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Campanha alerta para ações para combater o câncer

O Ministério da Saúde e o Instituto Nacional do Câncer (INCA) divulgaram, nesta segunda-feira (4), no Rio de Janeiro, durante cerimônia em alusão ao Dia Mundial do Câncer, o resultado da pesquisa “Compreendendo a Sobrevivência ao Câncer na América Latina: os casos do Brasil”. O estudo mostra a importância da família para o tratamento do paciente e a quantidade de pessoas que conseguiram vencer à doença.

De acordo com levantamento, o número de pessoas que sobrevivem à doença tem aumentado significativamente, tornando o acompanhamento desse grupo um grande desafio para a rede de saúde. O Ministério da Saúde destaca que o estudo apresentado tem uma abordagem qualitativa e aprofundou temas ligados à sobrevivência em entrevistas com pacientes e familiares.

A diretora do Departamento de Atenção Especializada, do Ministério da Saúde, Inês Gadelha, afirma que o levantamento é importante para identificar que a população é a principal aliada na prevenção da doença. “O controle do câncer exige uma população atenta, consciente de que ela tem o maior ativo nesse controle. Se adotarmos hábitos saudáveis de vida, combater o sedentarismo e o tabagismo, poderíamos evitar cerca de 70 mil mortes por câncer”, pontuou.

O ESTUDO

Para o estudo, foram entrevistados 47 indivíduos diagnosticados há pelo menos 12 meses com câncer de próstata, mama, colo de útero e Leucemia Linfoblástica Aguda (LLA) e 12 familiares/cuidadores, em hospitais públicos e privados, nas capitais Rio de Janeiro (RJ) e Fortaleza (CE) em 2014 e 2015.

A maioria dos entrevistados já havia sido submetida ao tratamento e estava na fase de acompanhamento oncológico, que pode durar até cinco anos.Outros estavam na fase final do tratamento ou no período de tempo entre 5 e 18 anos após o diagnóstico.

Segundo o INCA, estudos apontam que, a sobrevida mediana estimada, com base em registros de câncer, para o câncer de mama é de 74%, para o câncer de próstata, de 79% e, para o câncer do colo do útero, de 64%.

A pesquisa “Compreendendo a Sobrevivência ao Câncer na América Latina” se baseou em três vertentes: consequências físicas, emocionais e socioeconômicas do tratamento; mudanças no estilo de vida; e atendimento pela rede de atenção oncológica pública e privada.

O levantamento confirmou a importância do suporte emocional não só para os pacientes como também para os familiares, que também sofrem no processo. Outra constatação foi que a doença estreitou laços afetivos e atraiu a manifestação de apoio e solidariedade vindos de grupos familiares, religiosos, colegas de trabalho e também dos profissionais de saúde.

A pesquisa trouxe o relato dos pacientes e de familiares que apontaram a necessidade de alterações nas atividades do dia a dia, após o tratamento da doença. Eles citam, por exemplo, o retorno às atividades laborais, alguns agora com restrições físicas e emocionais importantes.

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