O artista plástico Frans Krajcberg morreu nesta quarta-feira (15), aos 96 anos. Ele estava internado no Hospital Samararitano, no Rio de Janeiro, com um quadro de saúde frágil por conta de uma infecção generalizada. Antes, Krakcberg já havia sido internado em um hospital de Teixeira de Freitas, no sul da Bahia. Nascido na Polônia, o artista naturalizado brasileiro vivia na cidade de Nova Viçosa, na Bahia, desde 1972.
Segundo Marcia Barrozo do Amaral, galerista de Krajcberg, o corpo do artista será cremado e suas cinzas serão levadas até o Sítio Natura, em Nova Viçosa.
Conhecido principalmente por suas esculturas feitas a partir de troncos e raízes de árvores calcinadas pelos incêndios que derrubam densas áreas verdes para transformá-las em pastos, Krajcberg sempre foi um artista engajado. Sua obra transitou pela pintura, escultura, gravura e fotografia. Ele se destacou pelo trabalho em defesa da natureza e por denunciar crimes ambientais, como queimadas, assassinatos de índios, exploração de minérios e desmatamento.
Nascido em Kozienice, na Polônia, em 1921, o artista plástico, judeu, perdeu toda a família durante a guerra, devido ao Holocausto. A partir de 1948, viveu de cidade em cidade, passando pelo Rio de Janeiro, Paris e Ibiza, até que na década de 1970 foi para Nova Viçosa, onde viva numa casa construída sobre um imenso galho de árvore. Leia mais no Correio24h