Bolsonaro é julgado pelo Tribunal Superior Eleitoral || Foto Alan Santos/PR-Arquivo
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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) começa nesta quinta-feira (22) o julgamento do processo aberto contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. A ação trata da reunião do então presidente com embaixadores, realizada em julho do ano passado, no Palácio da Alvorada, para atacar o sistema eletrônico de votação. Se for condenado, Bolsonaro ficará inelegível por oito anos e não poderá disputar as próximas eleições.

Na ação, Bolsonaro é acusado de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação por ter transmitido a reunião por meio da TV Brasil. Após a realização da reunião, o PDT entrou com uma ação de investigação no TSE.

Em seguida, de forma liminar, o tribunal determinou a retirada das imagens do encontro das redes sociais e da transmissão oficial do evento por entender que houve divulgação de fatos inverídicos e descontextualizados sobre o sistema de votação.

Em parecer enviado ao TSE, a Procuradoria-Geral Eleitoral (PGE) defendeu que Bolsonaro seja condenado. Para o órgão, o ex-presidente divulgou aos embaixadores informações inverídicas sobre as eleições.

Durante a tramitação da ação, a defesa de Bolsonaro defendeu que o caso não poderia ser julgado pela Justiça Eleitoral. No entendimento dos advogados, o evento com os embaixadores foi realizado em 18 de julho, quando ele não era candidato oficial às eleições de 2022 e ainda não tinha sido aprovado em convenção partidária.

RITO DO JULGAMENTO

O julgamento está previsto para começar às 9h. No início da sessão, o relator do processo, ministro Benedito Gonçalves, fará a leitura do relatório da ação, documento que resume todas as etapas percorridas pelo processo. Em seguida, os advogados do PDT e de Bolsonaro terão 30 minutos para se manifestarem.

O próximo a falar será o vice-procurador Eleitoral, Paulo Gonet. A palavra voltará para Benedito Gonçalves, que iniciará a leitura do voto.

Após o posicionamento do relator, os demais ministros passam a votar na seguinte sequência: Raul Araújo, Floriano de Azevedo Marques, André Ramos Tavares, Cármen Lúcia, Nunes Marques e o presidente do Tribunal, Alexandre de Moraes.

A expectativa é que o julgamento não termine hoje. Além da sessão desta quinta-feira, o TSE reservou mais duas para julgar a causa. As sessões estão previstas para os dias 27 e 29 deste mês.

Caso algum ministro faça um pedido de vista para suspender o julgamento, o prazo para devolução do processo para julgamento é de 30 dias, renovável por mais 30. Com o recesso de julho nos tribunais superiores, o prazo subiria para 90 dias.

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O advogado Adylson Machado, que também é professor universitário e escritor, foi vítima de uma ação no mínimo pouco razoável por parte da Polícia Militar e de agentes da Secretaria de Trânsito de Itabuna.

Há poucos instantes, Machado saía com seu automóvel da Rua Paulo de Souza, no bairro de Fátima, quando se envolveu em um acidente de trânsito banal, atingindo de leve outro veículo. O advogado foi falar com o outro motorista, mas este não quis conversa. Simplesmente entrou no carro de Machado e arrancou a chave da ignição.

A atitude do sujeito indignou o advogado e a coisa descambou para o bate-boca. Ato contínuo, o motorista nervosinho acionou a Settran e a PM, onde – tudo leva a crer  – possui amigos prestativos. Para resumir a história, o advogado foi detido pela polícia e teve seu carro rebocado, uma consequência totalmente desproporcional diante da banalidade do fato.

Quem viu o exagero classificou a cena como abuso de poder.

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Dois agentes de trânsito que participaram de perseguição e espancamento de Antônio Souza dos Santos, 36, devem responder a sindicância da Secretaria de Trânsito de Itabuna (Settran). Um dos agentes foi identificado como Maxwel de Almeida Pinto e o segundo, apenas pelo prenome Lucas.
Antônio Souza foi perseguido por ser suspeito de arrombar casa comercial na região do Pontalzinho, área central de Itabuna. Os agentes alcançaram o suspeito mais de 500 metros depois. A perseguição foi gravada por um mototaxista.
Quando alcançado, Antônio leva uma sessão de socos e murros. Um morador pede ao agente de trânsito que atire na perna do suposto arrombador e logo depois dá chutes e pula sobre as pernas dele, mesmo depois do suspeito ter sido algemado e dominado (leia artigo sobre o caso). Os agentes dizem que usaram de força apenas para dominar o arrombador. Confira no vídeo abaixo.