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Servidores municipais cobram salários atrasados|| Foto Arquivo

O Sindicato dos Servidores e Servidoras Municipais de Itabuna informou, nesta terça-feira (28), que parte dos trabalhadores lotados nas secretarias de Desenvolvimento Urbano, Saúde e Transporte e Segurança ainda não recebeu o salário de julho. O Sindserv destaca que, por lei, o pagamento deveria ter sido feito até o quinto dia útil deste mês.
De acordo com o Sindserv, o descaso do governo municipal já começa a afetar o psicológico dos trabalhadores. O Sindicato informou que alguns estão tomando remédios para contar a ansiedade e o stresses causados pelos atrasos constantes de salário. “Não sei o que faço, estou com minhas contas atrasadas e tenho que pagar juros. Só não estou passando fome porque Deus é maior”, desabafou um servidor que não quis se identificar para evitar represálias.
A presidenta do Sindserv,Wilmaci Oliveira, relata que muitos trabalhadores estão passando dificuldades até para se alimentar, sobrevivendo com ajuda de amigos e familiares. “Tem muita gente que recebe salário mínimo, que está sem puder pagar suas contas, ou está se endividando, pegando dinheiro a juros. É humilhante!”.

A sindicalista denuncia que, “como se não bastasse, a prefeitura ainda persegue e ameaça cortar o ponto dos servidores e servidoras que participam das manifestações promovidas pelo sindicato”. Ela ressalta que o Sindserv já recorreu ao Ministério Público do Trabalho e ao Ministério Público da Bahia para tentar resolver o problema. Mas a prefeitura faz questão de demonstrar seu descaso com a situação. “Em reunião mediada pelo MP-BA no último dia 17, o prefeito disse para quem quisesse ouvir que não tem dinheiro para pagar os salários e as férias”.
Wilmaci Oliveira afirma que todos os dias diretores cobraram dos secretários da Administração e da Fazenda uma solução, mas não ouvem nenhuma resposta. “Um governo que não paga salário em dia, que não segue as orientações do Ministério Público, vai cumprir acordos referente à mudança de regime? ”, questiona Wilma, referindo-se ao projeto de mudança do regime jurídico da categoria, que deverá ser votado nesta quarta-feira (29), pela Câmara de Vereadores.

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