Fuxicaria, do zap da Confraria do Alto Beco do Fuxico || Foto Blog Walmir Rosário
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E nesse momento os que têm simpatia ou militam nos partidos de direita, se entreolham assustados, desconversam sobre a preferência dos visitantes e exaltam as qualidades da Stella Artois, cujo paladar apreciam.

 

 

Walmir Rosário

Como prevíamos, a frequência do Beco do Fuxico vem aumentando assustadoramente. A cada sábado, novos frequentadores chegam aos magotes, deixando perplexos os participantes dos grupos assíduos do ABC da Noite e Fuxicaria. Desses, pelos que deixam a transparecer, muitos neófitos e que jamais chegarão a noviços, uns poucos alunos repetentes do Caboclo Alencar em busca de renovar suas matrículas.

Pelas fotos que recebo no grupo de WhatsApp da Confraria do Alto Beco do Fuxico, muitas das caras que me são conhecidas são totalmente alheias às obrigações de sábado num beco que aloja, há dezenas de anos, o que existe na mais fina-flor da boemia itabunense. Deixo aqui o necessário reparo que até protestantes, que detestam as bebidas alcoólicas, aparecem nas fotos, todos eles se comportando como peixe fora d’água.

Nunca conversa rápida com o oftalmologista Wandick Rosa, nossas dúvidas foram decifradas com o olhar atento de médico especializado em enxergar bem. Olho de Lince, diria o saudoso amigo Iram Marques, o famoso Cacifão, este expert nas artes do Beco do Fuxico e da política. Pois, bem, ao revermos os arquivos de fotos, algumas figurinhas carimbadas foram detectadas.

Foi a partir daí que descobrimos as datas das fotos, todas com mais frequência em anos pares e algumas incursões nos meses que finalizam os anos ímpares. Aí ficou fácil, são os políticos – pré-candidatos – e seus cabos eleitorais, atualmente renomeados pomposamente de assessores. Ao chegarem ao Beco do Fuxico a recepção não poderia ser diferente, com os cumprimentos de praxe:

– Mas rapaz, há quanto tempo, por onde tem andado? Seja bem-vindo, não faça cerimônia, pega uma cadeira e se sente –.

Diante de um convite fagueiro como esse muitos não resistem, e sem qualquer cerimônia tomam assento numa mesa, enquanto outros revelam sua condição de abstêmio, explicando que não é nada com a saúde, que se encontra boa, tinindo como disse o médico no último checape. Mas o problema é de ordem religiosa, que abomina o álcool e outros bons prazeres da vida.

Até aí, tudo bem. O problema maior reside nos assessores do pré-candidatos, aqueles que somente aparecem de dois em dois anos, nos meses em que começam as campanhas eleitorais. Os pré-candidatos ditos de esquerda são os mais exaltados e sequer olham para as marcas de cerveja que os anfitriões das mesas estão bebendo e pedem logo a bebida de suas preferências: a Heineken, aquela que ostenta uma estrela vermelha na garrafa.

E nesse momento os que têm simpatia ou militam nos partidos de direita, se entreolham assustados, desconversam sobre a preferência dos visitantes e exaltam as qualidades da Stella Artois, cujo paladar apreciam. E as discordâncias vão pululando entre os participantes daquela mesa e as que os cercam. Um amigo meu que não é afeito às brigas políticas me confidenciou que, por vezes, coloca um rótulo de um refrigerante tapando a estrela vermelha da Heineken, para evitar novos problemas, mas não deu certo.

Meu amigo e colega Pedro Carlos Nunes de Almeida (Pepê), que há décadas possui banca advocatícia no Beco do Fuxico, portanto, conhecedor de cada palmo daquele chão, me revelou apreensivo:

– Rosário, o Beco do Fuxico está se transformando numa bomba atômica prestes a explodir! Imagine na mesma mesa esquerda e direita tentando passar o Brasil a limpo? Não estou vendo com bons olhos essa aproximação, devido ao temperamento explosivo de alguns militantes, ainda mais exaltados pelas deliciosas batidas do Caboclo Alencar e as cervejas do Fuxicaria – explicou sua temeridade o amigo Pepê.

Ainda bem que José d’Almeida Senna – hoje com cadeira cativa nos pubs soteropolitanos da Pituba – raramente frequenta o Beco do Fuxico, pois poderia, a qualquer momento, tocar fogo no estopim e incendiar o Beco e botar alguns esquerdistas para correr, após seu famoso grito de guerra. Bastariam uns três gritos de “vão tomar n… c… car…”, para colocar ordem no lugar, sem maiores delongas.

Mas meu amigo Wandick Rosa, como um homem de ciência, portanto, grande observador, apesar de se mostrar receoso com os diferentes – politicamente falando – juntos, me conta um fato digno de nos manter calmos, longe de ser o Beco do Fuxico uma Faixa de Gaza. Pelo que viu, com seus próprios olhos, lá para as tantas, a direita sorvia grandes goles de Heineken, sem se importar com a estrela vermelha, enquanto a esquerda deixava de lado os defeitos da cerveja Stella Artois, a preferida dos imperialistas.

Mas lá no Beco do Fuxico é assim mesmo, alguns aparecem em dias festivos somente para gozarem dos seus 15 minutos de fama, mesmo que não pertençam à fauna local. Já as batidas elaboradas pelo alquimista Caboclo Alencar não passou por nenhum questionamento quanto à preferência. Seriam as batidas do ABC da Noite, de centro, que todos as querem bem coladinhas neles? E ainda dizem que toda a unanimidade é burra…

Walmir Rosário é radialista, jornalista, advogado e autor d´Os grandes craques que vi jogar: Nos estádios e campos de Itabuna e Canavieiras, disponível na Amazon.

Caboco Alencar suspendeu as aulas e retorna no pós-eleições || Foto Walmir Rosário
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Um dos alunos repetentes do ABC da Noite, Daniel Thame, se deu por satisfeito e disse que, felizmente, do males o menor, pois dessa vez é por pouco tempo.

 

Walmir Rosário

Do presidente da Academia de Letras, Artes, Música, Birita, Inutilidades, Quimeras, Utopias, Etc., (Alambique), o jornalista Daniel Thame, recebo a fatídica informação. Foi difícil acreditar, mas constatei que era verdade. Após a reabertura do ABC da Noite, recebida com festa em grandioso estilo, a diretoria resolveu dar mais um tempo e cerrar suas duas portas até passar as eleições de 2 de outubro.

A notícia pegou todos de surpresa, já que o professor Caboclo Alencar e sua inseparável companheira, dona Neusa, deliberaram, em sessão extraordinária, a suspensão da prestação dos serviços etílicos na sua sede, no Beco do Fuxico. Mas como não existe nada ruim que não possa piorar, como garante em sua tese o tal de Murphy, num conceito que se transformou em lei sem que fosse aprovada por parlamento algum.

Esse já é o segundo choque sentido pelos boêmios itabunenses, que ficaram órfãos das deliciosas batidas do Caboclo Alencar durante esses anos em que a pandemia resolveu assolar o Brasil e o mundo. A primeira decepção sentida foi a drástica redução nos dias de funcionamento, que caiu do tradicional segunda a sábado, em dois expedientes, e que passaria apenas aos sábados.

Pois bem, se não bastassem os torturantes 30 meses em que esteve fechado, o primeiro decreto editado pelo Caboclo Alencar e dona Neusa, restringiu a abertura, em desconformidade à placa de bronze afixada na parede proclama os horários de abertura e fechamento do régio expediente: De segunda a sexta-feira: das 11 às 12h30min e das 17 às 19 horas; aos sábados, das 11 às 12h30min; sem expediente aos domingos.

Agora, conforme acertado, o horário de sábado foi ampliado em duas horas, mas nada que compense os dois expedientes diários no decorrer das segundas às sextas-feiras, quando centenas de repetentes e aderentes se reuniram no ponto mais tradicional do Beco do Fuxico, em Itabuna. Nos dias removidos da tabela de funcionamento, que os alunos busquem novas escolas próximas para continuar os estudos etílicos.

Um dos alunos repetentes do ABC da Noite, Daniel Thame, se deu por satisfeito e disse que, felizmente, do males o menor, pois dessa vez é por pouco tempo. Além do mais, fez questão de ressaltar que o ABC da Noite volta a funcionar após as eleições, sempre aos sábados. A finalidade seria preservar o espaço mais democrático de Itabuna, onde o que deve prevalecer são os sabores das magistrais batidas que só Alencar sabe fazer.

Na qualidade de aluno repetente de anos e anos, que nem dá para contar nos dedos, eu já disse por aqui que senti bastante não ter participado da cerimônia de reabertura do ABC da Noite, oportunidade para rever o Caboclo Alencar, dona Neusa e o sem-número de colegas e amigos. E esse reencontro seria regado às maravilhosas batidas recém-saídas da linha de produção, com preferência para o sabor gengibre.

Ausente estava, como acabei de citar, portanto não presenciei a festa de reabertura, o que sei por ouvir dizer dos colegas presentes, embora como repórter deveria ter ido mais a fundo nas informações, checando o contraditório, o que não fiz. Só me resta penitenciar e faço questão de pedir a devida vênia e o costumeiro perdão, por não ter ido a fundo das questões temporãs e que devem prevalecer os princípios da democracia.

Com a sapiência do casal e a experiência do Caboclo Alencar nos 60 anos de funcionamento do ABC da Noite e os 91 anos de salutar existência, mesmo contrariado pelo fechamento, comemoro a decisão, por demais acertada. Sei, por convivência, e não por ouvir dizer, que o bar é uma extensão do lar (não ligue para a chula trova), ambiente onde todos discutem e mesmo que não cheguem a qualquer conclusão se abraçam na despedida.

Chocado fiquei pelo decreto do novo fechamento – temporário, como quer o confrade Daniel Thame –, por ter me deslocado de Canavieiras a Itabuna, para conhecer o ABC da Noite pós pandemia. Dei com a cara na porta, fechada, como reclamou anos passados o também saudoso aluno repetente Tyrone Perrucho, a aparecer num dia em que o Caboclo resolveu não dar expediente por 30 dias.

Irei me redimir da falta da Confraria d’O Berimbau, sábado passado no MC Vita, e prometerei comparecer noutra efeméride de reabertura assim que passar as eleições. Como sempre, prometo me comportar como um frequentador de botequim bom de debate, discutindo com os parceiros da mesma mesa e me intrometendo nas outras, como manda o manual de boas maneiras de um aluno repetente do ABC da Noite.

E sob as bênçãos do Caboclo e dona Neusa.

Walmir Rosário é radialista, jornalista, advogado e aluno “repetente” do ABC da Noite.

Caboco Alencar na reestreia do ABC da Noite, no último sábado: dia 8 tem mais || Foto Daniel Thame
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Depois de um “tira-gosto” no último sábado (17), os amantes do bom papo e dos encontros e reencontros no ABC da Noite, no Beco do Fuxico, em Itabuna, poderá voltar a degustar das melhores batidas deste mundo em 8 de outubro. É um fechamento temporário do ponto de encontro de Caboco Alencar, depois de 30 meses de pandemia.

– Felizmente, dessa vez é por pouco tempo. O ABC da Noite volta a funcionar após as eleições, sempre aos sábados. A decisão foi tomada pelo Caboco Alencar e sua inseparável companheira, dona Neusa, com o objetivo de evitar dissabores nestes tempos sombrios – afirma o jornalista Daniel Thame, memorialista e beberialista do ABC.

Afinal, no espaço mais democrático de Itabuna, o que deve – e vai – prevalecer são os sabores das magistrais batidas que só Alencar sabe fazer.

ABC da Noite reabre as portas no próximo sábado, às 10h || Foto Daniel Thame
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Depois de dois anos e meio fechado por causa da pandemia, o ABC da Noite, um dos pontos mais tradicionais de Itabuna, reabre suas portas neste sábado (17), às 10h, com a presença do Caboco Alencar e suas batidas antológicas, entre elas a de pitanga, de sabor inigualável, preparada especialmente para os repetentes do ABC da Noite e demais visitantes extemporâneos.

Localizado no Beco do Fuxico, referência da boemia itabunense, o ABC da Noite é ponto de encontro de pessoas que se congraçam em torno de batidas cuja receita é mantida a sete chaves, embaladas pela sabedoria do Caboco Alencar, que, aos 90 anos de idade, se mantém em plena forma.

O mestre Caboco Alencar ladeado por dois dos seus mais reconhecidos repetentes, os jornalistas Daniel Thame e Walmir Rosário

Durante a pandemia, Alencar trabalhou em regime de ´batida office´, comercializando a produção em casa, o que em nada se compara com saborear a maravilha etílica no balcão ou na calçada do ABC da Noite, prédio tombado pelo Patrimônio Histórico de Itabuna, com todo o mobiliário e bebiliário incluídos.

A reabertura do ABC da Noite terá show com Nonato Teles, nobilíssimo repetente do Caboco e cantor dos melhores. Devido à expectativa criada em torno de tão aguardado momento, o Beco do Fuxico será fechado ao tráfego de veículos das 10h30min às 13h, no trecho entre a Rua Duque de Caxias e a Avenida do Cinquentenário.

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A visita representa alvíssaras de que em um breve período nenhum dos alunos do ABC da Noite estará fora da sala de aula. Quem garante é o professor Caboclo Alencar.

 

Walmir Rosário

Nunca, em tempo algum neste Brasil, uma visita foi tão comemorada pelos boêmios do Beco do Fuxico e adjacências. Entrando o mês de abril, justamente no dia 1º, em que se costuma a contar mentiras, uma verdade merece ser contada em alto e bom tom: o Caboclo Alencar, nos seus 90 anos, deu as caras no Beco do Fuxico, o endereço do mais conceituado boteco de Itabuna.

Sem alarde ou notícias enviadas aos colunistas sociais que emolduram e abrilhantam nossa imprensa, a visita do Caboclo Alencar teve a simples finalidade de realizar uma vistoria nas instalações do majestoso ABC da Noite, fechado desde que apareceu a pandemia. No chamado grupo de risco, o Caboclo preferiu encerrar as atividades – temporariamente – no seu estabelecimento.

Como faz parte do costume do Caboclo, nesses quase 59 anos de atividades do ABC da Noite, a simplicidade é a marca registrada deste boteco que se transformou numa instituição itabunense. E esse mérito pode ser creditado às divinas batidas que são manipuladas na linha de produção, onde são associadas frutas e raízes às cachaças e vodcas, transformando-as no néctar dos deuses, e aos seus clientes.

Pois é, mas como com a pandemia da Covid-19 ninguém brinca, o Caboclo Alencar resolveu fechar o boteco por algum tempo e se refugiar em casa, longe dos vírus indiscretos que atacam a qualquer hora do dia ou da noite. Mas como os clientes – alunos, melhor dizendo – não se conformavam sem as aulas diárias, enriquecidas com as batidas de limão, maracujá, gengibre, pitanga, o Caboclo resolveu trabalhar em casa.

Mas foi logo avisando que não queria nenhum “piseiro” em casa e que os pedidos seriam feitos pela internet, através do e-mail ou pelo telefone – fixo e celular –, com hora marcada para retirá-lo. Aos poucos, via whatsapp, as batidas do ABC da Noite eram exibidas nas redes sociais como se fossem troféus arduamente conquistados em campeonatos internacionais, como a copa do mundo.

Mas como diz o ditado que gato escaldado tem medo de água fria, o Caboclo Alencar resolveu sair da toca – o recesso do lar – para dar uma olhadinha no prédio sede do ABC da Noite, uma simples vistoria de rotina. Sem alardes, saiu pela manhã com o intuito de fazer umas compras e aproveitou para dar uma passadinha no Beco do Fuxico e vistoriar se estava tudo em ordem.

E tinha razão o Caboclo, pois assim que o prédio do ABC da Noite ganhou status de tombado pelo patrimônio histórico como patrimônio material imaterial de Itabuna, com direito a discursos e muita bebedeira, aconteceu o impossível. No fim de semana, um inimigo – ou melhor, um amigo do alheio – subiu pela parede de frente, arrombou o telhado do prédio e surrupiou os R$ 300,00 deixados na gaveta.

É bom que fique registrado que o tal larápio não tocou nos poucos litros de batidas acondicionados no freezer, talvez por desconhecer a riqueza do conteúdo engarrafado, que foi disputado pelos clientes. Do alto de sua sabedoria, o Caboclo Alencar analisou o malfazejo em entrevistas para os programas policiais como sendo arte de um reles vagabundo chegado ao uso de crack e cachaça vagabunda.

Como dizem que um raio não costuma cair duas vezes no mesmo lugar, o interior do ABC da Noite se encontrava intacto, sem sofrer qualquer invasão dos larápios, que preferiram arrombar lojas vizinhas, aquelas que comercializam aparelhos eletrônicos, celulares e joias. Após uma rápida conferida no estoque, os litros de cachaça de Itarantim e de vodca estavam intactos, sem qualquer violação.

Se desta vez não houve prejuízo material, o Caboclo Alencar não contava com a quantidade de espiões de prontidão para fotografar sua chegada triunfal ao Beco do Fuxico. Tudo coordenado por Alex Alves (Português) que, de celular em punho, registrou todos os passos do Caboclo, e ainda por cima ligou para outros alunos do ABC da Noite anunciando que as aulas teriam sido iniciadas.

Mais do que de repente, pelo menos uma dúzia de alunos repetentes se postaram em frente ao ABC da Noite à espera que as portas se abrissem e pudessem se deliciar com as festejadas batidas. Nem mesmo nas ausências furtivas do Caboclo, quando ainda apreciava e fazia uso de uma boa cachaça e cerveja, ou de suas viagens de férias pelo Brasil afora, seus alunos foram acometidos de tanta carência etílica.

Mas, para o desespero da distinta clientela, a esperada festa durou apenas poucos minutos. Após o Caboclo Alencar fechar a porta com os cadeados e deixar os clientes com água na boca, anunciou que seria por pouco tempo. A visita representa alvíssaras de que em um breve período nenhum dos alunos do ABC da Noite estará fora da sala de aula. Quem garante é o professor Caboclo Alencar.

Walmir Rosário é radialista, jornalista e advogado.

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Quem, como Alencar Pereira da Silveira, nasce no dia consagrado a Iemanjá tem o corpo fechado e uma legião de amigos para clamar: Vida longa ao Caboclo Alencar!

 

Walmir Rosário

Se não puder ajudar, pelo menos não atrapalhe! Esse bordão é bastante antigo e não sai de moda, acredito eu que para passar um pito, chamar a atenção, dar um esfrega nas fuças do dito cujo que faz o que não deveria. Isso vale – e muito – para o sacripanta que uns dias atrás espalhou pelas redes sociais uma notícia falsa – ou fake news, como está na moda – dando conta que o Caboclo Alencar teria morrido.

Neste dia, logo cedo, enquanto esperava o café ser posto à mesa, me deparei com essa heresia no Facebook, no Instagram e no Whatsapp, de que o Caboclo teria partido para o outro mundo sem se despedir de ninguém. Com essa profusão de notícias ruins sobre os amigos que se vão, de início fiquei alarmado, mas fui me recuperando aos poucos todas as vezes que analisava uma premissa sobre sua morte.

Ora, sem mais delongas iniciei uma série de ligações para amigos comuns que trataram de desmentir a calúnia na mesma hora e prometeram tomar providências junto à polícia, à justiça e até ao papa, com a firme intenção de aplicar um castigo eficaz no mentiroso. Justamente quando o Caboclo Alencar acaba de comemorar seus 90 anos bem vividos um sujeito qualquer decreta a morte dessa autoridade, sem mais nem menos.

Mesmo neste terrível tempo em que a pandemia assola o mundo – incluído aí o Brasil e Itabuna – o Caboclo Alencar continua prestando relevantes serviços à sua clientela, servindo as deliciosas e quase sexagenárias batidas. Se bem que o Caboclo Alencar poderia se valer do alto dos seus 90 anos para resolver se aposentar do trabalho e passear com sua Neusa mundo afora. Mas não, continuou na labuta.

A única mudança que se permitiu foi mudar a linha de produção da indústria implantada no Beco do Fuxico, onde também funciona o internacionalmente famoso ABC da Noite, para a sua residência. É bom que se diga que também se permitiu a outra mudança: deixou de servir as batidas no varejo e agora somente trabalha em atacado, comercializando-as a partir de embalagens de litro.

Sujeito modesto esse Caboclo Alencar, que continua firme na lida para não deixar os alunos – repetentes ou não – do ABC da Noite a ver navios. Que ninguém repare não ser servido na forma tradicional, de pé no balcão e em pequenos copos de plásticos em dois tamanhos, pois não convém manter esse serviço em sua própria residência, cujos frequentadores são apenas os convidados.

Mesmo assim, na porta de entrada o Caboclo não se furta de entregar os maravilhosos litros de batida, quase sempre acompanhados de uma dose da bebida, para deleite do ilustre cliente. Nestas semanas em que prevalece o lockdown, nada melhor do que passar o fim de semana em casa e devidamente abastecido. Afinal, um boêmio distinto é conhecido pelos serviços que presta ao recepcionar seus convidados.

Mas voltando ao malfazejo que transmitiu essa heresia ao mundo por meio da internet, fico aqui imaginando o que o Caboclo Alencar teria feito de mal ao dito cujo, para premeditar tamanha vingança. Teria ele passado pelo Beco do Fuxico e dado de cara, por dias a fio, com o ABC da Noite fechado e se sentiu prejudicado no seu sagrado direito de beber uma das batidas, conforme mandava a tradição?

Não acredito na atitude mesquinha desse sujeito e rogo que a justiça venha a dar o tratamento merecido ao dito cujo, no tamanho que merece o tresloucado ato praticado. Se falhar a justiça dos homens que, pelo menos, atue a divina, e que ele seja, no mínimo, proibido de beber as tradicionais batidas do ABC da Noite por um longo período, na mesma proporção do estrago que causou aos amigos do Caboclo.

Para os que ainda não tomaram ciência do que representa o Caboclo Alencar, vai aqui uma simples amostra da importância desse homem para os frequentadores do ABC da Noite, tanto os diários como os esporádicos. De portas abertas desde 1962, o Caboclo coleciona uma carteira de amigos e clientes que ultrapassam limites, divisas e fronteiras, que sempre voltam para uma mais uma dose.

Itabunense nascido em Sorocaba (SP), Alencar Pereira da Silveira teve a ideia de transformar o açougue em que comercializava carne de porco em uma casa de batidas, cervejas e tira-gostos. De lá pra cá não fez outra coisa na vida que não fosse proporcionar a felicidades dos costumeiros clientes, transformando seu negócio numa verdadeira casa de amigos. E tantos amigos que crescem a cada dia.

E para tomar a saideira, de cara vou avisando ao dito cujo carcará sanguinolento que praga de urubu magro não pega em cavalo gordo. Quem, como Alencar Pereira da Silveira, nasce no dia consagrado a Iemanjá tem o corpo fechado e uma legião de amigos para clamar: Vida longa ao Caboclo Alencar!

Walmir Rosário é radialista, jornalista e advogado.

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O Caboclo se encontrava no merecido período de férias, que gozava na aprazível capital alagoana – Maceió – com sua esposa, integrando uma caravana do não menos impoluto radialista itabunense Cacá Ferreira, o que justifica a ausência

 

Walmir Rosário || wallaw2008@outlook.com

Cliente assíduo por mais de 40 anos do ABC da Noite, o jornalista canavieirense aposentado Tyrone Perrucho, passeando por Itabuna, resolveu dar as caras para tomar umas batidas e rever o amigo Caboclo Alencar. Flanou pelo centro da cidade olhando as vitrines das lojas da avenida do Cinquentenário e adjacências até que chegasse o horário do Caboclo abrir as portas, exatamente às 11 horas, como manda a tradição.

E às 10h55min se apresentou e postou-se em frente ao estabelecimento, como um daqueles alunos rebeldes, ausentes do ABC da Noite por anos a fio, esperando ser o primeiro a se apresentar ao Caboclo como um aluno repetente. Mas eis que nesta fatídica quarta-feira o Caboclo Alencar não cumpriu o prometido, conforme a placa afixada na parede com o horário de funcionamento.

Mas o velho aluno não se fez de rogado e continuou postado no passeio aguardando a abertura para ter a primazia de ser o primeiro a se deliciar com uma batida de tamarino ou gengibre – de acordo com a linha de produção do dia. Exatamente às 11h27min, olhou em sua volta e se deparou com outros fregueses, que assim como ele, aguardavam ansiosamente o horário de abertura.

Mas nada do Caboclo! Pelo olhar que dirigiam ao ABC da Noite – fechado –, pareciam crianças perdidas no meio da multidão à espera da mãe, que nunca aparecia. Eis que então, tomado por uma atitude impensada, dá mais uma olhada no aparelho celular para conferir o horário, confabula com os outros clientes rejeitados e toma a decisão de ir embora, sem voltar a se deliciar com as maravilhosas batidas do Caboclo Alencar.

Maravilhosas, deliciosas, apetitosas, tanto faz, e o desocupado Tyrone Perrucho, sentido o seu orgulho de cliente ferido, resolve ir embora, voltar para sua Canavieiras sem “molhar o bico” e tirar dois dedos de prosa com o Caboclo. Apesar da grande amizade que os une, Tyrone se sentiu traído, por sempre espalhar pelos quatro cantos do mundo a precisão britânica, guiada pelo relógio suíço de Caboclo Alencar, obediente aos horários de abertura e fechamento.

Antes de dar a meia volta e retornar a Canavieiras para dar expediente na Confraria d’O Berimbau, estabelecimento que não prestigia os horários, desde que cheguem após as 10h51min, fez questão de mirar seu celular para a frente do ABC da Noite e clicar uma foto. Da próxima vez que voltar a Itabuna irá exibi-la ao Caboclo com o olhar de reprovação pelo desleixo num dos costumes mais tradicionais da cidade.

Mas o jornalista não foi o primeiro a dar as caras nas portas fechadas do ABC da Noite em horário de pleno expediente, colegas frequentadores tantos já tiveram o mesmo dissabor ao não poder se deliciar das saborosas batidas antes do almoço. Chegam, se postam em frente do ABC e ficam esperando que, como num passe de mágica, o Caboco Alencar apareça do nada para servir sua batida predileta.

Como um filhote de pássaro à espera da mãe para regurgitar o precioso alimento, olham para as portas esperando que se abram, olham para o relógio e não se conformam com o descumprimento do horário. Aos poucos outros vão chegando e se associando ao misterioso sumiço do Caboco, que sem mais nem menos deixa os clientes como filhotes famintos abandonados no ninho.

Ia me esquecendo, e deixo aqui os devidos esclarecimento para os desavisados: Uma placa de bronze fixada na parede proclama os horários de abertura e fechamento do régio expediente: De segunda a sexta-feira: das 11 às 12h30min e das 17 às 19 horas; aos sábados, das 11 às 12h30min; sem expediente aos domingos. De minha parte, acho um exagero a atitude do exigente Tyrone Perrucho, afinal, aos 89 anos bem vividos, que mal faz o caboclo relaxar o horário de vez em quando?

Relaxado não é adjetivo para ser aplicado na impoluta figura do Caboclo Alencar, considerado uma autarquia nos meios em que frequenta. O Caboclo se encontrava no merecido período de férias, que gozava na aprazível capital alagoana – Maceió – com sua esposa, integrando uma caravana do não menos impoluto radialista itabunense Cacá Ferreira, o que justifica a ausência.

Tyrone Perrucho que marque outra viagem a Itabuna!

Walmir Rosário é radialista, jornalista e advogado.

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Caboco Alencar aguarda clientela, após 2 meses de molho  (Foto Daniel Thame).
Caboco Alencar retorna após 2 meses (Foto Daniel Thame).

Do Blog do Thame

Pouco mais de dois meses após ser submetido a uma cirurgia e já plenamente recuperado, Alencar Pereira da Silva, o Caboco Alencar reabre as portas do ABC da Noite nesta segunda-feira (11).

O fechamento, ainda que temporário, do ABC deixou uma lacuna impreenchível no Beco do Fuxico em Itabuna, motivo de tristeza e abstinência forçada dos fãs das batidas de antologia que só Alencar sabe preparar.

O ABC da Noite reabre às vésperas do Caboco Alencar completar 85 anos, o que por si só já é motivo de comemoração. Com a reabertura do ABC e o aniversário do Caboco, justifica-se a bebemoração neste janeiro inteiro.

A Associação Itabunense dos Amigos de Cuba ja está definindo uma programação especial para comemorar os 85 anos do Caboco, tão longevo e igualmente tão admirado como o camarada Fidel.

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Caboco Alencar e Dona Neusa (Foto Daniel Thame).
Caboco Alencar e Dona Neusa (Foto Daniel Thame).

Do Blog do Thame

Recuperando-se bem de uma cirurgia para retirada do apêndice, Alencar Pereira, o Caboco Alencar, deve ter alta nesta sexta-feira (13).

Alencar, sempre assistido pela sua companheira, dona Neusa, está sendo acompanhado por uma equipe de médicos da Santa Casa de Misericórdia de Itabuna, legitimamente preocupados com sua saúde e também com seu breve retorno ao ABC da Noite, no Beco do Fuxico, por ora temporariamente fechado.

A torcida pelo pronto restabelecimento do Caboco Alencar é compartilhada por seus milhares de amigos/seguidores, já saudosos de sua presença contagiante e, sejamos honestos, de suas batidas de antologia, cuja falta deixa uma lacuna impreenchível.

Saúde e volte logo, Caboco Alencar!

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beco-fuxico-224x300Daniel Thame, do Blog do Thame

Sem direito a recado na porta, como diria o imortal Adoniran Barbosa no igualmente imortal `Samba do Arnesto`, o Caboco Alencar cerrou o ABC da Noite e se aboletou numa excursão rumo a Bom Jesus da Lapa, onde passa a semana entre peregrinações e abluções.

Deixou órfãos os abecezeiros que acorrem ao local mais famosos do Beco do Fuxico em busca das melhores batidas da galáxia – quiçá do universo – e dão, literalmente, com a porta na cara.

É caso para intervenção militar e Aecim já avisou que ser for colocado (é colocado e não eleito, que fique bem claro), ele apoia o impeachment do Caboco.

Melhor conter a crise de abstinência e esperar pela volta de Alencar.

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Caboco Alencar aguarda clientela na festa  (Foto Daniel Thame).
Caboco aguarda clientela na festa (Foto Daniel Thame).

Domingos Matos

No próximo dia 28, Dia da Cidade, o ABC da Noite, o bar mais emblemático de Itabuna, comemora 53 anos de existência. Embora o aniversário coincida com o do município, que completa 105 anos, a festa do ABC da Noite será antecipada para esse sábado, dia 25.

Como manda a tradição, Alencar Pereira da Silveira, ou simplesmente Caboco Alencar, comanda a festa com seus “alunos repetentes”, aqueles que fazem questão de não decorar o ABC para terem motivos de “visitar a escola” todos os dias.

A festa começa às 11 horas mas, contrariando a regra da casa, não tem hora marcada pra acabar. Haverá no meio da rua um microfone e um sistema de som, para quem quiser fazer qualquer declaração de amor ao bar, em forma de música, poesia ou simplesmente brindar e parabenizar pelos relevantes serviços prestados ao longo dessas mais de cinco décadas.

MAIS QUE UM BAR, UMA INSTITUIÇÃO

Reduto da boemia diurna itabunense, o ABC da Noite recebe de braços abertos poetas, políticos, médicos ou pedreiros. De braços abertos, mas sem muita demora. É mais que um bar, é uma instituição. Por isso mesmo, tem regras (muito) próprias.

“Aqui a hora é dita: das 11 às 12h30min e das 17 às 19 horas. E é pra ser cumprida”. Com esse amistoso anúncio na parede externa, tudo já fica mais do explicado: cada um faça por onde conseguir suas doses de batidas no menor espaço de tempo possível.

Os que preferem garantir um estoque regulador, encomendam a bebida em litros. Assim, mesmo se der 19 horas e o sino tocar, e todos forem gentilmente convidados a sair, há a esperança de continuar bebericando a saborosa bebida.

Porém, nada se comparará ao prazer de fazer esse exercício espremido no pé do balcão, de olho no relógio da parede – hora oficial do Caboco – para sentir o mesmo prazer renovado por mais uma tarde-noite de ABC.

REPETENTES – COM MUITO PRAZER

No fundo, apesar de ele nos lembrar que voltamos lá todos os dias movidos pelo vício, o certo é que nada se compara com beber uma batida de limão – ou de maracujá, de gengibre, de pitanga… – ouvindo a prosa de Caboco Alencar.

Se bem que o Caboco tem razão. Somos todos viciados em estudar – e repetir de ano – nessa escola chamada ABC da Noite.

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Caboco Alencar é a estrela de sábado, no Beco do Fuxico.
Caboco Alencar é a estrela de sábado, no Beco do Fuxico.

Daniel Thame

A festa dos 84 anos de Alencar Pereira da Silva, o Caboco Alencar, será realizada neste sábado (31) a partir das 11 horas, no ABC da Noite, no Beco do Fuxico.

O evento será uma espécie de pré-lavagem do Beco, que acontece no dia 7 de fevereiro.

O Caboco Alencar celebrará seus 84 anos com uma festa que terá minitrio e presenças da Banda Descarga Elétrica, executando as antigas e memoráveis marchinhas de  carnaval, e de artistas regionais.

O ABC da Noite, fundado pelo Caboco Alencar há 52 anos, é um dos principais pontos da boemia itabunense, oferecendo batidas cuja receita são segredo de estado e que em  sua história atraiu personalidades como o ex-presidente Lula.

Mas a grande personalidade do ABC da Noite é mesmo o Caboco Alencar, merecedor de justas homenagens.

O vinho é por conta da casa, os acepipes são na base do “cada um paga a sua e a amizade continua”, que os tempos não estão para bocas livres e regabofes. A festa tem o apoio da Academia de Letras, Artes, Música, Birita, Inutilidades, Quimeras, Utopias, Etc., a Alambique.

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Caboclo e o seu ABC da Noite (Foto Daniel Thame).
Caboclo e o seu ABC da Noite (Foto Daniel Thame).

Os 52 anos do ABC da Noite, o mais tradicional boteco do Sul da Bahia, serão comemorados amanhã (26) com uma festa em homenagem ao Caboclo Alencar, que há mais de meio século brinda seus discípulos com batidas incomparáveis e frases de efeito que renderam até livro.
A festa, além de comes e bebes, terá as participações dos músicos Jaffet Ornelas, Carlos Santana e Duo Bem Ti Vi, que se apresentam a partir das 11 horas da manhã no palco armado em frente ao boteco.
Tombado pela Prefeitura  em 2013, o prédio onde o ABC foi instalado, inicialmente um açougue providencialmente transformado em boteco, faz parte da história de Itabuna e além dos clientes fiéis, é parada obrigatória para quem visita a cidade.
A homenagem é organizada pela Associação Cultural Amigos do Teatro (Acate), Associação dos Amigos do Caboclo Alencar (Acacau) e Academia de Letras, Artes, Músiva, Birita, Inutilidades, Quimeras, Utopias, Etc. (Alambique).

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Daniel Thame | Blog do Thame
Os 83 anos do Caboco Alencar, que há mais de meio século comanda o ABC da Noite, boteco que é reduto da boêmia itabunense -ou do que restou dela- serão comemorados neste sábado, com uma festa no Beco do Fuxico, célebre viela da qual o ABC é referência.
A festança, que começa às 10 horas do sábado (2 de fevereiro), terá som mecânico com marchinhas dos carnavais de antigamente e show da banda Charanga Elétrica de Itajuípe, especialmente convidada para o ágape, além de homenagens ao Caboco Alencar.
Alencar Pereira, nome que o Caboco recebeu na pia batismal em Sorocaba, no interior paulista, itabunense de coração desde que aportou em terras grapiunas ainda menino, chega aos 83 anos em plena forma, tanto nas tiradas espirituosas quanto nas batidas de sabor inigualável, que fazem do ABC um boteco único, que nem se dá ao luxo de oferecer uns tira-gostos à sua legião de acólitos.
O ABC da Noite foi tombado pela Prefeitura de Itabuna em 2013, mas o Caboco segue firme, para alegria dos amigos que batem ponto no boteco para saborear as batidas (quem quiser tira-gosto que leve ou se acerte com outra legenda, Dedé do Amendoim), e para um bate papo, onde política, religião e futebol convivem pacificamente. Às vezes, mais ou menos pacificamente.
A festa dos 83 anos do Caboco Alencar é realizada pela Associação dos Amigos do Caboco (sim, o mestre das batidas tem até Associação!), com o apoio da FICC, ACATE, Associação dos Blocos de Carnaval de Itabuna (viúvas do quase-carnaval de Vane), Bloco Pó de Giz e da Academia de Letras, Artes, Música, Birita, Inutilidades, Quimeras, Utopias, Etc., a gloriosa e beberosa Alambique.

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Caboclo e o seu ABC da Noite (Foto Daniel Thame).
Caboclo e o seu ABC da Noite (Foto Daniel Thame).

O ABC da Noite completa 51 anos de plena atividade e a comemoração será neste sábado (27),  a partir das 11 horas, no Beco do Fuxico, em Itabuna.  O Caboclo Alencar, fundador do tradicional boteco grapiúna,  vai receber os amigos, que fazem do ABC da Noite um ponto de encontro da boemia itabunense.

Além das tradicionais batidas, haverá vinho, cachaça e  salgadinhos por conta da casa, já que aos 81 anos de idade, o Caboclo resolveu abrir a mão. Dedé do Amendoim, outra figura lendária, também vai dar o ar na graça no ABC da Noite com amendoim, ovo de corda e codorna, mas ai é por conta do freguês. Leia mais