nossa história, a nossa casa há 16 anos que foi comprada,a mesma tinha duas cacimbas no quinta,embora uma já encontrei entulhada,a outra que é a salvação da lavoura neste tempo de falta d’água em Taboca.

    Como temos dois tanques,um recebe água salga e outro recebe água da cacimba, a salgada pra lavar prato, vaso sanitário e limpeza,todavia, demora de cair e o tanque de 2 mil litro seca e completo com água da cacimba,a mesma,coloco cloro e
    pedra de enxofre e a água é cristalina.

    O outro tanque exclusivo da cacimba pra tomar banho e lavar roupa e vou levando com a escassez hídrica,porém,ao ser alertado pela prefeitura da falta d’água, de
    imediato comprei um tanque de 2 mil litros e armazenei água doce da Emassa e a mesma só uso pra cozinhar.

    Após a chuva cair e normalizar a situação da água,é bom pensar em restaurar as cacimbas de Taboca,o que a minha vovó sempre dizia; “seguro morreu de velho.” já
    pensou se preservassem as nascentes dos rios,não estava nesta penúria de água.

  2. Gostaria de receber mais informações a respeito do referido projeto. Sou secretário de Agricultura e Meio Ambiente do Município de Itambacuri-MG, momento em que estamos passando por sérios problemas Hídricos e procurando alternativas. Aguardando respostas colocamos a disposição.Abs

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