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rosivaldo-pinheiroRosivaldo Pinheiro | rpmvida@yahoo.com.br

 

A melhor saída para estabelecermos um novo momento para o Brasil seria uma nova eleição, mas essa saída não permitiria sobrevida para a maioria das atuais lideranças nacionais, que constroem na calada dos bastidores uma eleição em lista, caminho protetivo para escaparem do julgamento sumário dos eleitores.

A mais recente delação de Marcelo Odebrecht colocou mais lenha na fogueira em que hoje está a política brasileira. Vivemos um momento de muita agitação, instabilidade institucional e uma crise econômica de grande repercussão na vida das famílias. Saímos divididos das urnas da última eleição presidencial e as forças opositoras decidiram que aquele era o melhor momento para criar resistência à governabilidade da presidente reeleita.

Com a agenda de obstáculos então imposta nas Casas Legislativas, no mercado financeiro e em outros setores, como parte da mídia, houve a tomada do controle político do país por essa coalizão, a união Cunha, Aécio e Temer construiu as pautas bombas, até chegarem à tese das pedaladas fiscais, que dias depois do impeachment foi “regularizada” num circo nacional. Deram o golpe de mestre.

O desejo de extirpar a corrupção acabou sendo o pano de fundo para levar parcela significativa da população às ruas. Uma ofensiva política e midiática construiu o senso comum de que a causa e o efeito de todos os males nacionais era o PT, partido hegemônico, que liderava as forças que comandavam o governo central há 12 anos e que tem alguns nomes inseridos na corrupção. O resultado desse processo, todos sabemos, além da queda da presidente, foi termos nossas maiores empresas atingidas, produzindo uma massa de desempregados que, segundo o Dieese, passam de 13,5 milhões de pessoas.

Os autores da tese para chegarem ao poder se deleitam no governo central sem apresentar uma saída para a crise. Ao contrário, diante da crise política que virou crise econômica, eles tentam modificar a estrutura de Estado, construída a partir da Constituição de 1988 e ampliada pelas políticas públicas de inserção socioeconômica implantadas no ciclo do PT.

Esse esforço trouxe de volta as políticas neoliberais e a tese do estado mínimo, programa diferente à escolha que o povo fez nas urnas. Por outro lado, a Operação Lava Jato, por mais que sofra críticas de ser seletiva, não pode ser paralisada, e os que antes atacavam o governo, usando a bandeira de combate à corrupção, se vêm agora expostos e citados nas delações. A extensão da crise política não fora dimensionada pelos idealizadores do impeachment.

Na saga pelo poder, pensaram que uma vez tomando posse do Planalto conseguiriam afogar a Lava Jato. Erram duplamente: esqueceram-se de mensurar as novas ferramentas (redes sociais) que retroalimentam e pressionam as instituições a seguirem em frente no cumprimento dos seus papéis, e a perda de apoio popular em função das medidas de retiradas de direitos.

A melhor saída para estabelecermos um novo momento para o Brasil seria uma nova eleição, mas essa saída não permitiria sobrevida para a maioria das atuais lideranças nacionais, que constroem na calada dos bastidores uma eleição em lista, caminho protetivo para escaparem do julgamento sumário dos eleitores.

Rosivaldo Pinheiro é economista e especialista em Planejamento de Cidades pela Uesc.

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Droga foi apreendida na Rodovia Ilhéus-Itabuna.
Droga foi apreendida na Rodovia Ilhéus-Itabuna.

Um homem foi preso com 1 quilo de pasta base de cocaína, hoje (14), na base do Tático Ostensivo Rodoviário (TOR), no quilômetro 22 da Rodovia Ilhéus-Itabuna. De acordo com a Polícia Militar, o homem foi identificado como Thales Uilliam Silva Santos, de 24 anos.

Segundo a polícia, Thales Uilliam reside na Conquista, em Ilhéus, e levava, ainda, R$ 190,00 em espécie. A polícia também apreendeu uma moto Honda CG 125 fan, preta, em nome de outra pessoa. Thales foi encaminhado para o plantão central da Polícia Civil em Ilhéus.

 

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Comerciários decidem aderir à greve geral do próximo dia 28.
Comerciários decidem aderir à greve geral do próximo dia 28.
Reunidos em assembleia na noite desta quinta-feira (13), no auditório do Sindicato dos Comerciários, os trabalhadores e trabalhadoras no comércio de Itabuna decidiram que vão cruzar os braços no dia 28 de abril, data da greve geral convocada pelas centrais sindicais contra as reformas da previdência e trabalhista. Será dia de protesto também contra a terceirização aprovada pelo Congresso e sancionada pelo presidente Michel Temer.

“Não podemos aceitar calados o desmonte da previdência social, o fim da CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) e o aumento da precarização das condições de trabalho”, afirmou Nivaldo Freitas, diretor do Sindicato dos Comerciários de Itabuna. “A classe trabalhadora unida vai barrar estes ataques e derrubar este governo golpista, inimigo dos trabalhadores”, declarou o sindicalista.

Diversas outras categorias profissionais de Itabuna, como bancários, professores, servidores públicos, agentes comunitários, profissionais de saúde, limpeza, alimentação, trabalhadores rurais, gráficos, operários têxteis e da construção civil estão realizando assembleias para confirmar a participação na greve do dia 28. “Vamos parar o Brasil”, assegurou Freitas.