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pc do bO PCdoB mandou aviso ao governador Rui Costa, nesta segunda (19): quer uma das duas vagas ao Senado Federal em 2018. E, para isso, apresentou três nomes: os deputados federais Alice Portugal e Daniel Almeida e o ex-prefeito de Juazeiro Isaac Carvalho.

Dirigente estadual do PCdoB, Davidson Magalhães recorre à “expressiva inserção do partido nos movimentos sociais, por ter três mandatos na Assembleia Legislativa e três na Câmara Federal, além do PCdoB estar alinhado com o projeto desde os primeiros enfrentamentos ao carlismo” para pressionar Rui Costa.

Para reforçar a conta para 2018, Davidson lembra as votações obtidas por Alice e Daniel em 2018 e o fato de Isaac ter sido reeleito em 2012 e ter feito o sucessor, ano passado, na Prefeitura de Juazeiro, uma das dez maiores do Estado.

Davidson nem mesmo esqueceu do sempre questionado Instituto Paraná, que, em pesquisa recente, apontou Alice Portugal como a segunda em intenções de voto na corrida ao Senado. Alice aparece com 26% das intenções, enquanto o líder, Jaques Wagner (PT), ex-governador baiano, figura com 36%.

O documento elaborado na reunião do conselho, hoje, também fala em assegurar as três vagas na Câmara Federal e quatro na Assembleia Legislativa. Outra prioridade é a reeleição de Rui Costa. O partido, porém nada fala sobre o cenário nacional. Há dias recuados, como diria o analista Eduardo Anunciação, Davidson disse que era legítimo ao partido ter outro nome que não o de Lula. Gerou polêmica no plano estadual.

Uma resposta

  1. Talvez, por equívoco, no release enviado não tenha constado nada sobre o cenário nacional, mas a resolução aprovada na reunião da Comissão Política Estadual do Partido tem uma análise do Quadro Nacional, disponível no site http://www.pcdobba.org.br/comissao-politica-do-pcdob-ba-debate-conjuntura-e-projeto-eleitoral-de-2018/

    “A delação da JBS, há um mês atrás, ampliou o quadro de crise e instabilidade, minando as condições de governabilidade de Temer.

    A vitória obtida no TSE pela estreita margem de um voto, longe de criar condições mais favoráveis ao ocupante do Planalto e a sua camarilha, acrescentou novos elementos à crise. Estabeleceu-se um confronto direto entre setores do Judiciário (Lava-Jato, PGR) e o Executivo, setores da mídia golpista (Globo, Veja) passam a defender abertamente a saída de Temer e cresce a possibilidade de novas defecções na base governista no Congresso.

    A última declaração de FHC (15/06) – “Se tudo continuar como está, com a desconstrução contínua da autoridade, pior ainda se houver tentativas de embaraçar as investigações em curso, não vejo mais como o PSDB possa continuar no governo” -, dada na mesma semana que os tucanos resolvem continuar no governo, mostra o grau de instabilidade da base.

    Os novos acontecimentos: uso do jatinho da JBS, de helicópteros de empreiteiras, as reformas nas casas da sogra e da filha de Temer, as prisões de Henrique Alves, Rocha Lures, as ameaças de delações de Lúcio Funaro e Eduardo Cunha, e a esperada denúncia do Procurador Geral da República, podendo chegar a quatro acusações penais (corrupção passiva, organização criminosa, obstrução de justiça e lavagem de dinheiro), contra o presidente ilegítimo, podem acelerar o fim do governo.

    A agenda neoliberal dos golpistas – “reformas” trabalhistas e previdenciária, a entrega do patrimônio nacional e o ajuste fiscal com o intuito de elevar a confiança dos investidores e assim estimular o crescimento da economia – ampliou a estagnação e a crise fiscal. A taxa de desemprego no último trimestre de 2017 foi 13,6% e representa 14 milhões de desempregados. A arrecadação federal caiu 3% em maio em relação ao mesmo mês de 2016. A prévia do PIB tem expansão de 0,28% em abril, nos 12 meses encerrados em abril, há retração 2,66% no dado ajustado.

    Neste quadro de crise, cresce a mobilização contra as reformas, pelo Fora Temer e exigindo Diretas Já. Grandes atos ocorrem nos principais centros. Em Salvador, 100 mil foram ao Farol da Barra em um ato unitário que contou com destacada presença e mobilização da militância do Partido.”

    O Partido ainda não tem discutido nomes para a sucessão presidencial, e reforça, de acordo com as palavras da presidenta nacional, deputada Luciana Santos (PE), “a continuidade da luta pela construção de ampla aliança para derrotar o governo Temer e sua agenda ultraliberal e fortalecer a organização popular em defesa de um Brasil soberano, com desenvolvimento e justiça social”.

    Rodrigo Cardoso
    Comitê Estadual do PCdoB

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