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Professores de Itabuna retornam ao trabalho

Os professores da rede municipal de Itabuna voltaram ao trabalho, na tarde desta segunda-feira (19), depois de fechar um acordo na semana passada no Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região (TRT-5). Os profissionais da educação entraram em greve no dia 3 de setembro para cobrar salários atrasados e reajuste de 6, 81%.
O cronograma para reposição dos 77 dias de paralisação será decidido com a mediação do Ministério Público da Bahia (MP-BA) e depois de discussão com o Conselho Municipal de Educação e Secretaria de Educação de Itabuna. A expectativa é que o ano letivo seja encerrado em fevereiro, se não ocorrerem novas paralisações.
O Sindicato do Magistério Municipal Público de Itabuna (Simpi) informou que o mérito da greve da categoria será julgado pela Justiça do Trabalho no dia 6 de dezembro. Os professores entendem que o município deve conceder o percentual estabelecido pelo Ministério da Educação (MEC) para o Piso Nacional da categoria. Já a prefeitura alega só dispor de recursos financeiros para pagar reajuste de 2,8% parcelado.
CONDIÇÕES PARA A SUSPENSÃO DA GREVE
A presidente do Simpi, Maria do Carmo Oliveira, a Carminha Oliveira, destacou que “da audiência de conciliação da quarta-feira passada foi extraído um acordo em que o município terá que cumprir uma série de requisitos, dentre s quais, pagar o salário atrasado dos professores, realocar os profissionais em situação de desvio de função à folha do FUNDED até dezembro, e garantir o pagamento da segunda parcela do décimo terceiro salário até o dia 20 de dezembro, conforme determina a lei”.

Em contrapartida, os professores deveriam retornar às atividades na tarde desta segunda para que o acordo fosse firmado. “Não houve qualquer decretação de ilegalidade da greve. Fizemos um acordo judicial, suspendendo o movimento grevista, justamente para obrigar o município a resolver problemas urgentes, tendo em vista que já existiam professores passando necessidade por conta do atraso de salário. O julgamento do dissídio ainda vai acontecer, portanto a categoria retorna às escolas, mas se mantém em estado de luta”, afirmou Carminha Oliveira.
Os professores aguardam que o município cumpra com sua parte do acordo. “Estamos mobilizados e caso algum ponto do acordo não seja cumprido, poderemos nos reunir novamente para tomada de novas deliberações. Em tempo, gostaria de parabenizar cada professor que vestiu a camisa da luta, pois só conseguimos avançar nas tratativas, justamente porque não nos curvamos diante da vontade do prefeito”, conclui a sindicalista.

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