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Mais de 105 milhões de pessoas devem comprar presentes no Dia dos Pais

Um levantamento da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostra que 67% dos consumidores pretendem ir às compras por conta do Dia dos Pais. A taxa representa aumento de seis por cento em relação a 2018. Na prática, isso significa que cerca de 105 milhões de pessoas devem comprar presentes para entregar a seus entes queridos no segundo domingo de agosto.

Para a alegria do varejo, o valor que os entrevistados pretendem dispender com os “mimos” também subiu. Em média, pretende-se gastar R$ 189,98, R$ 41 a mais do que em 2018 – gerando no comércio um movimento de cerca de R$ 20 bilhões.

De acordo com o levantamento da CNDL, em parceria com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), a maior parte (43%) dos entrevistados deve comprar apenas um presente e apenas 26% devem gastar mais para agradar o pai. Destes, 43% querem adquirir presentes melhores e 28%, aproveitar o aumento do seu salário.

A maioria (38%), no entanto, planeja gastar o mesmo valor do ano anterior. Enquanto isso, 21% querem gastar menos – 37% com o objetivo de economizar, 31% motivados pelo orçamento apertado e 20% pelo desemprego.

QUEM NÃO VAI PRESENTEAR

O fato de já terem perdido o pai foi o motivo apontado por metade (50%) dos 23% que não têm intenção de usar a data como justificativa para presentear. Já 16% não têm contato com o pai e outros 10% não pretendem comprar presentes por falta de dinheiro.

Ainda que a trajetória recente da inflação venha se mantendo em patamares abaixo da meta, mais da metade (53%) dos entrevistados julga que os presentes estão mais caros do que no ano anterior. Por outro lado, 42% acreditam que estão na mesma faixa de preços e apenas 5% que os produtos estão mais baratos.

Para lidar com o encarecimento dos produtos, oito em cada 10 consumidores (78%) pretendem pesquisar e comparar os preços antes de finalizar as compras. Desses, 71% costumam realizar as pesquisas na internet, sendo que a maioria (72%) usa sites de busca, 56% sites de comparação de preço, 45% sites de varejistas e 28% em sites ou aplicativos de ofertas. Lojas de shopping (55%) e lojas de rua (47%) também foram citados pelos consumidores como locais de pesquisa de preços.

FORMA DE DRIBLAR OS PREÇOS ALTOS

Outra forma de driblar os preços mais altos sem deixar a figura paterna de mãos abanando é dividir o valor do presente, ao invés de adquiri-lo sozinho: 14% dos entrevistados pretendem dividir o valor do presente com outra pessoa, motivados principalmente pela redução de gastos (36%), pela vontade de dar um presente melhor e mais caro (17%) e pelo desemprego (16%).

Desses, 37% pretendem dividir o valor do presente com irmãos, 31% com a mãe e 22% com o cônjuge. A maioria (80%), no entanto, ainda prefere arcar sozinha com os gastos.

Metade (51%) dos entrevistados disse que pretende comprar o presente de Dia dos Pais na primeira semana de agosto (principalmente as mulheres), enquanto 13% provavelmente acabarão deixando para a véspera. Assim como no ano passado, roupas correspondem à maior parte das intenções de compra para a data (52%) seguidas de perfumes e cosméticos (36%), calçados (30%) e acessórios (26%), como meias, cinto, óculos, carteira e relógio.

Os principais fatores que influenciam os consumidores na escolha do local de compra são o preço (52%), a qualidade dos produtos (40%), os descontos e promoções (40%) e a diversidade de produtos (29%). Quatro em cada 10 (38%) consumidores pretendem realizar suas compras nos shoppings. Enquanto isso, 27% planejam adquirir os produtos na internet, 19% em shoppings populares e 17% em lojas de bairro.

Oito em cada 10 entrevistados (82%) pretendem pagar o presente à vista, principalmente no dinheiro (48%, com destaque para as classes C, D e E) e no cartão de débito (29%, aumento de sete pontos percentuais em relação a 2018). Por outro lado, 31% preferem comprar a prazo (especialmente as classes A/B), principalmente no cartão de crédito (26%, sobretudo as classes A/B) e numa média de quatro parcelas.

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