O Banco de Sangue da Santa Casa foi o local escolhido nesta quinta (7), pelos alunos do primeiro e segundo semestres do curso de Medicina da Faculdade Santo Agostinho para a “Peripécia” Solidária”.
Marco Motta, um dos professores e tutores do curso, diz que é importante esse tipo de ação porque a medicina já vem com esse estigma de que o aluno que entra para o curso está sujeito a receber um trote que muitas vezes é agressivo e pode levar à morte. “A gente tem essa proposta de mudar ajudando outras pessoas que precisam. Já que o estudante tem a proposta de entrar no curso para ajudar ao próximo nada melhor do que começar doando sangue”, citou.
A iniciativa dessa ação partiu do estudante João Acyr, que, junto com os colegas, começou a se organizar para criar uma espécie de trote entre eles, no ano passado, já que eram alunos da primeira turma do curso e não tinham veteranos. Assim surgiu o projeto que eles preferem chamar de “Peripécias” em vez de trotes solidários. Hoje foi a segunda vez que eles vieram junto com os calouros da turma e professores para doar sangue.
Para ele, a condição vexatória que o trote ensina desumaniza, principalmente, os que estão fazendo Medicina e buscando melhorias para o sistema de saúde. “Fazer algo que promova a integração de forma solidária e altruísta, de ajudar o colega sempre vai ser bem-vindo. Não podemos parar com as peripécias”, disse.
Além da doação, a turma também faz outros trabalhos, como arrecadação de alimentos para serem doados para alguns asilos e de fraldas descartáveis. “É uma maneira de aplicar a peripécia e ajudar a sociedade”, disse.Leia Mais