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Samylle Dantas, Natalia do Valle, John Hebert, Ailana Vanessa Paixão, Carlos Horley e André Ramos

Residia em Itabuna um jovem chamado Mário. Seu passatempo preferido era assistir à TV Senado. Divulgava em seu Whatsapp e em conversas com amigos todo seu descontentamento em relação à política. Criticava, insultava e dizia que o problema do Brasil eram os políticos. E talvez até fosse.

Certo dia, Mário foi ao supermercado com seus dois filhos. Depois de concluir suas compras, notou que as filas estavam de tamanho imensurável. Mário, um homem esperto e inteligente, dividiu as compras entre os filhos e cada um dirigiu-se a uma fila. Aquele que chegasse mais rápido a sua vez, passaria todas as compras. Após efetuar o pagamento, percebeu que a atendente havia lhe dado dois reais a mais. Colocou o dinheiro no bolso e foi embora. Afinal, ela quem devia ter sido mais atenciosa.

No caminho para casa, lembrou-se que teria a votação para a reforma trabalhista na programação da TV Senado. No trânsito, o sinal estava amarelo, prestes a ficar vermelho. Sabendo que não havia radar, acelerou em vez de reduzir, evitando a parada.

Ao chegar, estacionou em frente a sua residência para não se atrasar mais. E “pimba”! À porta, encontra uma carteira com R$ 200,00. Era seu dia de sorte! Ao olhar para os lados, vê um rapaz andando e olhando para o chão, e pensa: “Talvez ele esteja apenas distraído. Se eu perguntar, dirá que é sua.” Põe a carteira no bolso e entra para ver aqueles políticos corruptos.

A realidade é: a cada esquina vemos corrupção. Hipocritamente, o pensamento da maioria é: Bobos são quem não a pratica. Quem nunca colou numa prova? Ou comprou produto falsificado? Atire a primeira pedra. Se você quer mudanças, comece por você.

*Estudantes de Direito da Unime.

8 respostas

  1. Voce generaliza como se todos fossemos Mário, como se a regra fosse a desonestidade dele e, por isso, a corrupção estaria justificada.

    Prefiro falar do João, que ficou em sua fila e que alertou a caixa do supermercado sobre o troco a mais, que diminuiu antes do sinal fechar, que devolveu a carteira que achou.

    Eu, João, e a maioria dos brasileiros somos honestos e a frase “quem nunca” não se aplica a nós. Além disso, comparar colar em prova e comprar um CD no camelô com roubar bilhões de reais de dinheiro público é, no mínimo, bizarro.

    Não precisamos mudar nada em nós para exigir cadeia para os corruptos de Brasília ou de Itabuna.

  2. Bom dia, gostei do artigo, contudo o mesmo só foca uma parcela da nossa sofrida população, faltou dizer também que temos outra parte mais esclarecida que ao ser procurada por alguns tem a seguinte recomendação por parte do profissional, como você esta falando não é possível, mas se arranjarmos uma testemunha que diga de tal forma teremos êxito, e assim por diante a corrupção esta em todos os meios e não só no cidadão comum, é muito fácil imputar desonestidade aos outros para justificar as dificuldades impostas ao cidadão comum para depois vender as facilidades

  3. O texto é bom, mas com óbvias conclusões. Seria relevante para estudantes secundaristas. Em nível acadêmico e para “estudantes de direito” esperamos ações mais concretas.

  4. Gostei do artigo porque ele representa a verdade dos fatos! A grande maioria da população segue a Lei de Gerson e gosta de LEVAR VANTAGEM EM TUDO! O MÁRIO É 90% DA NOSSA POPULAÇÃO. Daí que a nossa política não poedria ser diferente! A verdade dói, mas, essa á a nossa realidade. Quando aparece um devolvendo algo que achou, é logo merecedor de espaços no sistema de comunicação como se tal comportamente fosse algo do outro mundo.

  5. Marcel Leal,

    Não concordo que sua ultima fala Marcel Leal, devemos sim, sempre buscar mudanças em nós, principalmente quando apontamos os erros dos outros. Sei que o texto do aluno foi unilateral, no entanto entendo que o intuito poderia ser o que alertar o leitor…. Talvez…. Ao menos espero que assim tenha sido.
    Abraço amigo

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