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Marco Wense

 

A dúvida é se esse diapasão de Rui e Wagner vai chegar aos municípios, para o desespero das velhas e carcomidas ex-lideranças que ainda se acham vivas.

 

 

O governador Rui Costa e o senador Jaques Wagner, quando o assunto é a sucessão soteropolitana, obviamente do prefeito ACM Neto (DEM), têm a mesma linha de pensamento. Estão afinados.

As duas maiores lideranças do petismo baiano são da opinião de que é preciso oxigenar a política com pessoas novas, dando um chega pra lá no empoeirado, nas velhas figuras que deveriam politicamente se aposentar.

É evidente que o morador mais ilustre do Palácio de Ondina faz de tudo para não tornar pública sua posição, evitando assim constranger alguns companheiros prefeituráveis que insistem em colocar seu nome como opção do PT na disputa pela prefeitura de Salvador.

Mas chega um momento que “ninguém é de ferro”, como diz a sabedoria popular. Ao ser questionado sobre a disputa pelo comando do Thomé de Souza, Rui Costa não aguentou o sufocante silêncio: “Temos vários nomes importantes e o de Bellintani é importante, poderá nos ajudar nesse processo”. O preferido do governador é presidente do Bahia e não é filiado ao Partido dos Trabalhadores. Vale lembrar que o PT já confirmou que não abre mão de lançar candidatura própria.

Tanto Rui Costa como Jaques Wagner têm razão. As empoeiradas e velhas raposas não podem ter mais espaços no jogo político. Tem até os que merecem um “obrigado” pelo que já fez, mas passou. Agora é dar oportunidade para quem vai chegando.

O diapasão do governador é o mesmo do senador, que é mais duro, vai mais longe e não perdoa nem o próprio PT e aliados que se articulam para a sucessão do governador Rui Costa, como o também senador Otto Alencar, dirigente-mor do PSD baiano.

Wagner, em todas as suas declarações, deixa bem claro a necessidade de renovação dos quadros petistas, que a legenda precisa de novos ventos, de novas lideranças. E até descarta, pelo menos nas entrelinhas, o colega Otto Alencar na sua legítima pretensão de disputar a sucessão de Rui Costa. Wagner diz que o sucessor de Rui Costa “deve ser alguém jovem”.

A dúvida é se esse diapasão de Rui e Wagner vai chegar aos municípios, para o desespero das velhas e carcomidas ex-lideranças que ainda se acham vivas.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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