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Vacinação começa nesta segunda em municípios baianos
Vacinação começa nesta segunda em municípios baianos

A Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) coordenará na Bahia, no período de 11 a 22 deste mês, a Campanha Nacional de Multivacinação. O Dia D de Vacinação será no sábado (16). Nesta campanha, todas as vacinas serão oferecidas e é importante que crianças e adolescentes sejam levados para complementar o cartão de vacinação ou tomar uma vacina que ainda não foi aplicada. O Calendário Nacional de Vacinação atualmente dispõe de 14 vacinas para crianças e cinco para adolescentes.

Todos os 417 municípios baianos estarão participando da Campanha Nacional de Multivacinação para a atualização da Caderneta de Vacinação da Criança e do Adolescente. A população deve ser dirigir aos postos e centros de saúde municipais, munida da Caderneta de Vacinação para que as crianças e adolescentes possam ficar imunizados contra as doenças imunopreveníveis.

De acordo com o Ministério da Saúde, esta estratégia busca resgatar a população não vacinada ou com esquemas de vacinação incompletos, tanto na infância como na adolescência, visando melhorar as coberturas vacinais e assim manter controladas, eliminadas ou erradicadas as doenças imunopreveníveis no Brasil.

A incidência das doenças imunopreveníveis mostra que mudanças importantes ocorreram no seu comportamento com o uso de vacinas e o avanço nas coberturas vacinais. Entretanto, a heterogeneidade dos resultados dessas coberturas vacinais pode contribuir para o recrudescimento de doenças e requer, portanto, a adoção de estratégias adicionais para o resgate e vacinação das crianças e adolescentes ainda não vacinados.

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O matuto mais sabido do Brasil deflagra Operação Lava Jato em Itabuna
O matuto mais sabido do Brasil deflagra Operação Lava Jato em Itabuna

Operação Lava Jato do Matuto é o mais novo espetáculo que o matuto mais sabido do Brasil, Zé Lezin, apresentará em Itabuna, no próximo sábado (16), às 20h, na Terceira Via Hall, na J.S. Pinheiro. No show, o comediante paraibano aborda a atual situação política brasileira com muito humor e irreverência.

Ingressos estão à venda no Pimenta Ingressos, no Shopping Jequitibá, e no Cadê Ingressos, em Itabuna. Já em Ilhéus, podem ser adquiridos no Stand do Karioka, com promoção da Fase Produtora. Informações pelo telefone 73-99126.0756.

O MATUTO MAIS SABIDO

Zé Lezin retorna a Itabuna, após grande apresentação em 2016. Nascido Nairon Barreto, Zé é formado em Comunicação Social e Direito pela Universidade Federal da Paraíba. Especialista em piadas de matutos começou a carreira de humorista em um grupo de dança folclórica na Universidade Federal da Paraíba (UFPB), onde recitava poesia de literatura de cordel e contava piadas entre um número e outro.

Após apresentar-se em barzinhos e teatros, participou da Escolinha do Professor Raimundo, a partir de 1998, quando o programa foi transformado em um quadro do Zorra Total, também da Rede Globo. Na ocasião, alterou o nome de seu personagem, de Zé Paraíba para Zé Lezin. Nairon atuou na “Escolinha” durante seis anos.

SERVIÇO
Zé Lezin – Operação Lava Jato do Maturo, Lavando Sua Vida De Risadas
Quando: 16 de setembro às 20h.
Onde: Terceira Via Hall.
Ingressos: Pimenta (Shopping Jequitibá), Cadê Ingressos e Stand do Karioka.
Quanto: R$ 25 (meia) e R$ 50 (inteira)
Informações: 73 99126-0756 / Fase Produtora

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Buru, que também atende por Olavo, desapareceu no São Caetano
Buru, que também atende por Olavo, desapareceu no São Caetano

Era tarde de sábado quando Buru desapareceu, no Bairro São Caetano, em Itabuna. O cãozinho, que também atende como Olavo, está fazendo muita falta aos donos.

Desde ontem, os “pais” batem de porta em porta, à procura do pequeno Buru (também chamado de Olavo). “Ele é muito dócil”, afirma a “mãe”, Dayane.

A dona do animalzinho acredita que ele não tenha ido tão longe. Ela e o esposo oferecem recompensa a quem localizar o bichinho.

Atualização às 23h35min – Buru foi localizado no próprio bairro. Já está com os donos.

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Centro Histórico receberá festival gastronômico e musical em outubro
Centro Histórico receberá festival gastronômico e musical em outubro

O Centro Histórico e praias de Canavieiras serão palco de um festival de dar água na boca. De 11 a 15 de outubro, o município sul-baiano sediará o Festival do Caranguejo, com feira gastronômica, nomes da música brasileira, degustação de pratos típicos, artesanato, aulas-show com chefs, workshops, palestras e concursos temáticos.

Parte do festival acontecerá na praia, onde será montado o caranguejódromo, com barracas credenciadas, palcos e competições. Na área do Centro Histórico de Canavieiras, serão realizados os concursos Miss Caranguejo e Masters Chefs. Nessa área, além de toldos e barracas, haverá bares e restaurantes credenciados pela organização do festival.

Além oferta de pratos como bolinho de puã, puã a milanesa, puã recheada, casquinha de caranguejo, moqueca e caranguejo ao molho, ainda haverá espaço para debate científico e capacitação para a comunidade envolvida na comercialização do produto. Ações de conscientização para a preservação da espécie também terão espaço na programação.

De acordo com a organização, haverá sorteio de pratos típicos e premiações entre as barracas. Serão ofertadas algumas premiações para as catadeiras mais antigas e para a melhor estória de pescador. O Festival atenderá a todas as idades de públicos e a todos os nichos de mercados, com participação de todo o trade local, além de envolver barracas de praias, baianas de acarajé. A decoração será totalmente voltada para a proposta ambiental e o respeito ao propósito de sustentabilidade e conservacionismo.

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Jipeiros participam de evento em Prado
Jipeiros participam de evento em Prado

Muita emoção e adrenalina marcaram a Trilha Jubarte Off Road de Sustentabilidade, realizada na manhã de sábado (9), em Prado. Ao todo, 23 jipeiros de várias regiões realizaram demonstração das principais técnicas e desafios de quem curte esse esporte que consiste em fazer trilha fora da estrada.

A Trilha Jubarte Off Road de Sustentabilidade foi promovida pelo Instituto RedeMar, em parceria com o grupo Bahia Expedition, e integra a programação do Festival das Baleias. Os jipeiros querem fortalecer a modalidade de turismo no extremo-sul do estado. “A gente está mostrando que essa cidade tem condições de entrar nesse circuito. Não basta a gente fazer os passeios fora da cidade”, explica Alexandre Brandão “Detona”, jipeiro do grupo Bahia Expedition e responsável pela organização da trilha.

“Detona” afirma que as demonstrações são importante, para que a população veja e se encante pelo esporte. “Eles têm aqui os veículos com tração para trabalho e podem usar, também, para a prática de esporte”. A participação no Festival das Baleias, afirma ele, não se resume ao turismo de aventura. “Vamos fazer  o plantio de mudas e estamos arrecadando alimentos para doar para a APAE, esse projeto social tão importante. O jipeiro verdadeiro é esse: que gosta de aventura, mas com responsabilidade ambiental e social”.Leia Mais

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Gerson Marques artigosGerson Marques

 

O desespero já tomava conta de todos, sem verem uma saída para tamanha tormenta, quando um garoto de pouco mais de 12 anos, de nome Catussadas, fez uma singela pergunta, tão simples e inteligente, que nela mesmo continha a resposta e a solução.

 

 

Quando o castelhano Filipe de Guillen chegou aqui, fazia três anos que tinha começado a praga dos sapos. Nestes tempos, viviam em Ilhéus umas oitenta almas – índios e negros não contavam – em umas doze moradias, quase todas no Outeiro de São Sebastião e em três engenhos de cana de açúcar. Eram habitações muito rústicas, feitas de madeira, pedra, barro e palhas.

A pequena igreja de Nossa Senhora e a Casa dos Padres eram as edificação mais importante da Vila, feitas em adobe ajuntado por uma espécie de cimento com areia, pó de conchas e óleo de baleia. Não existia nem um padre morando por aqui, já que não restou um vivo na cidade depois que começou a praga dos sapos. O último, Manoel de Andrade, havia morrido queimado na Santa Fogueira da Inquisição, depois de enlouquecer atormentado com a invasão dos anfíbios batráquios, como explicou Tertulino Alvarenga, o coroinha da Paróquia, que naqueles tempos era única autoridade eclesial da comunidade.

Segundo o relatado na missiva mandada ao Rei D. João III, em 1539, por Filipe Guillen, a Vila era o lugar mais parecido com o inferno que ele podia imaginar, se não fosse aqui o próprio Hades. Ilhéus nesta época vivia uma desolação completa, tomada por uma praga de sapos que invadiu todos os lugares, casas, ruas, igreja, plantações e todo espaço possível. A perturbação era potencializada pelo enorme barulho do coaxar incessante, dia e noite, capaz de enlouquecer até um monge tibetano. O único lugar da cidade que não tinha sapos era a praia.

Essa tragédia teria começado quando o fidalgo português João de Tiba aportou na Vila vindo de Portugal em uma nau muito avariada depois de quatros meses e doze dias de navegação, errante pelo Atlântico. Seu destino era a Capitania de Porto Seguro, onde o donatário Pedro Tourinho teria lhe ofertado uma enorme sesmaria. Trazia na bagagem, entre as coisas que pôde salvar – já que metade dos pertences foram jogados ao mar para aliviar o peso e evitar naufrágio certo -, uma gaiola onde mantinha um rebanho de sapos, trinta fêmeas e seis machos, que, segundo João de Tiba, seria muito útil para comer besouros e todo tipo de inseto que infestavam as terras ainda virgens do Brasil.

Deixando sua carga mal arrumada no improvisado porto da Vila de São Jorge dos Ilhéus, enquanto consertava sua nau, João de Tiba teve sua gaiola de sapos surrupiada pelos moleques que viviam de mariscarem pelo cais. Desta galhofa, terminou que os sapos fugiram e passaram a habitar um brejo mal cheiroso que existia na altura de onde hoje é a Praça Cairu, no centro da cidade. Deste brejo infestado de mosquitos, os sapos se proliferaram de tal maneira que apenas um ano após a malfadada passagem de João de Tiba, a pequena Vila foi tomada por uma sapaiada dos infernos, tornando a vida aqui um suplício.

Um ano antes de sua trágica morte, o padre Manoel Andrade fechou a igreja, entregando-a em definitivo aos sapos, principalmente depois que, no Domingo de Páscoa, os fiéis foram servidos com vinho de um barril infestado de anfíbios, causando febre e dores intestinais em todos. Dizem até que, deste acontecimento, nasceu a expressão “engolindo sapos”.

O padre Manoel de Andrade foi o último de um grupo de cinco padres jesuítas que chegaram a Ilhéus por volta de 1536. Destes, dois foram comidos por Botocudos quando catequizavam na região do Gongogi. Outro morreu afogado em um naufrágio com a canoa que viajava afundando em uma tormenta na foz do Itaípe. Do quarto, corre a história de que teria se achamegado com uma índia e sumido para dentro da floresta, e de quem nunca mais se teve notícias.

Assim, só restou Manoel de Andrade, lusitano de nascimento, da cidade de Aviedo. Ordenado padre no famoso Seminário Nossa Senhora da Conceição na cidade do Porto, chegou ao Brasil ainda novo. Aqui, três anos depois teria sido acometido da loucura dos sapos para uns. Ou possuído pelo diabo, para outros – no caso, os inquisidores da Igreja.

Fato é que o padre Manoel estava cada vez mais esquisito nos últimos tempos, atormentado pelo coaxar incessante de milhares de sapos, dia e noite. Sem conseguir dormir nem comer, foi definhando a cada dia, passava a vida trancado em um minúsculo quarto, em rezas e penitências. Tinha certeza de que sua vida de pastor em Ilhéus era um castigo divino, por ter na infância cometido, de forma excessiva, o pecado da masturbação.

Os sinais da loucura, porém foram se apresentando aos poucos. Quando rezava uma missa, foi tomado por uma súbita crise, agarrando um sapo que repousava sobre a imagem de Nossa Senhora e o devorando vivo, para horror dos fiéis. Tempos depois, criou uma campanha para coletar sapos em troca de bênçãos que, acumuladas em certa quantidade, permitiriam ao fiel, em sua morte, ascender diretamente aos céus sem a necessária passagem pelo purgatório. Chegou a fazer uns escritos: “Duzentos sapos, morte tranquila,; trezentos sapos, morte assistida por anjos; mais de quatrocentos, passagem direta para o céu ao lado de Deus”.

O caso entrou para história da Igreja como a venda de indulgência por sapos. Assim, foi denunciado ao Conselho da Inquisição. Terminou condenado, por heresia, à pena de perder a batina e morrer queimado em uma fogueira. Levado em maio para Portugal, em um galeão da Marinha Real, foi queimado em dezembro de 1539.

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