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Eliane Romano é uma das "modelos" da iniciativa (Foto Mel Masoni).
Eliane Romano é uma das “modelos” da iniciativa (Foto Mel Masoni).

Criado em 2013 pela produtora e diretora de arte carioca Mel Masoni, o Projeto Pérolas nasceu de uma ideia simples, porém nobre: utilizar a fotografia para ajudar mulheres diagnosticadas com câncer de mama a recuperarem a autoestima. A iniciativa, que chega ao seu 10º ensaio, já conta com mais de 15 “modelos” retratadas, somente no estado do Rio de Janeiro.

Para o segundo semestre de 2016, os planos são arrojados: o projeto deve se transformar em uma ONG, a fim de ampliar o seu alcance e, assim, acolher mulheres em todo o Brasil. Para isso, a ação já está com uma campanha no Kickante com o objetivo de levantar recursos.

Segundo Mel, que está à frente de todas as atividades do Projeto Pérolas, as mulheres que participam dos ensaios geralmente ainda estão em tratamento ou no final de todo o processo. “Quando chegam ao local das fotos, ainda tímidas, nossas modelos são preparadas por uma professora de expressão corporal, para que possam entrar em contato consigo mesmas, com o amor por si próprias e pelos seus corpos”, diz.

“Na sequência, maquiadores preparam os seus cabelos e peles. Antes de posar para a sessão de fotos, elas ainda deixam seus depoimentos em vídeo”, explica. O material produzido no ensaio é publicado tanto no site quanto nas mídias sociais do projeto.

O Pérolas ainda não possui patrocínio. Por isso, conta exclusivamente com colaborações voluntárias. Os locais dos ensaios são cedidos e os profissionais envolvidos (fotógrafos, professores de expressão corporal, maquiadores, videomakers e comunicadores) também não cobram por seus respectivos trabalhos.

O interesse em contribuir com o Pérolas é cada vez mais crescente. Dezenas de profissionais oferecem os seus talentos em diversas áreas em prol de uma causa importante e única. Durante as celebrações do Outubro Rosa de 2015, por exemplo, o Pérolas teve seu ensaio exposto no BRT Alvorada, no bairro da Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, com mais de 400 visitações.

Entre 21 de maio e 20 de junho desse ano, a 2ª Mostra de Artes Intercity, realizada na cidade de Teresópolis, também no estado carioca, apresentou os ensaios gratuitamente. “As exposições fotográficas são uma forma de mostrar ao público que mulher nenhuma deve se sentir menos feminina por ter sido diagnosticada com câncer de mama, além de trazer visibilidade para o trabalho dos profissionais envolvidos”, conta Mel.

NÚMEROS DO CÂNCER DE MAMA

Atualmente, 8,2 milhões de pessoas morrem por ano de câncer no mundo e o câncer de mama é a modalidade que mais atinge as mulheres. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), cerca de 50 mil novos casos dessa enfermidade deverão ser diagnosticadas em 2016, somente no Brasil.

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