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Waldeny fará lançamento em Itabuna na quarta (25)
Waldeny lança obra em sessão de autógrafos na quarta (25)

Lançado com sucesso em Salvador e Ilhéus, o livro Serra do Padeiro – A saga dos Tupinambás, o jornalista e escritor grapiúna Waldeny Andrade fará tarde de autógrafos em Itabuna, na próxima quarta (25), às 16h, na Câmara de Vereadores.

Waldeny teve bela trajetória com o Microfone Aberto, apresentado ao meio-dia e meia de segunda a sexta-feira, na Rádio Jornal de Itabuna, entre 1969 e 2002, ou à frente do Diário de Itabuna, que dirigiu no mesmo período.

A obra ficcional, editada pela Via Litterarum, é um thriller que narra a história de três gerações de uma mesma família, nascida da união de uma índia e um austríaco, que fugiu da Europa após a Primeira Guerra Mundial ao final da primeira década do século XX. Além da narrativa envolvente, o livro tem capítulos curtos e sequência quase cinematográfica ao descrever a vida cotidiana dos tupinambás no alto da serra e dos proprietários rurais que habitam no entorno da aldeia entre Buerarema, Ilhéus e Una.

Com 288 páginas, a ficção tem como pano de fundo a heroica saga dos Tupinambás, desde suas raízes na nação Tupi, que habitava o litoral brasileiro na época do Descobrimento. Também narra fatos históricos envolvendo os Tupinambás como a Batalha dos Nadadores, em 1559, quando a praia do Cururupe, extremo norte da Terra Indígena Tupinambá de Olivença, foi cenário da sangrenta guerra comandada pelo governador-geral Mem de Sá.

Ainda evoca aspectos da colonização jesuítica dos índios, tendo à frente o padre Manoel da Nóbrega, cujo marco foi a construção da Igreja de Nossa Senhora da Escada, em 1680. Por sua trajetória profissional reconhecida, em determinados momentos, o autor assume sua condição de jornalista profissional opinativo para enfocar uma realidade incontestável sobre a discriminação e sofrimento que resta aos indígenas que habitam uma área, cuja demarcação oficial esperam há séculos.

Para o editor da Via Litterarum, sociólogo e professor da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), Agenor Gasparetto, o livro trata de questão bastante sensível que requer bastante reflexão. “No momento em que a obra é lançada há um conflito latente. Certamente, os leitores poderão aclarar alguns pontos e ter serenidade na discussão. Como obra ficcional, conta uma história com elementos de realidade. Mas creio que há uma voz ponderada a indicar bom senso e a razoabilidade que leva as pessoas a refletir”, afirma.

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