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Marco Wense

 

Bebianno saiu do governo, mas o governo ainda não saiu de Bebianno. Essa é a grande preocupação do bolsonarismo.

 

 

 

O Senado acaba de aprovar um convite para que Gustavo Bebianno esclareça o esquema das candidaturas laranjas envolvendo o PSL, legenda do presidente Jair Messias Bolsonaro.

Como é um convite, o ex-titular da Secretaria-Geral da Presidência da República não é obrigado a comparecer na Comissão de Transparência, Fiscalização e Controle da Casa.

O requerimento, aprovado por seis votos a cinco, foi protagonizado por Randolfe Rodrigues, senador da Rede e líder da minoria. Alegou o parlamentar amapaense que “as razões da exoneração de Bebianno não estão claras”.

O placar de 6 a 5 é a primeira derrota do governo Bolsonaro no Parlamento, mesmo tratando-se de um convite específico e direcionado para uma comissão do Senado.

Um eventual aceite de Bebianno pode ser interpretado como uma disposição do ex-ministro para encarar outras convocações, inclusive pela Câmara dos Deputados.

Setores do governo já se movimentam para impedir que Bebianno compareça na comissão. Temem uma espécie de “surto” político.

Pois é. Bebianno saiu do governo, mas o governo ainda não saiu de Bebianno. Essa é a grande preocupação do bolsonarismo.

Marco Wense é articulista político e colunista do Diário Bahia.

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