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Walter Fonseca: projeto estimula vínculo afetivo.

Levantamento feito a pedido da Defensoria Pública Estadual identificou que 1.878 crianças e adolescentes matriculados na rede municipal de ensino em Itabuna não possuem o nome do pai na certidão de nascimento. A defensoria quer mudar essa realidade e lançou a ação cidadã “Sou pai responsável”. Em apenas uma escola, foram descobertos 134 casos de estudantes sem o nome do pai no registro.

Segundo o subcoordenador regional da Defensoria Pública Estadual em Itabuna, Walter Fonseca, a iniciativa não busca apenas o vínculo genético com a investigação de paternidade, mas fortalecer vínculos afetivos.

– Hoje o jovem precisa dos pais, mas amanhã pode ser que os pais precisem do apoio e carinho deste filho. É preciso o empenho de cada um, formando núcleo familiar sólido e responsável – diz o defensor ao lembrar que os vínculos entre pais e filhos vão além do fator financeiro.

Por meio do projeto da Defensoria Estadual, Gutemberg Souza, 35 anos, auxiliar de serviços gerais, teve a comprovação de que era pai de pré-adolescente de 12 anos. A paternidade foi confirmada com exame de DNA. “Vou continuar fazendo o que eu puder pelo meu filho”, disse Gutemberg, que resolveu tirar a prova dos nove após comentários de familiares e amigos quanto à verdadeira paternidade do garoto.

O projeto que estimula a paternidade responsável vai até outubro. Mães podem buscar o apoio da Defensoria Publica regional em Itabuna na Avenida das Nações Unidas, 732, centro, para garantir que o nome do pai do filho conste no registro, seja por meio de diálogo ou de investigação de paternidade. A mãe vai até a Defensoria Pública e informa o nome e endereço do suposto pai.

Informações também podem ser obtidas pelos telefones 129 ou (73) 3214-5910.