Marco Wense
No mais, esperar o desenrolar dos fatos. São eles que vão provocar novos comentários e tornar os rumos da sucessão municipal mais transparente e menos nebuloso.
Como irá se comportar o ex-prefeito Geraldo Simões caso não seja candidato na sucessão municipal de 2020? Uma interessante pergunta, já que o próprio Geraldo ainda não sabe como responder. Seu futuro político é uma grande incógnita.
Se for um postulante ao comando do centro administrativo Firmino Alves, tudo bem. O ex-gestor de Itabuna, por duas vezes, tem todo direito de tentar novamente ser a autoridade máxima do município.
E se “minha pedinha”, como é carinhosamente chamado, ficar de fora da disputa? Vai apoiar o prefeiturável do governador Rui Costa, que tende a ser o mesmo do prefeito Fernando Gomes, subindo no mesmo palanque?
É bom lembrar que Geraldo Simões ao ser questionado sobre a aliança entre Rui e Fernando, disse que era “casamento de cobra com jacaré”.
Acho que não, principalmente em decorrência desse tratamento dado pela cúpula estadual do PT com o aval do chefe do Palácio de Ondina. O ex-alcaide sequer tem seu nome lembrado para ocupar um merecido espaço na reforma administrativa, obviamente no primeiro escalão.
Geraldo, que fundou o PT em Itabuna, que foi duas vezes prefeito da cidade, deputado federal e estadual, não pode ser isolado como se fosse um “João ninguém”, um político sem nenhuma história. Geraldo é merecedor de uma atenção maior.
Na hipótese de ficar de fora da disputa e continuar sendo defenestrado pelo governo estadual, resta a Geraldo quatro caminhos: 1) fazer corpo mole na campanha do candidato de Rui Costa e Fernando Gomes, 2) se afastar do processo sucessório, 3) apoiar outro prefeiturável; e 4) sair candidato por outro partido.
A possibilidade de mudar de partido já não é assunto proibido no staff petista municipal. Em conversas reservadas, alguns correligionários já discutem até qual a legenda mais viável.
Não sei qual é o sentimento que toma conta de Geraldo Simões diante desse desprezo, cada vez mais escancarado, sem nenhuma preocupação em deixá-lo, politicamente falando, na sarjeta, no ostracismo.
E como fica o diretório municipal diante da pretensão do deputado federal Josias Gomes, ex-secretário de Relações Institucionais do governo Rui Costa, de ser o candidato da legenda a prefeito de Itabuna?
É evidente que todas as análises estão no campo das especulações, o que é inerente e perfeitamente aceitável no jornalismo político, desde que dentro de uma certa lógica. Não se pode é fazer previsões ridículas. Dizer, por exemplo, que o candidato de Fernando Gomes pode ser o tucano Augusto Castro, do PSDB.
No mais, esperar o desenrolar dos fatos. São eles que vão provocar novos comentários e tornar os rumos da sucessão municipal mais transparente e menos nebuloso.
Marco Wense é articulista político e colunista do Diário Bahia.
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Quando o nobre comentarista vai entender que quem manda no PT de Itabuna é a militância filiada?
Deveria se preocupar mais com o seu PDT que se jogou no colo de ACM Neto na eleição passada.
Pronto, falei.
Geraldo faz muita falta. Nao so na Prefeitura, como na Camara Federal.