LÉO BRIGLIA

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IMG-20160227-WA0050José Lessa

Simples de vida, e humilde de coração, Léo era ao mesmo tempo generoso. As suas atitudes, sem ser anarquista, não obedeciam a regras fundadas nos textos das leis escritas, e sim, nas exigências de sua grandiosidade, no amor e na solidariedade às pessoas. Portanto, do seu estado d’alma, da leveza de seu espírito.

É não apenas enriquecedora, senão também gratificante, a oportunidade que a vida, às vezes, oferece a duas gerações de viverem tão próximas, a ponto de se confundirem, e de conviverem até o final da existência de uma e do inicio da escalada derradeira da outra. A interação é extremamente proveitosa, em todos os sentidos. Ah…Se os jovens tivessem disso consciência.

Escrevo a respeito do recente passamento do exceler ser humano, e do grande atleta que foi LÉO BRIGLIA.

Voltando as vistas à longínqua década de 50 (segundo meado), do século passado – que tive o privilégio de viver – revejo-me, com nítida perfeição, na calçada da então Rua Benjamin Constant, hoje Ruffo Galvão, onde, invariavelmente, nas tardes de domingo, encontrava os amigos e os colegas para assistirmos, no Cine Itabuna, os “imperdíveis” filmes de Tarzan, Zorro, Flash Gordon, Roy Rogeres, Errol Flynn, etc.

Reuníamo-nos, antes e depois do filme, para a troca de figurinhas dos atletas (do saudoso e maravilhoso futebol brasileiro), nossos ídolos, as quais eram, depois, coladas nas revistas que representavam os times de nossas respectivas preferências.

Era o ano de 1957, do famoso e inesquecível quarteto de atacantes do Fluminense, time pelo qual torcia: Telê, Léo, Valdo e Escurinho.
Evidente que, porque artilheiro, Léo era o meu ídolo. Mas, àquela época, então com 12 anos, não sabia que ele era um Itabunense, até mesmo porque não tinham meus pais qualquer atração pelo futebol e, por isso, nenhuma influência sobre os filhos exerciam a respeito.

Sequer imaginava que iria conhecê-lo pessoalmente, até que no final da década de 60, também do século pretérito, obviamente, nos saudosos “babas” na praia do Cururupe, em Ilhéus, foi-me dada a grata oportunidade de iniciar uma espontânea amizade, não apenas com o jogador, mas, sobretudo, com o ser humano LÉO BRIGLIA.

Léo, apesar de ter, como todos nós, nascido chorando, era diferente, porque o seu choro, antes de revelar dor, sofrimento, apresentou-se com o tom da alegria, do prazer de estar vindo ao mundo para conhecer e conviver saudavelmente com seus semelhantes, com os animais, plantas, pássaros e tudo o mais que a natureza lhe oferecia.
Portanto, nasceu de bem com a vida!

Abria seu cativante sorriso ao ouvir o gorjeio dos pássaros; seus olhos brilhavam com o deslizar das águas do Rio Cachoeira; sensibilizava-se com o revoar das folhas que os ventos alvissareiros lhe traziam; encantava-se com o desabrochar das flores; sua alma renovava cada vez que recebia auspiciosas notícias de amigos seus; seus olhos mourejavam ao se referir a sua família.

Foi um avô extremoso. Às tardes de domingo colocava os netos em dois táxis e os levava ao Shopping, onde, com a sua inseparável companheira, a cerveja, vigiava-os atenta e carinhosamente.

Simples de vida, e humilde de coração, Léo era ao mesmo tempo generoso.
As suas atitudes, sem ser anarquista, não obedeciam a regras fundadas nos textos das leis escritas, e sim, nas exigências de sua grandiosidade, no amor e na solidariedade às pessoas. Portanto, do seu estado d’alma, da leveza de seu espírito.

Era, por tudo isso, um gentleman. Um altruísta.

As decisões que tomava, sem titubeios, brotavam da convicção de que eram corretas, por isso não carregava o peso das amarguras nem o do ressentimento.

Este foi o Léo que conheci.

Do atleta fabuloso, pela diferença de idade, exatos 17 anos, considerando que ambos somos do mês de agosto, pouco ou quase nada conheci, a não ser pelas histórias que a seu respeito me era contadas e pelas narrações que ouvia de extraordinários locutores de rádio da época.

Fomos, como visto, de gerações distintas, mas que se confundiram numa só, pela intensidade da aproximação que a vida nos proporcionou.
A ele, Léo, fica o meu eterno reconhecimento, por me ter oferecido a sua amizade.

Vai fazer falta!

José Lessa é advogado.

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Lula diz que pode ser candidato à presidência dá República (Foto Nacho Lemos).
Agência Brasil

O ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje (27) no Rio de Janeiro que, se o PT entender que é necessário, ele será candidato à Presidência em 2018. A afirmação foi feita durante festa de comemoração dos 36 anos do partido, na cidade do Rio. Em um discurso de quase 40 minutos, Lula criticou a oposição e a imprensa que, segundo ele, estão tentando atingi-lo “com mentiras, com vazamento de informações e a criminalização” por meio de notícias, sem que haja qualquer julgamento.

O ex-presidente negou que seja o dono do triplex no Guarujá e do sítio em Atibaia – imóveis investigados pela Justiça e que tiveram destaque na imprensa nos últimos dias. Segundo ele, o sítio, por exemplo, foi comprado por seu amigo Jacó Bittar. O acordo era que a família de Lula também usufruísse da propriedade quando ele deixasse a Presidência.

“Eles pensam que, com essa perseguição, vão me tirar da luta. Eles não conhecem o PT. Se quiserem me derrotar, não vão me derrotar mentindo. Terão que me enfrentar nas ruas, conversando com o povo brasileiro”, disse Lula. “Se eles quiserem voltar ao poder, vão ter que aprender a ser democráticos, disputar eleições e acatar o resultado. Se eles quiserem, se preparem para 2018. Afiem suas garras e vamos disputar democraticamente”, acrescentou.

Ele destacou que essa situação serve para fortalecer partido. “Eles estão determinados: ‘Vamos destruir o PT’. E eu queria dizer para eles: Vocês não vão nos destruir. Nós sairemos mais fortes dessa luta.”

Em seu discurso, Lula também disse que, apesar das divergências entre o PT e o governo da presidenta da República, Dilma Rousseff, o partido está ao lado dela. Lula disse que está à frente de um exército de milhares de soldados para defender o mandato de Dilma.

“Por mais que tenha discordância em alguma coisa, a Dilma tem que ter certeza de que o lado dela é esse. Ela precisa de nós para poder sobreviver aos ataques que ela vem sofrendo no Congresso Nacional pelos nossos adversários”, disse Lula.

Lula foi o grande homenageado da festa de 36 anos do PT, no Armazém da Utopia, na zona portuária do Rio de Janeiro.

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R SertorioRoberth Sertorio

 

O sal “estraga” os cabelos? E a água do mar? Em tempos de águas salgadas, até pelas nossas torneiras, o assunto voltou à tona. Ao que respondo: sim e não.

 

 

Frequentemente as pessoas me perguntam sobre uma velha história que paira sobre o nosso questionamento. O sal “estraga” os cabelos? E a água do mar? Em tempos de águas salgadas, até pelas nossas torneiras, o assunto voltou à tona. Ao que respondo: sim e não.

Explico: os tipos de cabelo são dados por uma série de diferenças genéticas que determinam a espessura do fio, a quantidade de camadas, o ângulo de abertura de cutículas, o grau de enovelamento, a cor, o ângulo de inserção na pele, dentre outras diferenças. No Brasil então, por conta de nossa fantástica miscigenação, essa diferença entre nossos cabelos se acentua.

Posto isso, fica mais fácil entender porque algo que acontece no cabelo da amiga não necessariamente vai acontecer no seu. Além disso, os diferentes processos químicos pelos quais os cabelos são transformados modificam ainda mais a estrutura e as diferenças capilares. Então vamos considerar três pontos principais: 1- diferentes tipos de cabelos, 2- processos químicos que alteram a estrutura do fio e 3- o coitado do sal.

Pessoal é o seguinte: o sal não altera a acidez (pH) da água. Como ele não altera a acidez, não consegue mudar profundamente o seu fio, nem abrir cutícula, nem fechar… O que ocorre é o seguinte: o sal retira a oleosidade do couro cabeludo (isso mesmo, quem produz oleosidade é a pele e não o cabelo). Como ele retira a oleosidade, o nosso fio fica sem a “hidratação” natural produzida por nossa pele que, no ato de pentear ou passar os dedos, espalha-se preenchendo os espaços vazios entre as cutículas dando brilho, maciez e penteabilidade.

Para melhor combater esses efeitos danosos escolha um bom xampu, de preferência sem sal e quando for lavar os cabelos utilize uma pequena quantidade, repetindo a lavagem se necessário. Essa simples dica diminui a retirada excessiva da hidratação natural dos nossos fios.

Para condicioná-los, você pode usar os condicionadores mais simples após a lavagem e máscaras para hidratação uma vez por semana. Dê preferência aos que contém aminoácidos, manteigas e óleos vegetais em sua composição. Para aqueles mais preciosos que defendem o uso da água mineral na lavagem dos cabelos, lembrem-se: minério também é sal. E, como já vimos, ele não é esse vilão todo. Espero que tenham gostado. Fiquem com Deus e até a próxima.

Roberth Sertorio é farmacêutico, especialista em Cosmetologia pela Faculdade Osvaldo Cruz e professor de Cosmetologia e Tecnologia Farmacêutica no curso de Farmácia pela Unime/Itabuna.

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Comércio da região central de Itabuna (Foto Arquivo).
Comércio da região central de Itabuna (Foto Arquivo).

O Ministério do Trabalho e Emprego divulgou, ontem (26), o balanço do emprego formal no país. A consulta revela baixa do emprego em Itabuna e Ilhéus. Corte total de 246 vagas nas duas principais economias da região.

O ritmo de demissões caiu em Itabuna, mas se manteve alto na cidade vizinha.

Conforme o ministério, foram 57 postos de trabalho eliminados em janeiro em Itabuna. Já em Ilhéus, saldo negativo maior: – 189 empregos.

Na Bahia, foram fechados, no total, 1.187 postos de trabalho, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego.

TOPADA E FARMÁCIA LETÍCIA

Após o fechamento de loja registrados no final do ano passado e início de janeiro, Itabuna terá abertura de novas lojas na região central. A Topada Calçados abrirá duas lojas na Avenida do Cinquentenário em pontos onde funcionaram unidade da Silva Calçados, que reduziu de 7 para 3 o número de loja no município.

A rede de farmácias Letícia, de origem grapiúna e única com serviço 24 horas, também entra em processo de expansão. Inaugurará nova loja no centro de Itabuna, desta vez na Praça Adami.

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Alicia Bárcena, Dilma Rousseff e Michelle Bachelet durante encontro da brasileira no Chile (Foto Roberto Stuckert Filho/PR).
Alicia Bárcena, Dilma Rousseff e Michelle Bachelet durante encontro da brasileira no Chile (Foto Roberto Stuckert Filho/PR).

A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (27), em entrevista em Santiago, no Chile, que não governa só para o PT, mas para os 204 milhões de brasileiros. Antes de participar de um almoço com a presidenta chilena, Michele Bachelet, Dilma também confirmou que não compareceria à festa de aniversário de 36 anos do partido, no Rio de Janeiro, por ter compromissos oficiais agendados no Chile, como reunião na Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).

Na entrevista, Dilma foi questionada sobre críticas de algumas alas do PT sobre a condução da política econômica do governo.Ela disse que as divergências com a legenda são normais, mas que sempre pedirá e contará com o apoio dos petistas.

“O governo é uma coisa, os partidos são outra. Em que pese eles serem a base, muitas vezes, eles divergem. Isso é normal. Eu sempre pedirei apoio e conto com o apoio deles. Eu não governo só para o PT. Eu governo para os 204 milhões de brasileiros. Eu não governo só para o PP, só para o PSD, só para o PDT ou só para o PMDB. Eu tenho de governar olhando todos os interesses e, como o nome diz, o partido é sempre uma parte.”, disse a presidenta.

Sobre a festa de aniversário do PT, Dilma afirmou que a legenda foi informada de que ela não poderia comparecer em função da viagem oficial do Chile. “Eu gostaria muito [de comparecer]. Eu imagino que você [jornalista] perceba que entre o Chile e o Brasil tem um problema de distância. São quatro horas de avião. Eu ainda tenho um almoço com a presidente Bachelet e ainda tenho uma fala na Celac [Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos]. O PT foi avisado de que eu não compareceria.” Com informações da Agência Brasil.

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marivalguedes2Marival Guedes | marivalguedes@gmail.com

 

Leó, que havia marcado gols em todas as partidas, fez um golaço na decisiva e consagrou-se artilheiro do campeonato. No final do jogo Osório Vilas-Boas foi parabenizá-lo, mas não conseguiu pronunciar palavra alguma. A garganta travou, as lágrimas caíram.

 

Na última vez que encontrei Léo, fomos a um bar próximo a casa onde ele morava em Itabuna. Estava chateado por causa de uma tentativa de assalto na Avenida do Cinquentenário.

Contou que quando o homem mostrou uma faca, ele desabafou:

-Mas eu, um idoso?

Surpreso, o assaltante respondeu com outra pergunta:

É você, Léo?

Pediu desculpas e saiu apressadamente.

Vamos esquecer isso e falar sobre as coisas boas da vida, sugeri e ele concordou. A partir daí, foram muitas histórias e muitas risadas.

O texto que segue, escrevi para uma edição especial do Jornal Agora. Depois vi na biblioteca colaborativa Wikipedia, com algumas alterações, e faço um terceiro nesta manhã de sábado.

A FUGA PARA O RIO DE JANEIRO

Briglia foi um dos monstros sagrados do futebol baiano.
Briglia foi um dos monstros sagrados do futebol baiano.

Léo foi “descoberto” quando atuava pela Federação Universitária Baiana de Esportes (Fube) numa preliminar de Bahia e América em Salvador. Suas jogadas despertaram a atenção do técnico Grita, um uruguaio, que o convidou para jogar no Rio.

Sabendo que o pai não concordaria, ele saiu de casa às escondidas: “minha família soube pelos jornais e revistas, quando eu já estava jogando no América”, conta.

No Rio, os treinos eram realizados no campo do Vasco. Ao observar a atuação do jogador, o técnico do clube, Flávio Costa, o convidou. Mas ele já havia assinado contrato com o América.

No entanto faltava um detalhe, Francisco Briglia, pai de Léo, teria que assinar o contrato. Prevendo a resistência, foi enviado um diretor importante politicamente, o Ministro do Trabalho, que foi a Salvador, onde a família tinha residência para os filhos estudarem.

O “coronel de cacau” não levou o poder político em consideração: “ele rasgou o contrato e xingou o ministro, dizendo, você é descarado igual a Léo”, contou o ex-jogador.

Mas “arranjaram um jeitinho”. O vice-presidente do América era juiz de Direito e assinou o contrato se responsabilizando pelo jogador, que permaneceu no clube durante três anos, de 1947 a 1949.

VISITA E PRISÃO

Neste último ano, aconteceu algo inesperado: o América foi jogar em Ilhéus. Léo se hospedou, junto com a equipe, no Ilhéus Hotel e decidiu visitar os familiares em  Itabuna.

Quando chegou, por ordem do pai, recebeu voz de prisão do irmão, Eudes Briglia, que era delegado, ao tempo em que ouvia o vozeirão de Chico Briglia, aos berros: “você não vai voltar mais, seu moleque vagabundo!”.

RETORNO AO FUTEBOL BAIANO

Ficou na cidade, jogando nos times de Itabuna contra os de fora, a exemplo de Bahia, Botafogo e Ipiranga. “Nós papávamos todos eles”, diz orgulhoso.

Quando o futebol itabunense entrou em declínio, em 1953, ele foi para o Colo-Colo de Ilhéus.

O “Tigre” foi campeão em 1953 e 1954 e Léo o artilheiro absoluto. Depois do Colo-Colo, conseguiu um emprego de auditor fiscal em Salvador, através do Governador  Juracy Magalhães, seu padrinho.

“QUASE” CAMPEÃO MUNDIAL

Em 1958, Léo Briglia foi convocado para a Seleção Brasileira, pelo técnico Vicente Feola. Mas foi cortado dezoito horas antes do embarque para a Suécia, porque seu ex-treinador do Fluminense havia declarado a um importante jornal da época, que o joelho do atleta estava lesado e seus dentes tinham muitas cáries.

Por isso, ficou definitivamente fora da Seleção. Foi substituído por  Dida, do Flamengo. Em relação às cáries, vale lembrar que todos os seus dentes foram extraídos e, dias depois, substituídos por uma dentadura.

Sobre o corte na Seleção, Léo falou conformado que futebol tem dessas coisas e afirma que neste incidente houve um aspecto positivo, que foi a oportunidade dada àquele que se tornou a maior estrela do futebol brasileiro:

“Se eu fosse para a Suécia, o Pelé não iria brilhar porque não teria a oportunidade de jogar, pois a posição era minha e não lhe daria esta chance. Mas era pra ser Pelé e assim foi”, disse Léo Briglia.

 REJEIÇÃO E GLÓRIA NO BAHIA

Torcedor do Vitória, Léo tentou jogar no rubro-negro, mas o dirigente Ney Ferreira não aceitou, argumentando que ele estava velho, decadente e em fim de carreira.

Com a negativa, o ex-jogador e técnico do Bahia, Geninho, sugeriu sua contratação ao presidente do clube, Osório Vilas-Boas, que reagiu de forma semelhante, argumentando que “Léo bebe muito e é irresponsável”. Geninho insistiu, assumindo um arriscado compromisso: “contrate Léo que eu lhe dou a Taça Brasil de presente”.

CAMPEÃO E ARTILHEIRO NACIONAL

Por ironia, foi no Bahia que viveu sua melhor fase como jogador de futebol. O clube foi para a final da Taça Brasil (que começou em 59 e terminou em 60), numa melhor de três, contra o Santos.

Na primeira, em plena Vila Belmiro, o Bahia surpreendeu o Santos ao vencer por 3 a 2. No segundo confronto, na Fonte Nova, perdeu por 2 a 0, mas venceu a histórica partida decisiva em campo neutro e sagrou-se o primeiro campeão da Taça Brasil, derrotando o time de Pelé por 3 a 1, no Maracanã.

Leó, que havia marcado gols em todas as partidas, fez um golaço na decisiva e consagrou-se artilheiro do campeonato. No final do jogo Osório Vilas-Boas foi parabenizá-lo, mas não conseguiu pronunciar palavra alguma. A garganta travou, as lágrimas caíram.

FLAGRANTE NA BOATE

Das suas histórias de boêmio uma aconteceu no Fluminense do Rio. O time estava concentrado num hotel para o clássico contra o Vasco no dia seguinte.

Ele não resistiu a um convite e fugiu para uma festa numa boate. De madrugada, apareceu o técnico Zezé Moreira e o levou para o hotel. Lá, na madrugada, ouviu a sentença: “enquanto eu estiver aqui, você não veste mais a camisa do Fluminense. Mas não vou dizer pra ninguém, por que lhe tirei do time”.

Porém, um incidente levou o técnico a suspender a punição: um jogador se machucou e Léo foi convocado. Mesmo de ressaca, entrou e brilhou. Driblou, deu passes, fez dois gols e o Fluminense venceu por 5 a 2.

Um dos maiores craques do futebol brasileiro, Léo Briglia ocupou espaços nos mais importantes veículos de comunicação do país. Foi citado em crônicas do dramaturgo e jornalista Nelson Rodrigues, assim como do escritor e jornalista Antônio Lopes.

Além de ser o primeiro artilheiro do Brasil, teve vários outros títulos conquistados. Entrou e colocou a Bahia numa das páginas de maior destaque do nosso futebol.

Valeu, Léo.

Marival Guedes é jornalista.

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Abraão RibeiroSecretário de Transporte e Trânsito e um dos dirigentes do Pros em Itabuna, Abraão Ribeiro defende que o prefeito Vane do Renascer dispute a reeleição. Para ele, dos nomes já postos, há a possibilidade de o município sul-baiano retroceder administrativamente. “Itabuna não pode voltar ao tempo do populismo nem do lero-lero”, disse.

Segundo ele, a posição de apoio a um novo mandato para o prefeito não é pessoal, mas da comissão municipal do Pros. Abraão aponta o prefeito como “transparente, honesto e justo” e tendo as condições para a reeleição, após sanear o município mesmo diante do cenário encontrado, com mais de R$ 500 milhões em dívidas e 83% da receita comprometida com gastos com pessoal.

O titular da Settran faz críticas a candidatos que, segundo ele, têm solução para tudo. Chama-os de ETs, vindos “de marte ou caído do céu”. E que é preciso ter cuidado com prefeituráves que ficam mais de três anos dentro de gabinete, “elaborando planos que jamais poderão ser executados”. A seguir, a entrevista.

Blog Pimenta – Defender um novo mandato para Vane é decisão pessoal ou do partido?

Abraão Ribeiro – Hoje, não tenho posição pessoal. É a posição do Pros, é a orientação da presidência, de defender a reeleição [do prefeito Vane]. Sou representante do partido neste momento. Até aqui, também é a orientação da estadual, que tem novo presidente.

Pimenta – Mas o Pros não já estaria aliançado com a candidatura do ex-prefeito Geraldo Simões?

Abraão – Não chegamos sequer a conversar com Geraldo. A estadual não conversou. Pelo menos que saibamos.

Pimenta – Como o Pros justifica essa defesa da reeleição?

Abraão – Fomos para o governo por uma decisão, um compromisso do prefeito Vane. Houve, ali, um acordo tácito de apoiar o governo e, junto com os partidos progressistas, fazer uma unidade para que Itabuna não retroaja mais na questão administrativa.

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500 MILHÕES EM DÍVIDAS – Era dívida com INSS, restos a pagar, Emasa endividada e com zero de tratamento de esgoto, 83% da folha comprometida com pagamento de pessoal. Ou seja, você tem cidade cheia de problema e prefeitura cheia de dívida, com apenas 17% para investimento.

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Pimenta – Por que o senhor fala em retrocesso?

Abraão – Quando este governo assumiu, a prefeitura estava com R$ 500 milhões de dívida. É dinheiro para construir 5 mil casas a R$ 100 mil, beneficiando, pelo menos, 20 mil pessoas. Era dívida com INSS, restos a pagar, Emasa endividada e com zero de tratamento de esgoto, 83% da folha comprometida com pagamento de pessoal. Ou seja, você tem cidade cheia de problema e prefeitura cheia de dívida, com apenas 17% para investimento. Retroceder é voltar para este estágio encontrado, amadorístico.

Pimenta – Por que se chegou a este cenário?

Abraão – Não digo nem que houve má-fé [dos antecessores]. Não quero julgar ninguém. Esse amadorismo levou Itabuna a uma situação de quase insolvência. Diante dessa crise nacional, que não é pequena, em que vemos governo estadual parcelando salário, prefeitos passando seus cargos para os vices por não terem condições de gerir, você vê a Prefeitura de Itabuna se enquadrando, tem contas aprovadas e também fez muita coisa. E por que que está fazendo? Está sobrando dinheiro? É dinheiro a mais? Não. É porque tem sido gerida com responsabilidade.

Pimenta – Mas o quadro deste momento é de obras paradas ou quase todas paradas.

Abraão – Estamos em início de ano, de novo orçamento, em que licitações e aditivos são refeitos. A gente tem certeza que, a partir de março, essas obras voltarão a ocorrer. Temos prefeito que é aliado do governo do estado, do governo federal. Ele está há uma semana em Salvador para conseguir recursos para tocar as ações e obras desta cidade. A gente pede moralidade, dignidade quando trata da coisa pública e a gente vê o prefeito vivendo como antes de assumir. Você não vê mudança repentina de ascensão social. É um prefeito que nos honra na questão da honestidade.

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CANDIDATOS DE MARTE – Às vezes, as pessoas caem de marte, do céu com solução pra tudo, mas a gente sabe que aqui era uma bagunça. O lixo custava R$ 1 milhão por mês. Hoje é R$ 600 mil. E a coleta de lixo tem 73% de aprovação da população.

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Pimenta – Há críticas ao perfil administrativo dele.

Abraão – Logo no primeiro dia de governo, simbolicamente, Vane reduziu o salário dele, dos secretários, quando outros estavam aumentando. Vane reduziu a folha funcional, reduziu em 50% os gastos com combustível e a gente fica tentando fazer um memorial porque estas coisas precisam ser ditas. Quem não lembra do lixo em Itabuna? Era uma confusão. Às vezes, as pessoas caem de marte, do céu com solução pra tudo, mas a gente sabe que aqui era uma bagunça. O lixo custava R$ 1 milhão por mês. Hoje é R$ 600 mil. E a coleta de lixo tem 73% de aprovação da população. A gente sabe que 73%, numa conjuntura atual, é uma vitória.

Pimenta – A percepção parece ser a de paralisia, não?

Abraão – Certas coisas precisam ser levadas para o público. Aí é onde vejo a marca da responsabilidade de Vane, que poderia ter tirado bastante dinheiro para comunicar, dourar a pílula, mas ele optou por economizar nesta área, fazendo com a direita sem que a esquerda visse. Ele teria que dar prioridade à publicidade, informar tudo que foi feito. Hoje tem o PAC, com R$ 32 milhões aplicados em Itabuna. Mas a população não sabe, a não ser as que moram naqueles bairros. A gente tem que ver para que não apareça, de última hora, aquelas pessoas que ficaram mais de 3 anos dentro do gabinete só elaborando programas fictícios que jamais poderão ser executados. Vêm como ETs, tem receita para educação, saúde, tudo. Então, a gente precisa saber que este é um governo que fala pouco e faz muito para que as pessoas soubessem, exatamente, tudo o que vem sendo feito nesta cidade. Se a gente olhar cidades vizinhas, vemos prefeituras com 5 meses de salários atrasados, prefeito abandonando os postos para os quais foram eleitos. Vane é a prova de que a honestidade ainda vale a pena, pois pela honestidade se consegue fazer alguma coisa.

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TRANSPORTE PÚBLICO – Pela primeira vez, Itabuna fará licitação do transporte coletivo. Antes, as concessões eram bilaterais. Quem tiver melhores condições, melhor tarifa, ganha. É melhor para a cidade.

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Pimenta – E o tratamento aos servidores?

Abraão – Aqui, há algum tipo de atraso, mas os servidores efetivos e contratados estão sendo pagos, se com algum atraso, mas dentro do mês. Isso ocorreu muito em função de um problema no final do ano, com pagamento do salário de dezembro e o 13º salário. Então, temos um governo de efervescência cultural e ações de inclusão do jovem, com ações com a Ficc, Marimbeta e Esporte, de transparência. Pela primeira vez, Itabuna fará licitação do transporte coletivo. Antes, as concessões eram bilaterais. Quem tiver melhores condições, melhor tarifa, ganha. É melhor para a cidade.

Quando será concluída a licitação do transporte?

Abraão – A previsão é ainda para este primeiro semestre. O governo é reconhecido pela CGU, pela Agência Austin Rating, pela Frente Nacional de Prefeitos. Agora mesmo receberá prêmio por estar em as 100 cidades brasileiras que investiram no resgate dos jovens, reconhecido pela Fundação Getúlio Vargas. Itabuna, proporcionalmente, é a segunda que mais entregará moradias do Minha Casa, Minha Vida no Nordeste.

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violênciaItabuna registrou dois homicídios nesta sexta-feira (26), após uma período de dez dias de calmaria.

À noite, a polícia foi acionada por moradores do bairro Santa Inês, que informaram um assassinato na Rua Dois de Julho. A vítima do crime foi identificada como Luiz Fabiano, de 33 anos.

Segundo testemunhas, dois homens se aproximaram a pé e fizeram vários disparos. Pela quantidade de cápsulas de munição encontradas, a polícia constatou que foram mais de 20 tiros, todos de calibre 380. Dos 14 que atingiram a vítima, 7 foram na cabeça.

Na madrugada do mesmo dia, a polícia registrou a morte, também por execução, de José Ribeiro da Silva, de 60 anos, no Parque Boa Vista. O número de homicídios cometidos nestes dois primeiros meses do ano, até o momento, chega a 31.

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Estão abertas as inscrições para o workshop “Liderança de Alta Performance”, que desenvolve habilidades e competências para metas pessoais e profissionais. A abertura, em Itabuna, acontecerá nos dias 8 e 9 de março, de 8 às 18 horas, no Hotel Tarik Fontes. No mesmo local e horário, a programação terá uma segunda etapa nos dias 21 e 22 de março.

Além das palestras, os participantes também terão acesso a ações práticas e de apoio, nas chamadas sessões de coaching, que acontecerão no ponto de atendimento do Sebrae, em horário agendado, após cada workshop. “Como estilo de liderança, propõe abordagem mais humanizada, maior autorresponsabilidade e melhores resultados individuais e coletivos”, afirma o gerente adjunto do Sebrae em Ilhéus, Michel Lima.

Serão abordados temas como relações de poder, mudança nas organizações, liderança ética, expectativas dos liderados, clima organizacional e reflexões e debates sobre estratégias de liderança.A carga para cada workshop é de 16 horas de atividades.

A inscrição custa R$ 400,00 e pode ser feita na loja virtual do Sebrae ou no seu ponto de atendimento em Itabuna, na Rua Paulino Vieira, 175, Centro, ou pelo telefone (73) 3613 9734.

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telefoneComeçou a valer nesta sexta-feira (26) a redução das tarifas para ligações locais e interurbanas feitas de telefone fixo para móvel. Segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), as tarifas das chamadas fixo-móvel local ficaram entre 14,95% a 22,35% mais baratas, dependendo da operadora de origem da chamada.

Também foram unificadas as tarifas das chamadas fixo-móvel local. Assim, o usuário de telefone fixo pagará o mesmo valor para uma chamada local, independente da operadora móvel de destino. Por exemplo, o valor a ser pago por um usuário ao realizar uma chamada local fixo-móvel em São Paulo variava entre R$ 0,26 e R$ 0,46 e agora será de R$ 0,24. No Rio de Janeiro, variava entre R$ 0,27 e R$ 0,45, e agora será de R$ 0,23.

Nas chamadas de fixo para móvel, em que os DDDs dos telefones de origem e de destino da ligação têm o primeiro dígito igual (exemplo: DDDs 61 e 62), haverá reduções entre 9,15% e 14,04%, a depender da operadora de origem da chamada. Antes da revisão tarifária, um cliente do plano básico da Brasil Telecom (DF) pagava R$ 0,77 para fazer uma chamada de DDD 61 para DDD 62. Agora, este mesmo usuário pagará R$ 0,69 para este tipo de chamada.

Nas ligações em que os primeiros dígitos dos DDDs do telefone fixo e do telefone móvel são diferentes (como DDDs 31 e 41), a redução será entre 7,73% a 11,80%, a depender da operadora de origem da chamada. Antes desta revisão, um cliente do plano básico da Telemar Norte Leste, em Minas Gerais, pagava R$ 0,87 para originar uma chamada. Agora este mesmo usuário pagará R$ 0,77 para este tipo de chamada.

A redução é consequência do Plano Geral de Metas de Competição da Anatel, e abrange chamadas da telefonia fixa para celular, sejam ligações locais ou de longa distância, originadas nas redes das concessionárias da telefonia fixa – Oi (Telemar e Brasil Telecom), Telefônica, CTBC/Algar, Claro/Embratel e Sercomtel – e destinadas às operadoras móveis. Da Agência Brasil

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Valmir, que já foi do PT, pode deixar o Solidariedade.
Valmir, que já foi do PT, pode deixar o Solidariedade.

Do Blog do Gusmão

O vereador Valmir Freitas vai deixar o Solidariedade para ingressar no PPS. Ele acompanha o deputado federal Arthur Maia na troca de partidos.

Cogita-se a possibilidade de Valmir lançar-se como pré-candidato a prefeito de Ilhéus pelo PPS.

O vereador anda descontente com o governo Jabes Ribeiro, que não tem feito muitas interferências em Inema e Pimenteira, distritos onde Valmir tem uma base eleitoral sólida. O parlamentar percebe que a gestão está desgastada, o que pode atrapalhar uma eventual candidatura de JR à reeleição.

Valmir também está muito chateado com o governo da Bahia, que prometeu melhorar a estrada para os distritos de Inema e Pimenteira e  não cumpriu. Há cerca de quinze dias, o engenheiro Saulo Pontes (da superintendência estadual de infraestrutura) afirmou que enviaria máquinas para essas comunidades, mas o maquinário ainda não foi enviado.

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correiosreproducaoQuase 4 mil vagas e mais cadastro reserva serão ofertadas no Programa Jovem Aprendiz dos Correios que abriram hoje as inscrições. A participação  no processo seletivo é gratuita e só podem ser feitas pela internet no site dos Correios. O período de inscrição encerra-se em 13 de março. As vagas são para todos os estados do Brasil.

Para participar, o candidato deverá ter entre 15 e 22 anos completos, exceto se pessoa com deficiência; estar matriculado na escola e cursando, no mínimo, o 9º ano do ensino fundamental.

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A seleção será simplificada, realizada por meio da comprovação de requisitos referentes à renda familiar, aprovação escolar, série atual e participação em projetos sociais, a partir de uma pontuação detalhada no edital.

Os candidatos escolhidos terão jornada de aprendizagem de 20 horas semanais, distribuídas em quatro horas diárias; participarão de curso de aprendizagem de assistente administrativo realizado no SENAI; e receberão salário de R$ 413,33 além de vale transporte e vale refeição ou alimentação.  O resultado final será divulgado no DOU e no site www.correios.com.br em até 30 dias após o encerramento das inscrições. Com informação do Correio.

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dinheiro3O governo estadual negou, nesta tarde de sexta (26), que pretenda parcelar o salário do funcionalismo, como foi largamente propagado em redes sociais hoje. De acordo com nota, o “pagamento integral do salário dos servidores estaduais referente ao mês de fevereiro será feito em lote único na próxima segunda-feira (29), conforme já havia sido publicado no Diário Oficial do Estado de 22 de janeiro deste ano”.

O governo ainda lembra que, neste ano, passou a pagar o salário do servidor em lote único, sendo quitado “sempre no último dia útil do mês”. Ainda de acordo com a nota, a unificação da data de pagamento dos servidores “foi possível graças a um processo de ajuste das suas contas, que possibilita ao Estado manter o equilíbrio fiscal”. A data de pagamento dos servidores a cada mês está disponível no Portal do Servidor.