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Transplantados na Santa Casa em Itabuna e equipe envolvida no Setembro Verde

José Domingos Nascimento é portador da Doença de Fabry, uma doença genética que acabou comprometendo a sua função renal. Em 2013, ele foi contemplado com um rim devido ao gesto de amor de uma família. Já o agrônomo Ivan Costa e Souza descobriu o problema renal por acaso, ao passar por uma revisão cardiológica no qual foi constatado que o rim do lado direito não estava mais funcionando. “Foi assintomático, eu não sentia nada”, fala.

Após três anos de diálise, ele conseguiu fazer o transplante. “Hoje eu levo uma vida normal, mesmo aposentado. Continuo trabalhando, faço acompanhamento médico trimestral e tomo os remédios regularmente”, diz. Para ele, ainda falta sensibilização para que as pessoas sejam doadoras. “Tem de ser um trabalho contínuo, pois tem muita gente precisando”, destaca.

Marcos Aurélio Teixeira viveu uma experiência diferente. “Comecei a sentir câimbras fora do normal pelo corpo todo. Procurei um clínico geral que solicitou exames e identificou que a minha creatinina estava muito alta. Fui encaminhado a um nefrologista, fiz uma bateria de exames e foi detectado que meus rins começaram a murchar”, conta.

Como as veias dele eram muito finas, passou a fazer a diálise peritonial, tratamento feito em casa, quatro vezes ao dia, com um cateter no abdômen. Há três anos, ele recebeu um rim da irmã que era 98% compatível. “Graças a Deus, a minha irmã me deu a condição de viver”, diz.

Segundo ele, nem todo mundo tem esse entendimento de doar um órgão em vida e fala da angústia de quem está numa fila para transplante. “A gente vê a situação se agravar e parece que a esperança vai diminuindo. Convivi com pessoas que faleceram porque não tiveram a chance que eu tive de encontrar um doador compatível”, esclarece.

Gilenon da Luz Santos ficou três anos na fila e há três fez o transplante. “Eu sentia tontura, cansaço. Minha creatinina estava alta e o médico disse que a qualquer momento eu poderia fazer hemodiálise”, lembra. Ele diz que a sensação para quem fica na fila de espera é a de que chegue logo um doador e encoraja quem vive esse dilema.“É preciso ter muita fé que a sua vez vai chegar”, fala.

Para a família que autorizou a doação do rim, ele é só gratidão. “Que Deus abençoe a todos os familiares. Sei que eles perderam uma pessoa, mas conseguiram salvar outra, que foi eu”, conta. E incentiva as pessoas na doação de órgãos. “Um dia eu precisei e agora sou um doador”, finaliza.

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