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O espetáculo será apresentado em Itabuna

A Caixa de Assistência dos Advogados da Bahia (CAAB) promove para os profissionais da área do Direito e convidados, na quinta-feira (8), a partir das 20h, no Teatro Municipal Candinha Dórea, em Itabuna, o espetáculo “Luiz Gama – Uma Voz pela Liberdade”. A peça faz um resumo da história do primeiro advogado negro baiano que libertou mais de 500 escravos do cativeiro.

O número de convites para o espetáculo é limitado. Por isso, segundo os organizadores, categorias como advogados, estudantes de Direito e professores não devem deixar para confirmar a presença na última hora. Para assegurar a entrada, o interessado deve entrar em contato com a Subseção da OAB- Itabuna, pelo telefone (73) 3613-1892, das 8 às 12 e das 14 às 18.

O resumo da história do advogado, jornalista, poeta e abolicionista brasileiro, que nasceu em Salvador, no dia 21 de junho de 1830, será apresentada pelos atores Deo Garcez e Soraia Arnoni. O espetáculo tem a direção do Ricardo Torres e produção de Alan de Jesus e Mário Seixas. O convite para peça é trocado por dois quilos de alimentos não perecíveis.

Luiz Gama, que morreu em 1882, é o patrono da cadeira 15 da Academia Paulista de Letras. A história de sofrimento, luta e rebeldia do baiano começou cedo. O próprio pai vendeu Luiz Gama, aos 10 anos de idade, ao negociante e alferes Antônio Pereira Cardoso para pagar dívida de jogo.

INSUBORDINADO

A fama de Gama de ser insubordinado, inviabilizou a sua venda. Por isso, o comerciante Antônio Pereira levou o baiano para sua fazenda no município de Limeira. Aos 17 anos, Gama conheceu o estudante Antônio Rodrigues do Prado, hóspede da fazenda, que lhe ensinou a ler e escrever.

Mais tarde, em 1848, com 18 anos, sabendo que sua situação era ilegal, uma vez que sua mãe era livre, o baiano fugiu para a cidade de São Paulo. Em 1850, alistou-se na Força Pública da Província. No mesmo ano, Luiz Gama tentou ingressar no curso de Direito do Largo de São Francisco. Por ser negro, era hostilizado pelos professores e alunos, e só pôde frequentar as aulas como ouvinte.

Em 1854, após uma insubordinação na Força Pública, ficou 39 dias preso, sendo em seguida expulso da corporação.Mesmo sem ter se formado em Direito, adquiriu conhecimentos que lhe permitiu atuar na defesa jurídica dos escravos.Em 1856 tornou-se escriturário da Secretaria de Polícia da Província de São Paulo.

Uma década depois, em 1864, fundou jornal “Diabo Coxo” e, em 1869, juntou-se a ninguém menos que Rui Barbosa para criar o “Jornal Paulistano”. Ele ainda participou ativamente de movimentos contra a escravidão no Brasil, fundou partido político, escreveu poesias… Mais sobre a história de Luiz Gama na quinta-feira, no Teatro Candinha Dórea.

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