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Aumenta a procura por bancos digitais

Os bancos digitais, aqueles que prestam seus serviços pela internet e não necessitam de uma estrutura física da agência, vêm ganhando cada vez mais espaço no Brasil. É o que revela pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).

Entre os consumidores que utilizaram cartão de crédito nos últimos 12 meses, a maioria (76%) foi de instituições de financeiras tradicionais e 36% de lojas varejistas. No entanto, 21% dos entrevistados já adotam cartões de crédito ligados a fintechs ou bancos digitai como meio de pagamento no dia a dia. Número que cresce entre os mais jovens, chegando a representar 32% dos casos.

Os principais atrativos para a escolha do serviço são isenção de anuidade e juros e taxas mais baixas em relação aos bancos tradicionais (54%). Além disso, 49% apontam a vantagem de resolver tudo pelo celular, sem a burocracia do atendimento presencial em uma agência. Outros 41% destacam a aprovação de crédito mais rapidamente e de forma menos burocrática.

EXPANSÃO DOS SERVIÇOS BANCÁRIOS

Com a expansão da oferta de serviços bancários, o que se percebe é a consolidação do cartão de crédito como uma das principais modalidades de compra parcelada entre os brasileiros. De acordo com o levantamento, sete em cada dez (77%) consumidores recorreram ao cartão para despesas pessoais no último ano, sendo que 66% fizeram uso todos os meses. Em média, os usuários possuem cinco parcelas a serem quitadas nos próximos meses, enquanto 26% não possuem nenhuma compra parcelada.

Considerando os produtos mais adquiridos com cartão, roupas, calçados e acessórios dividem a liderança do ranking com os eletrônicos, ambos com 54% das menções, respectivamente. No caso dos eletrônicos, o estudo aponta que houve um aumento de 10 pontos percentuais nas compras com cartão de crédito em relação a 2018. Na sequência, aparecem os itens de farmácia e medicamentos (47%), supermercado e mantimentos (46%), eletrodomésticos e eletroportáteis (45%), além de perfumes e cosméticos (32%).

Outro dado mostra que os entrevistados possuem, em média, dois cartões de crédito e a razão mais citada é a possibilidade de contar com mais de uma opção de bandeira no caso de alguma delas não ser aceita pelas lojas (45%). Já 39% disseram buscar melhores prazos ao escolher o cartão de acordo com a data de fechamento da fatura e 28% alegam não pagar anuidade.

O valor médio pago pela anuidade dos cartões é de R$135. Quase metade (48%) participam de algum programa de fidelidade para acumular pontos e trocar por benefícios, mas apenas 68% utilizam os pontos dos que foram acumulados nas compras.

O estudo constatou que, ao adquirir um cartão de crédito, 20% das pessoas ouvidas não analisaram as tarifas que são cobradas, sobretudo por falta de interesse ou porque nem mesmo pensaram nisso (14%). Entre os 70% que tiveram o cuidado de analisar, 49% verificam as tarifas cobradas e 30% ficaram de olho nos juros que incidem nas faturas por atraso no pagamento ou uso do rotativo.

Apesar de 60% dos entrevistados afirmarem que controlam os gastos com cartão de crédito, 39% admitem que a gestão não é feita de forma frequente — um aumento de 10 pontos percentuais em relação a 2018. O principal motivo alegado por 14% deve-se ao fato de que os comprovantes da compra são guardados e para 12%, a fatura é checada somente no fim do mês.

Como consequência desse tipo de comportamento, 46% dos brasileiros que fizeram compras com cartão de crédito no último ano ficaram com nome sujo e 32% tiveram o cartão bloqueado por falta de pagamento da fatura, percentual que sobe para 42% considerando usuários de 35 a 49 anos. A boa notícia é que embora 14% permaneçam com nome sujo, um terço (33%) já regularizou a situação.

De acordo com a pesquisa, 86% não sabem a taxa de juros mensal a pagar por entrar no rotativo e 15% possuíam, em abril, alguma fatura no cartão de crédito em atraso. No entanto, 77% garantiram estar com os pagamentos em dia. Além disso, o estudo revela que 31% dos usuários de cartão já pagaram apenas o mínimo da fatura alguma vez, enquanto 16% costumam recorrem ao mínimo ocasionalmente ou quando necessário. Nota-se ainda que 48% nunca pagaram o mínimo da fatura.

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