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Bárbara AndradeBárbara Maria Fagundes Andrade

O novo lugar da mulher atual acabou por deixar espaço recaindo sobre os homens para que expressem um comportamento mais participativo e envolvente nos relacionamentos afetivos e familiares, o que vem contribuindo para o surgimento de uma nova concepção de masculinidade/paternidade.

O que é ser mulher? Que aspirações tem a mulher da atualidade? Que nova mulher é essa? O que a menina, agora, quer ser quando crescer? Mãe? Uma profissional bem-conceituada? Mulher maravilha? Quem é esta nova mulher que tem conquistado os corredores sociais?

Mês passado, ao assistir o programa Saia Justa, da GNT, a fala da atriz Maria Ribeiro chamou-me a atenção, pois a mesma indagava que só haviam explicado a ela o “lado romântico da maternidade” e que a maternidade não é de toda tão romântica assim, mesmo tendo tido uma experiência única com a chegada de seu primeiro filho.

Analisando a história da mulher ao longo dos anos, percebemos as grandes transformações significativas que ocorreram no modo como elas se posicionam no mundo. Observa-se, que a mulher de outrora não é mais a mulher da atualidade, essa nova mulher já não tem mais como aspirações primordiais: a maternidade, o sonho de ter uma família, cuidar de casa…. Agora elas querem e desejam suas realizações profissionais, embora ainda existam algumas mulheres que desejam, sim, ser mãe, mas não em primeiro plano, pois acabam priorizando suas profissões, como apontam algumas pesquisas e estatísticas. O que mudou? Será que mudou?

O movimento feminista (1960), novos arranjos familiares (família nuclear, família patriarcal, família homoafetiva, monoparental, etc.), Lei do Divórcio, advento da pílula anticoncepcional, dentre tantos fatores sócio-históricos ao longo dos anos, ajudaram nesse movimento de mudança do lugar da mulher em seus meios sociais, principalmente no familiar.

Consideramos o momento atual como um momento de transição, posto que, devido às inúmeras transformações por que vêm passando as sociedades modernas neste novo século, os antigos conceitos culturais de classe, gênero, etnia, raça e sexualidade, entre outros, que antes nos forneciam nosso lugar como indivíduos estão se fragmentando, acarretando também mudanças em nossas identidades pessoais, como por exemplo, que lugar de mulher não é na cozinha ou cuidando de seus filhos.

A perda dos antigos referenciais, que marcavam as antigas identidades sociais e individuais, vem levando os indivíduos a tentar buscar novos referenciais, inclusive aqueles que dizem respeito aos papéis de gênero. Vale lembrar que gênero aqui não se trata de sexo (masculino ou feminino), e sim o que o sujeito define ser ao longo de sua vida, seria um posicionamento social. Tais papéis, que antes eram muito bem estruturados, acabaram por incorporar formas plurais e fragmentadas de identificações, que caracterizam o sujeito contemporâneo.

A cultura patriarcal teve como um de seus efeitos o distanciamento do homem da cena familiar, composta basicamente pela mãe e seus filhos. Contudo, a nova mulher, que não é mais aquela mulher do lar e sim aquela que contribui para o sustento familiar, ou mesmo aquela que deseja e aspira por uma profissão e não por um casamento, veio quebrar a hierarquia doméstica e iniciar indagações referentes à autoridade paterna. No entanto, autores como Gomes e Resende (2004), alertam que “a mudança de hábitos não acompanha o ritmo da transformação dos valores” e, por isso, podemos observar que, não apenas a identidade feminina, mas também a masculina, transitam, no momento atual, por modelos tradicionais e modernos, sem que um, necessariamente exclua o outro.

O novo lugar da mulher atual acabou por deixar espaço recaindo sobre os homens para que expressem um comportamento mais participativo e envolvente nos relacionamentos afetivos e familiares, o que vem contribuindo para o surgimento de uma nova concepção de masculinidade/paternidade.

Hoje, embora ainda seja mais difícil para as mulheres assumir cargos de maior poder e prestígio, elas estão ampliando seu campo de atuação profissional e investindo cada vez mais em uma boa formação acadêmica, tentando alcançar, com isso, maiores e melhores oportunidades no mercado de trabalho.
É frequente vermos mulheres que desempenham verdadeiros papéis de Mulher Maravilha, pois estas, além de serem mães, são profissionais bem conceituadas, esposas/namoradas, amigas, filhas, líderes e por aí vai. Esta mulher da atualidade já não quer somente ser do lar quando crescer. Elas querem, sim, ser quem elas quiserem ser, “simplesmente mulher”.

Bárbara Maria Fagundes Andrade é psicóloga e especialista pela UFBA em Formação de Operadores do Sistema de Atendimento Socioeducativo.

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Todos os caixas da agência estão fora do ar (Foto do leitor).
Todos os caixas da agência estão fora do ar (Foto do leitor).

Após operar com praticamente metade da bateria de caixas de autoatendimento desde a quinta (9), o Banco do Brasil está com todos os caixas automáticos de sua agência central, na Olinto Leone, fora do ar. Leitores relataram a situação registrada desde as primeiras horas de hoje (11). “Preciso fazer pagamentos e não tenho como sacar dinheiro ou acessar a conta no autoatendimento”, queixou-se publicitário que retornou à agência no início da tarde deste sábado.

Mais cedo, clientes como Jorge Bittencourt fizeram a mesma reclamação. “Todos os caixas estão fora do ar”. A mensagem na tela é para que procure outro terminal.

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Centro do Cacau recebe investimento para inovação.
Centro do Cacau recebe investimento para inovação.

Para inovar e fortalecer a cadeia produtiva do cacau e chocolate no sul da Bahia, foi lançado nesta sexta-feira (10) o Parque Científico e Tecnológico do Sul da Bahia (PCTSul). Durante o evento no campus da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), localizado na rodovia Ilhéus-Itabuna, foi inaugurado o Centro de Inovação do Cacau, primeira iniciativa do Parque que surge para fortalecer a região cacaueira.

O parque é resultado da união de esforços da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), Universidade Federal do Sul da Bahia, Ceplac, IFBA, IFBaiano, secretarias estaduais de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e Desenvolvimento Econômico (SDE). Com foco na criação e inovação da cadeia produtiva do cacau e chocolate no sul da Bahia, a previsão é que a estrutura receba investimentos da ordem de R$ 6,5 milhões até 2019.

Foram três anos de estudos para o desenvolvimento do projeto da unidade, que irá auxiliar ainda na qualificação dos ensinos técnico e superior da região.

As primeiras operações do PCTSul terão como foco a cadeia produtiva do cacau, através de um Centro Integrado de Inteligência e Inovação que se dedicará à realização de análises físico-químicas, com foco na melhora da produtividade, qualidade e rastreabilidade das amêndoas, viabilizando o fortalecimento da inserção do cacau baiano nos circuitos produtores de chocolates finos e de origem.

Secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Jaques Wagner, destacou a importância do trabalho conjunto para a criação do empreendimento. “O Parque é uma integração entre instituições públicas federais, estaduais, universidades e iniciativa privada. O que muito me alegra é o fato de haver um conjunto de empresas privadas que se associam e sabem que esse é o melhor caminho. Somos o único país do mundo em condições de ir do fruto ao produto, então temos que agregar valor na produção do chocolate”.