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Juvenal festeja crédito para a lavoura.
Juvenal: crédito para a lavoura.
Governo assegura mais crédito para o cacau.
Governo: dinheiro para plantio.

A partir de 1º de julho, os cacauicultores poderão contar com R$ 2,13 bilhões em crédito de investimento para a implantação, melhoramento e manutenção de suas lavouras em sistemas florestais ou agroflorestais. O anúncio foi feito pelo governo federal.

Os recursos fazem parte do Programa Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC). Antes, o plantio com incentivo do ABC só era permitido na Amazônia. Com o novo PAP, foi ampliado para as outras regiões do país, principalmente Bahia e Espírito Santo.

De acordo com o diretor da Ceplac, Juvenal Maynart, financiar o incremento da produção do cacau no sistema de Agricultura de Baixo Carbono é uma visão inovadora. O cacau, reforça, é uma árvore nativa da Floresta Amazônica e de boa convivência com as florestas nativas.

Juvenal também ressalta o papel da Ceplac, hoje departamento do Ministério da Agricultura. “A Ceplac é detentora da ciência e extensão rural na inserção produtiva, tanto na Floresta Amazônica quanto na Mata Atlântica – ressalta o diretor.

Os projetos apresentados com essas finalidades às instituições financeiras terão limite de financiamento de até R$ 2,2 milhões por produtor de cacau a taxas de juros de 7,5% ao ano e com prazo de pagamento de até 12 anos. Além do cacau, também estão contempladas as plantações de açaí, oliveira e nogueira no Programa ABC.

DESAFIO É AUMENTAR PRODUÇÃO

O Brasil é o sétimo produtor de cacau do mundo, atrás da Costa do Marfim, Gana, Indonésia, Equador, Camarões e Nigéria. Em 2017, o país importará 60 mil toneladas de amêndoas. “O grande desafio é deixar de ser importador de amêndoas africanas, para melhor atender a indústria nacional, até mesmo pelos riscos fitossanitários”, destaca Maynart.

Segundo Maynart, o governo está implementando medidas que propiciem novos investimentos para a revitalização da economia cacaueira. O Brasil tem toda a cadeia produtiva de cacau e chocolate instalada no país, estando previsto para este ano negócios da ordem de R$ 22 bilhões.

De acordo o IBGE, em 2016, a produção brasileira ultrapassou 214,7 mil toneladas de amêndoas secas de cacau, em uma área de 707,2 mil hectares. Os principais estados produtores são Bahia (116,1 mil toneladas), Pará (85,8 mil), Espírito Santo (5,5 mil) e Rondônia (5,2 mil). Atualmente, o consumo interno é de cerca de 190 mil toneladas de derivados de cacau.

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