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Mais três empregadores no sul da Bahia são incluídos na lista de trabalho escravo

A nova lista do trabalho escravo, do Governo Federal, inclui três empresas que atuam no sul da Bahia.Os novos integrantes da lista suja são os proprietários da Fazenda Eldorado, no distrito de Vila Brasil, em Una;  Passos 3 Construções e Serviços,  que executava obras no Porto de Ilhéus, e a São Miguel Construções, responsável pela construção do Centro Esportivo Unificado, no bairro Nossa Senhora da Vitória, também em Ilhéus.

A força-tarefa coordenada pelo Ministério Público do Trabalho na Bahia resgatou 18 trabalhadores em condição de análoga de escravidão nos endereços ligados às empresas. Na fazenda Eldorado,  o trabalhador Abimael Pereira de Jesus e seus dois filhos foram submetidos a condições de trabalho análoga de escravidão, no período de 2009 a 2016, segundo o MPT.

De acordo com os procuradores, as moradias tinham péssimas condições de conservação e higiene e não possuíam energia elétrica, água encanada e banheiros. A água usada para consumo era retirada de um córrego da região e transportada em embalagens reutilizadas de agrotóxicos, sem nenhum tipo de tratamento. Os trabalhadores dormiam em colchões levados por eles próprios e improvisavam camas em cima de tijolos e tábuas.

O MPT apurou ainda que os proprietários da fazenda não forneciam aos trabalhadores equipamentos de proteção individual e pagavam, sem qualquer regularidade, uma remuneração inferior ao salário mínimo. Os operários nunca tiveram o vínculo registrado na carteira de trabalho nem o pagamento da rescisão do contrato de trabalho.

NOVOS INTEGRANTES NA BAHIA

A nova lista de trabalho escravo inclui 14 empregadores na Bahia. Além das empresas de Ilhéus e Una, fazem parte da lista suja as empresas Alan Cássio Ramos Santos , do Residencial Ecológico Juerana, em Porto Seguro;  Fazenda Cachoeira do Espinho e Fazenda Samanta, em Cardeal da Silva, e Associação Comunitária Cultural e Recreativa do Distrito Stela Dubois, em Santa Rita de Cássia.

Também estão na lista Haroldo Gusmão Cunha, da Fazenda Rancho Fundo, em Vitória da Conquista; João das Graças Dias, da Fazenda Lagoa do Severiano, em Presidente Jânio Quadros; Marcos José Souza Lima, do Rodeio 100 limites, em São José do Jacuípe; Maria Elena Martins, da Fazenda Marília, em Vitória da Conquista; Parque de Vaquejada Maria do Carmo, em Serrinha; Projecamp Engenharia, em Camaçari; Fazenda Prazeres, em Riachão do Jacuípe, e a Soebe Construção e Pavimentação, de Salvador. Veja aqui a nova lista completa das empresas consideras sujas.

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