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Marco Wense

 

Em Itabuna, o comando estadual do PT, em decorrência da falta de uma opção com chance de ganhar a eleição, deve apoiar um postulante ao centro administrativo Firmino Alves de outra legenda integrante da base aliada do governador Rui Costa.

Entre diversos assuntos, dois se destacaram na visita que o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), fez ao ex-presidente Lula, que se encontra preso em Curitiba: a defesa da soberania nacional e a unidade nas eleições municipais de 2020.

Em relação ao primeiro, houve um consenso. Dino concordou com Lula, quando o petista disse que “é preciso passar a mensagem que soberania é garantir nossa independência, ter educação, ciência e tecnologia”.

O ponto divergente ficou com a tal da unidade nas sucessões municipais, já que o PT se acha o protagonista-mor do campo da esquerda e, como consequência, quer ditar o caminho que se deve tomar no pleito de 2020.

A cada eleição, a constatação de que o petismo adora receber apoio e detesta apoiar fica mais consistente. É evidente que a soberba enfraqueceu diante de um PT mais fragilizado e de um antipetismo consolidado, o que terminou elegendo o então candidato Jair Messias Bolsonaro.

A dúvida na conversa entre Lula e Dino é se essa “unidade” diz respeito só ao PCdoB, aliado histórico do PT, ou é ampla, atingindo outras legendas, como, por exemplo, o PSB.

Pois é. O Partido dos Trabalhadores novamente usando a velha tática de defender a unidade de público e trabalhar nos bastidores para que a junção seja em torno dos seus candidatos.

Em Salvador, o PT não abre mão de candidatura própria na sucessão de ACM Neto. Essa determinação se estende também para o Palácio de Ondina, já que o senador Otto Alencar, presidente estadual do PSD, pretende disputar a moradia mais cobiçada da Bahia.

Em Itabuna, o comando estadual do PT, em decorrência da falta de uma opção com chance de ganhar a eleição, deve apoiar um postulante ao centro administrativo Firmino Alves de outra legenda integrante da base aliada do governador Rui Costa.

Salta aos olhos que ainda é cedo para uma análise mais firme sobre o que pode acontecer. O cenário continua envolto por um denso nevoeiro.

Marcos Wense é articulista do Diário Bahia.

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