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Evento marcou lançamento do Parque Tecnológico do Sul da Bahia (Foto Daniel Thame).
Evento marcou lançamento do Parque Tecnológico do Sul da Bahia (Foto Daniel Thame).

A apresentação do Parque Científico e Tecnológico do Sul da Bahia, que vai funcionar dentro da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), na rodovia Ilhéus-Itabuna, marcou as comemorações dos 60 anos da implantação da Comissão Executiva da Lavoura Cacaueira (Ceplac), nesta segunda-feira (20).

Articulado pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e Uesc, o parque terá como foco a criação e inovação da cadeia produtiva do cacau e chocolate no sul da Bahia. Foram três anos de estudos para o desenvolvimento do projeto da unidade, que irá auxiliar ainda na qualificação dos ensinos técnico e superior da região.

Com previsão de receber R$ 6,5 milhões em investimentos até 2019, o parque também possui como metas o desenvolvimento de sistemas de gestão ambiental, produtividade e competitividade do cacau e do chocolate, fomento à produção agroindustrial, agroecologia e agricultura familiar, manejo e conservação dos recursos florestais.

O evento de apresentação do parque foi realizado na sede regional da instituição, na Rodovia Ilhéus-Itabuna, com as presenças dos secretários estaduais Vitor Bonfim (Agricultura), José Vivaldo Mendonça (Ciência, Tecnologia e Inovação), Geraldo Reis (Meio Ambiente) e Jerônimo Rodrigues (Desenvolvimento Rural.

DESENVOLVIMENTO REGIONAL

A primeira estrutura do parque será inaugurada em março. Trata-se do Centro de Inovação do Cacau, instalado em uma área dentro do Instituto Nacional de Pesquisa e Análises Físico-químicas da Uesc. “Com o apoio do Governo do Estado, atuando em parceria com a Ceplac, a Universidade Estadual de Santa Cruz e a Universidade Federal do Sul da Bahia, vamos ampliar o processo de geração de tecnologia voltada para o desenvolvimento regional, que passa pelo fortalecimento da cadeia produtiva do cacau”, afirma José Vivaldo Mendonça.

O superintendente regional da Ceplac, Antonio Zugaib, destacou que “a parceria com o Governo do Estado é importante porque envolve não apenas recursos, mas difusão do conhecimento entre as instituições, tendo o Parque Científico e Tecnológico como agente catalizador para o desenvolvimento regional”.

Para Jerônimo Rodrigues, o grande desafio é adotar um modelo que garanta a retomada econômica do cacau. Para isso, o Governo do Estado tem estabelecido parcerias que fortaleçam a cadeia produtiva do chocolate e programas de diversificação como agroindústria e fruticultura. Geraldo Reis acrescentou que haverá investimentos em técnicas de produção que permitam a conservação ambiental, já que o cacau, por suas características de cultivo, contribui para a preservação da Mata Atlântica.

PRODUÇÃO

Já Vitor Bonfim comentou que o Governo está trabalhando em conjunto com a Ceplac para ampliar a produção de cacau e reduzir a dependência da importação de amêndoas da África e da Ásia, que oferecem riscos de introdução de pragas. A comemoração dos 60 anos da Ceplac foi encerrada com a entrega de placas homenagens a funcionários e de uma palestra sobre a história da instituição.

Criada por Juscelino Kubitschek, a Ceplac elevou a produção de cacau na Bahia, nas décadas de 1970 e 1980, para 400 mil toneladas por ano. Atualmente, em processo de retomada, a produção é de cerca de 130 mil toneladas/ano e, além das amêndoas, estão sendo feitos investimentos na produção de chocolate, com a criação de cerca de 20 marcas, que já atingem os mercados nacional e internacional de chocolates finos.

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