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Miralva e Jackson disputam 2º turno

Neste domingo (22), duas chapas disputam o segundo turno para presidente do Diretório do PT em Itabuna. Uma é liderada por Miralva Moitinho e a outra, por Jackson Moreira. A disputa colocou em lados opostos os deputados Rosemberg Pinto (estadual) e Josias Gomes (federal).

Os dois nomes foram os mais votados do PT entre os eleitos no município na eleição de 2018, inclusive fazendo dobradinha apoiada por lideranças locais, tendo dentre elas dois quadros experientes, como os egressos do PCdoB – o vereador Aldenes Meira e o radialista e ex-vereador Rosivaldo Pinheiro, este último coordenador político das duas campanhas no município.

Essa é uma eleição que a cidade e as lideranças dos mais variados setores acompanham com muita atenção, pois representará uma mudança de rumo do Partido dos Trabalhadores ou a manutenção do estágio atual. A vitória de Jackson representará a manutenção de Geraldo Simões como uma espécie de “dono” da sigla. O ex-prefeito sempre teve o comando do partido em Itabuna e sofre críticas pelo perfil imposto à presidência, hoje sob comando de Flávio Barreto, que apoia Jackson Moreira.

Do outro lado, Miralva reuniu neste segundo turno um grande número de tendências e conta com o apoio dos deputados Osni, Joseildo, Pelegrino, Maria Del Carmem, Walmir Assunção e Rosemberg Pinto e do senador e ex-governador Wagner, além de Júnior Brandão, único vereador eleito pelo partido na última disputa municipal.

Qualquer que seja o resultado, o PT sairá maior do que quando iniciou esse processo eleitoral, na leitura do deputado Rosemberg. Ele reforça que tentou, de todas as formas, mediar um acordo entre os dois candidatos, mas que não foi possível sacramentá-lo diante da exigência do segundo colocado no primeiro turno para começar liderando o partido nos dois primeiros anos, enquanto que ela, a primeira colocada, que já cedia dois anos de mandato para evitar uma disputa e buscar a unidade do partido (veja nota aqui).

O partido enfrenta uma crise nacional justamente por estes desencontros. Miralva teria que aguardar para presidir o PT nos dois últimos anos, o que iria de encontro com a ordem natural – de que quem se sai melhor na disputa deve liderar primeiro. Ou seja, só ela cederia. Diante da intransigência, pontua, o único caminho que restou foi a disputa do segundo turno.

Rosemberg acredita que, a partir de segunda-feira, todos voltarão ao campo de luta na defesa das conquistas sociais e do Lula Livre, fazendo resistência aos desmandos do governo Jair Bolsonaro. “O PT é forte e tem responsabilidade com o povo e na defesa de uma nação livre e soberana”, disse.

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