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Luzinete foi assassinada pelo ex-marido na noite de quarta

As populações dos municípios de Ubaitaba e Aurelino Leal, no sul da Bahia, ficaram em estado de choque com o assassinato da professora Luzinete Alves Góes, docente da rede municipal de ensino de Ubaitaba. Luzinete foi vítima de feminicídio, na noite de quarta-feira (24). O crime levou os dois municípios a suspenderem as aulas ontem (25).
Luzinete foi assassinada pelo ex-companheiro Givaldo de Jesus, de 46 anos. A amigas, a professora assassinada disse que sofria agressões constantemente do ex-marido. Beneficiada por medida protetiva, a educadora permitia que o padeiro visitasse a sua residência por causa dos dois filhos da relação do casal, um de 14 e outro de 19 anos. Luzinete lecionava em Ubaitaba e morava em Aurelino Leal, cidades separadas apenas pelas águas do Rio de Contas.
Desde o período em que houve a separação, conforme relatos feitos à polícia, Givaldo constrangia e ameaçava a ex-companheira, resultando na morte da professora na noite de quarta (24), quando ele matou Luzinete desferindo vários golpes de faca. Na sequência, ingeriu veneno e morreu momentos depois. Givaldo ainda teria sido encontrado com vida, mas não resistiu.
NOTA PÚBLICA
A prefeita de Ubaitaba, Suka Carneiro, divulgou Nota Pública nas redes sociais. “Nada justifica a violência doméstica. Não se pode aceitar as agressões verbais no dia-a-dia da família. E, mais ainda, não se pode substituir o diálogo pelas agressões físicas e a morte de alguém. A família deve ser lugar de paz, amor e diálogo como nos ensina o Papa Francisco”.
Suka ainda afirma que as mulheres não podem se calar, aceitar a violência. “Nós, mulheres, não podemos mais tolerar a violência doméstica que fratura a convivência familiar e deixa crianças e adolescentes órfãos; pais, mães e familiares chorosos e tristes. Vamos dar um basta nisto! É preciso mais tolerância e amor”.
Ao final sugere que “em caso de ameaças, as mulheres procurem apoio nas autoridades de segurança e do sistema judicial para que eventuais conflitos sejam resolvidos sem mais violências e mortes. “Você, minha amiga, se vítima da violência, ligue 180 e peça ajuda. Não se pode mais apenas lamentar fatos como este que chocou a todos nós. Definitivamente, não”.

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