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Marco Wense

 

Com a proximidade da eleição de 2018, principalmente para à presidência da República, a disputa tende a ficar mais acirrada. O manda quem pode, obedece quem tem juízo, entra em cena.

 

 

O PMDB resolveu usar o instrumento da fidelidade partidária para expulsar os “rebeldes”. A primeira vítima foi a senadora Kátia Abreu, que votou contra o impeachment de Dilma Rousseff (PT).

O próximo “peixe” a ser fisgado pelo anzol da infidelidade é o também senador Roberto Requião, lá do peemedebismo paranaense.

Se a moda pegar, vamos ter uma enxurrada de expulsões. Não à toa que muitos parlamentares estão de olho na janela partidária para mudar de partido.

Aqui na Bahia, por exemplo, a composição da chapa majoritária do governismo caminha para ter dois integrantes de legendas que fazem parte do “centrão”.

O chamado “centrão” é um grupo de parlamentares que apoia o governo Temer na base do toma-lá-dá-cá, da farinha pouca, meu pirão primeiro.

Os três partidos que disputam as duas vagas restantes na majoritária são do centrão, aliadas do presidente Temer: PP de João Leão, PR de Carletto e o PSD do senador Otto Alencar.

Participando da majoritária vão ter que subir no palanque do presidenciável Lula e fazer campanha para o petista-mor, que vai ser candidato sob a proteção de uma liminar.

O candidato do governo Temer, para contrapor as outras candidaturas de esquerda e centro-esquerda, sairá do centrão, que além do PR, PP e PSD, tem o PMDB e o DEM. O PSDB é um enigma.

Mais cedo ou mais tarde, o comando nacional das legendas que integram o centrão irá enquadrar os políticos no instituto da fidelidade partidária.

Se o candidato do presidente Temer e do centrão for Henrique Meirelles, ministro da Fazenda, que é do PSD, o senador Otto Alencar fica em uma situação desconfortável.

O mínimo que pode acontecer com Otto é perder o comando estadual do partido na Bahia. Esse apoio do PSD à reeleição do governador Rui Costa já está sendo questionado nos bastidores.

Com a proximidade da eleição de 2018, principalmente para à presidência da República, a disputa tende a ficar mais acirrada. O manda quem pode, obedece quem tem juízo, entra em cena.

Marco Wense é articulista político e editor d´O Busílis.

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