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Serviço pode acionado por moradores dos 417 municípios

Os mais de 15,3 milhões de baianos já podem fazer ligações gratuitas para o número 188, telefone do Centro de Valorização da Vida (CVV). Pelo número, os cidadãos recebem apoio em momentos de crise e ajuda para prevenção ao suicídio. A expansão da chamada sem cobrança no país vem acontecendo desde o ano passado.
Além dos baianos, passaram a contar com o serviço gratuito os moradores do Maranhão, Pará e Paraná. Os demais estados e o Distrito Federal já contavam com o atendimento. Em 2017, o Centro de Valorização da Vida recebeu dois milhões de ligações de cidadãos em busca de ajuda, o dobro do registrado em 2016. Os atendimentos do CVV podem ser feitos também por e-mail, chat e voip 24 horas todos os dias e nos 87 postos de atendimento.
O CVV é uma associação civil sem fins lucrativos que trabalha com prevenção ao suicídio, por meio de 2.400 voluntários. Os voluntários não são necessariamente formados em psicologia, mas recebem uma capacitação de 40h. As chamadas acontecem em total sigilo, em um espaço de escuta acolhedor e seguro e que alivia a ansiedade e o desespero.

QUEM RECORRE AO SERVIÇO?
A parceria com o Centro é uma das ações do Ministério da Saúde para prevenção do suicídio. “Geralmente procuram o centro pessoas em sofrimento, seja por solidão, ou porque estão em desespero, ou porque não se identificam com o meio em que vivem”, explica o coordenador de Saúde Mental do Ministério, Quirino Cordeiro.
Além do CVV, as pessoas que precisam de ajuda podem recorrer aos Serviços da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), tais como os 2.555 Centros de Atenção Psicossocial- CAPS, que atendem questões como transtornos psíquicos, dependência de álcool e outras drogas, e se necessário, os pacientes são encaminhados para leitos de Saúde Mental em hospitais gerais.
MÉDIA DE HOMICÍDIOS
Atualmente a média nacional de suicídio no Brasil, em todas as idades é de 5,5 por 100 mil habitantes. São, em média, 11 mil pessoas que tiram a vida por ano no Brasil. Quando verificado por faixa etária, os idosos são os que mais preocupam, pois as taxas sobem para 8,9 mortes por 100 mil, nos últimos seis anos.
Envenenamento e intoxicação são os meios mais utilizados e os homens são os que mais morrem por suicídio e 60% são solteiros. A região Sul concentra 23% dos suicídios e o Sudeste 38%.
Para atingir meta da Organização Mundial da Saúde (OMS), de reduzir em 10% os óbitos por suicídio até 2020, o Ministério da Saúde lançou no ano passado uma agenda estratégica que inclui ampliação da assistência e ferramentas de comunicação.

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