Tempo de leitura: 2 minutos

dt-chargeDaniel Thame

 

Na Sul-Americana, o Fluminense suou sangue para passar pelo Liverpool, não o inglês, mas o genérico uruguaio, o Cruzeiro caiu diante de um timeco paraguaio e pior ainda fez o outrora glorioso São Paulo, eliminado em pleno Morumbi pelo Defensa y Justicia (quem?)…

 

Começa neste final de semana o Campeonato Brasileiro de 2017, que os exagerados chamam de Brasileirão e os mais exagerados ainda chamam de maior campeonato de clubes do mundo.

A menos que os campeonatos da Inglaterra, Espanha, Alemanha e até da Itália sejam disputados em outro mundo e a Champions League em outra galáxia, a megalomania é digna de certos juízes que mourejam nessa republiqueta bananeira.

O Campeonato Brasileiro (não chega a ser um brasileirinho, façamos a concessão) pode ser um dos mais equilibrados do planeta, mas isso não tem nada a ver com o poderia técnico dos clubes que o disputam.

Ao contrário, o equilíbrio se dá justamente porque temos até bons times como o Palmeiras, o Flamengo, o Santos, o Atlético Mineiro; times equilibrados como Cruzeiro, Corinthians, Fluminense, Grêmio e Atlético Paranaense;  mas não temos nenhum super time, desses que despontam como favoritos.

Nenhum time em que o torcedor saiba a escalação de cor.

Nenhum fora de série, a menos que se entenda Guerrero, Lucas Limas, Robinho, Fred, Diego, Guerra, Cueva como foras de série.

O desempenho dos times  brasileiros na Libertadores, em que a classificação de quase todos para próxima fase virá mais pela mediocridade dos adversários do que pela qualidade demonstrada até aqui, é um sinalizador de a quantas anda (ou não anda) o futebol brasileiro. O “poderoso”  Palmeiras andou perdendo até para times marca bufa da Bolívia e o Grêmio para times igualmente marca bufa do Chile.

Na Sul-Americana, o Fluminense suou sangue para passar pelo Liverpool, não o inglês, mas o genérico uruguaio, o Cruzeiro caiu diante de um timeco paraguaio e pior ainda fez o outrora glorioso São Paulo, eliminado em pleno Morumbi pelo Defensa y Justicia (quem?), time molambento que estava fazendo sua primeira partida internacional fora da Argentina.

O fato é que nossos times só conseguem contar com veteranos que já não têm mercado na Europa ou na China, uruguaios, argentinos, paraguaios, chilenos, peruanos e venezuelanos por quem europeus e chineses não se interessam e promessas que não passam disso, promessas.

Esse bolodório todo significa que o Campeonato Brasileiro será um retumbante fiasco?

Não necessariamente.

O tal equilíbrio entre os times, lampejos de craque de alguns jogadores acima citados e a paixão do torcedor pelo seu time (seja ele formado por gênios da bola ou notórios pernas de pau) pode garantir um campeonato que ainda que não seja um primor de técnica, nem por isso será menos emocionantes, numa luta ferrenha pelo título na parte de cima e contra o rebaixamento na parte de baixo da tabela.
______________
É GOL – Real Madri e Juventus farão a final da Champions League.  Justo, justíssimo. Um ataque avassalador contra uma defesa quase intransponível. Cristiano Ronaldo x Buffon. Imperdível.
______________
É PÊNALTI – O juiz vibrou mesmo com o gol do Flamengo na decisão do Carioca? Tempos estranhos, tempos estranhos no mundo da bola. Só da bola?

Daniel Thame é jornalista e editor do Blog do Thame.

2 respostas

  1. Todos leitores apreciam bons textos,bem como boas narrações esportivas,exemplo de Jorge Curi,locutor de todas as copas e Valdir Amaral locutor de 9 copas do mundo e aqui na Bahia tem exímio locutor que Galvão Bueno não chega aos seus pés é Silvio Mendes,um negrão e o mesmo poderia ocupar o lugar de Galvão Bueno.

    Só vejo jogo do Brasil na nossa casa,desligo áudio da TV,é aversão a voz do Galvão o que foi construído a cada narração e foi observado que o mesmo mentia fantasiava o que não existia no jogo.

    Nas paginas amarelas da revista veja,o próprio Galvão disse que é um vendedor de ilusão,portanto quem gosta de de ser iludido que ouça Galvão,este comentarista não e jamais comprará um livro de vendedor de ilusão do Galvão.

    Outro narrador que poderia ocupar lugar de Galvão Bueno seria Rafael Henzel,o mesmo sobreviveu a queda do avião que conduzia o time da chape,é exímio narrador
    e não pode esquecer de Luciano do Vale,grande e faz falta como os demais que já se foram e deixou marca,”Galinho de Quintino” Valdir Amaral e o “relógio marca”
    “tem peixe na rede”Jorge Guri são marcas indeléveis.

    O que deve preocupar-se,neste caso do narrador Galvão Bueno são suas influências
    as outras gerações de narradores esportivos,contudo,futuros narradores não copiem nada do Galvão Bueno,faça tudo pelo contrário.

    Assim são os textos,como exemplo este,Brasileirão ou Brasileirinho,leitura agradável cujas ideias coerentes e os leitores sabem apreciar um bom artigo.

  2. Se o juiz comemorou? Claro que comemorou, embora grande parte das mulambetes não assuma. O que acho engraçado é que muitos vivem dizendo que são CONTRA A CORRUPÇÃO.
    É velha máxima da LEI DE GERSON.

Deixe aqui seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *