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O governador Rui Costa manteve a solenidade de assinatura da ordem de serviço da duplicação da Rodovia Ilhéus-Itabuna (BR-415) para as 9h da próxima segunda (9), na Avenida Juracy Magalhães, no antigo Posto Cachoeira, em Itabuna. Ele divulgou um vídeo chamando os sul-baianos para o ato, apesar das manobras do Governo Temer com o prefeito de Salvador, ACM Neto, para adiar a ordem de execução do serviço.

– A Bahia é muito maior que a mesquinhez de alguns. A região vai demonstrar a sua força, a sua autoestima e vai dizer bem alto: a Bahia, a Região do Cacau não fica de joelhos. Esta duplicação será feita por nós, pelos baianos – disse Rui em vídeo em uma alusão à ação de aliados de Temer e ACM Neto.

De acordo com o noticiário, aliados de ACM Neto e do Governo Temer fizeram manobras, ontem (5), para que a assinatura da ordem de serviço ocorresse em Brasília e não em Itabuna, para onde estava originalmente programada. Seria uma forma de retirar o “ganho” político para o governador.

Hoje, por meio de vídeo, Rui Costa disse que a obra sairá do papel, mesmo se não houver dinheiro federal. “A duplicação vai ser feita, seja com recurso federal, seja com recursos da Bahia. Sabe por quê? A região precisa gerar emprego, gerar renda, melhorar a vida do povo”. Confira o vídeo abaixo.

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Mangabeira fecha apoio a ACM Neto em 2018
Mangabeira fecha apoio a ACM Neto em 2018

O médico Antônio Mangabeira (PDT) confirmou que apoiará o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), na disputa ao Palácio de Ondina em 2018. O argumento para não marchar com Rui Costa é visceral: quando concorreu à Prefeitura de Itabuna, ano passado, Mangabeira acabou preterido.

O governo estadual foi para a disputa dividido entre Fernando Gomes (DEM) e Capitão Azevedo (PTB). A 30 dias do pleito, fechou de vez com Fernando. E selou no momento em que o pedetista mais crescia. Magoado, Mangabeira assim justificou a sua decisão ao jornalista Luan Santos, da Coluna Satélite, do Correio24h.

– Rui preferiu o ficha suja e sua imensa rejeição – disse, sem citar o nome de Fernando, que vem recebendo todos os paparicos e atenção do governador Rui Costa – o petista estará em Itabuna logo mais, a convite do prefeito, para participar da Expoita 2017.

Quando esteve em Itabuna e Buerarema, há dez dias, ACM Neto reservou espaço na agenda para conversar, pessoalmente, com o preterido. Acompanhado do empresário Samuca Franco e do vice-prefeito de Salvador, Bruno Reis, ACM Neto foi à casa do médico.

Do encontro, o pré-candidato do DEM saiu com a quase garantia de apoio de Mangabeira. E a garantia veio depois de reuniões ao longo dos últimos dias, sendo selada na sexta (22). “Neto, inclusive, me ofereceu o comando do DEM de Itabuna”.

Mangabeira deverá ser candidato a deputado federal em 2018. Pode levar, consigo, outros apoios, como o do ex-vereador e candidato à Prefeitura de Ilhéus Cosme Araújo, também pedetista. O ex-candidato a prefeito quer se consolidar como principal nome de oposição a Fernando no município.

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Neto alfineta Fernando e nega que esteja em campanha pelo interior
Neto alfineta Fernando e nega que esteja em campanha pelo interior

ACM Neto almoçou com aliados em Itabuna e participou da festa de aniversário de Buerarema neste domingo (17). Aproveitou o intervalo entre um compromisso e outro para dar estocadas em um ex-aliado e, agora, inimigo político.

“O tempo só não é bom para quem não sabe esperar”, filosofou o neto do falecido ACM em entrevista exclusiva ao repórter Wadson Santos. Era, claro, uma referência ao ex-aliado Fernando Gomes, prefeito de Itabuna e ex-DEM. “Na minha vida, aprendi a reconhecer o tempo das coisas”, completou.

Neto e Fernando romperam relações políticas – e pessoais – em 2016, quando o líder do DEM quis impor a Fernando a candidatura do deputado estadual Augusto Castro (PSDB) na disputa pelo gabinete mais vistoso do Centro Administrativo Firmino Alves. O episódio azedou a relação do agora prefeito com o deputado.

Ainda na entrevista, Neto enfatizou sua relação “histórica” com Itabuna e disse que preferia não comentar sobre o rompimento. “Eu prefiro, neste momento, não fazer comentários sobre questões locais. Tudo na hora certa, no momento adequado”.

PRÉ-CAMPANHA

O prefeito de Salvador veio ao sul da Bahia acompanhado de deputados, dentre eles os tucanos Jutahy Jr. e Augusto Castro, e o prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo (DEM). Em Buerarema, reuniu-se com políticos e lideranças regionais em um evento no Rotary Club.

Neto tentou tirar a conotação eleitoral de sua visita. “Campanha só ano que vem”, observou, afirmando ter agido com cautela. “Sequer temos feito pré-campanha. Não adianta querer antecipar o processo eleitoral. Temos que avaliar as coisas, a vontade dos baianos”. Redação Pimenta.

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ACM Neto exonerou Gustavo Ferraz (1º à direita) do comando da Codesal || Foto Política Livre
ACM Neto exonerou Gustavo Ferraz (de barba) do comando da Codesal || Foto Política Livre

O prefeito ACM Neto exonerou Gustavo Ferraz do comando da Coordenadoria de Defesa Civil de Salvador (Codesal), após o peemedebista ser preso, nesta manhã de sexta (8), pela Polícia Federal. Digitais de Gustavo foram encontradas em sacos plásticos usados para embalar os mais de R$ 51 milhões do ex-ministro e ex-deputado federal Geddel Vieira Lima.

Há pouco, a Prefeitura de Salvador emitiu nota em que confirma a exoneração de Gustavo. O coordenador foi preso a pedido do Ministério Público Federal (MPF). “A Prefeitura de Salvador não compactua com nenhum ato ilícito e qualquer servidor municipal envolvido em questões dessa natureza terá que responder na Justiça”, cita a nota.

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marco wense1Marco Wense

 

O ponto em comum de Sérgio e Moreira, pelo menos aqui em Itabuna, é que vão fazer suas campanhas sem pedir votos para a reeleição do governador Rui Costa (PT).

 

A disputa entre Sérgio Gomes e Rafael Moreira, ambos pré-candidatos a deputado estadual, tende a ficar mais intensa com a proximidade da eleição.

Moreira, toda vez que é questionado sobre sua legítima pretensão, sempre deixa nas entrelinhas que o prefeito Fernando Gomes vai apoiá-lo em detrimento de Sérgio Gomes.

Essa insinuação – ou impressão, se o leitor preferir – faz Sérgio ficar irritado a cada entrevista de Rafael, que precisa entender que seu concorrente é filho do alcaide.

É natural que Rafael procure mais espaços no governo e a simpatia do pessoal do primeiro e segundo escalões. Mas soa como provocação o desafio em relação ao apoio de Fernando Gomes.

Fica parecendo que Moreira sabe de alguma coisa, que Sérgio não vai ser candidato em virtude de um acerto que tem com o chefe do Executivo.

Moreira pretende se filar a um partido da base aliada do petismo, mas descartou qualquer possibilidade de ir para o PT e o PCdoB. Seu candidato a deputado federal é Josias Gomes, secretário estadual de Relações Institucionais.

O ponto em comum de Sérgio e Moreira, pelo menos aqui em Itabuna, é que vão fazer suas campanhas sem pedir votos para a reeleição do governador Rui Costa (PT).

Muitos eleitores de Rafael e Sérgio vão votar em ACM Neto (DEM) na sucessão ao Palácio de Ondina. Tem gente graúda na prefeitura condicionando o apoio a uma neutralidade diante do segundo mandato do governador.

Tem também os antipetistas radicais, que andam dizendo que não vão votar em Rafael Moreira em decorrência dessa sua dobradinha com Josias Gomes.

O que se espera é que Rafael Moreira e Sérgio Gomes percorram o caminho da paz e da civilidade. O sol nasceu para todos.

Marco Wense é editor d´O Busílis.

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marco wense1Marco Wense

 

Uma coisa é certa: a disputa Rui Costa versus ACM Neto vai ser acirrada. O segundo mandato do governador não é favas contadas como dizem os petistas mais eufóricos.

 

O comentário de hoje é sobre a composição das chapas da situação e da oposição, respectivamente encabeçadas pelo governador Rui Costa e o prefeito ACM Neto.

Quem teria mais problemas para arrumar a majoritária sem causar graves dissidências, o alcaide soteropolitano (DEM) ou o chefe do Executivo estadual (PT)?

Pelo governismo, o maior entrave diz respeito ao PSB da senadora Lídice da Mata, que não teria espaço para sua reeleição. Vai ter que se contentar com uma eventual candidatura à Câmara dos Deputados.

Outro fato que pode complicar Lídice é a articulação nacional do PSB com o PSDB, mais especificamente com o governador de São Paulo e presidenciável Geraldo Alckmin.

Tem também o PR de José Carlos Araújo, que sempre deixa nas entrelinhas que pode romper com o governo se a legenda for preterida.

A chapa governista caminha para manter João Leão (PP) como vice e as duas vagas para o Senado sendo ocupadas por Jaques Wagner e um indicado pelo PSD do senador Otto Alencar.

PSB e o PR ficam de fora. Em relação ao Partido da República existe a remota possibilidade de Wagner se candidatar a deputado federal para solucionar o impasse.

Na oposição, obviamente com ACM Neto disputando o Palácio de Ondina, os postulantes são José Ronaldo (DEM), Jutahy Júnior e Antônio Imbassahy, ambos do PSDB, e Lúcio Vieira Lima (PMDB).

O que se comenta nos bastidores é que a vontade de ACM Neto é ter uma mulher na sua vice, já que a chapa adversária só terá marmanjos.

O pessoal do marketing acredita que a presença feminina na composição da majoritária pode ter um apelo significativo no processo sucessório.

José Ronaldo dificilmente seria defenestrado. O oposicionismo não pode deixar de fora o prefeito de Feira de Santana, o segundo maior colégio eleitoral.

Aí sobra apenas uma vaga para o Senado para ser disputada entre Imbassahy, Jutahy e Lúcio Vieira Lima. Dos três, o que tem menos chance é o primeiro.

Aliás, Imbassahy, que é o secretário de Governo de Temer, é uma espécie de “patinho feio”. Quer sair do PSDB, mas não encontra partido que lhe queira. As portas estão fechadas.

“Imbassahy está bem onde está”, diz Aleluia, presidente estadual do DEM. “O partido não é barriga de aluguel”, alfineta Lúcio, cacique do PMDB.

O trunfo do irmão de Geddel é o invejável tempo do PMDB no horário eleitoral destinado aos partidos políticos. O de Jutahy é tirar da chapa uma conotação 100% temista, já que votou pela continuidade da denúncia da PGR contra o presidente Temer.

Uma coisa é certa: a disputa Rui Costa versus ACM Neto vai ser acirrada. O segundo mandato do governador não é favas contadas como dizem os petistas mais eufóricos.

Marco Wense é editor d´O Busílis.

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marco wense1Marco Wense

 

O PT sabe com quem mexe. E logo quem, o Coronel, que pode a qualquer provocação chutar o pau da barraca.

 

Jaqueses Wagner, de maneira incisiva, descartou qualquer possibilidade de sair candidato ao Palácio de Ondina na eleição de 2018.

“Chance zero”, disse o ex-governador e atual secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, se mostrando surpreso com o assunto e até irritado.

“Não existe nenhum movimento neste sentido na base aliada. Isso deve ter partido do lado de lá”, desabafou o não menos chateado Everaldo Anunciação, presidente do PT da Bahia.

Até as freiras do Convento das Carmelitas sabem que só tem uma hipótese que poderia levar Wagner para a disputa: uma acentuada impopularidade do governo Rui Costa.

O risco de uma não reeleição levaria o petismo a convencer Wagner a sair candidato. A última pesquisa aponta um empate técnico entre Rui e ACM Neto, com o prefeito de Salvador na frente.

Acontece que o “Volta Wagner” não foi parido na oposição, como insinua Anunciação. Surgiu pela voz do inquieto Ângelo Coronel, filiado ao PSD do senador Otto Alencar.

Como o Coronel é o presidente da Assembleia Legislativa, e desses que não tem papas na língua, o PT preferiu atribuir a origem do “Volta Wagner” ao oposicionismo.

O PT sabe com quem mexe. E logo quem, o Coronel, que pode a qualquer provocação chutar o pau da barraca.

Marco Wense é editor d’O Busílis.

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marco wense1Marco Wense || O Busílis

 

A desculpa para um eventual apoio ao prefeito soteropolitano serve para o PR, o PP e o PSD. Suas lideranças vão dizer que seguem uma decisão do comando nacional.

 

A ordem no PR é não fechar a porta para ACM Neto, já que a chance de integrar a chapa majoritária governista é cada vez mais remota.

A vice deve continuar com João Leão, do PP. Uma vaga para o senado é de Jaques Wagner (PT). A outra é do PSD do senador Otto Alencar.

O ponto comum entre o PP, PR e o PSD é que fazem parte do chamado “centrão”, grupo que apoia o governo Temer na base do toma-lá-dá-cá.

Outro detalhe é que as cúpulas desses partidos, alojadas lá em Brasília, são contrárias a essa aliança com o governador Rui Costa, preferem apoiar ACM Neto na disputa pelo Palácio de Ondina.

Quando o assunto é o centrão do Jaburu, os petistas da Bahia falam cobras e lagartos. Mas quando é o daqui, ficam silenciosos. O da Bahia é legítimo, o de lá é do Paraguai.

PR, PP o PSD se assemelham nas ameaças de rompimento com o governador. O trio costuma mandar recados nas entrelinhas.

Com efeito, quando questionado se o apoio à reeleição de Rui Costa é favas contadas, o senador Otto sempre deixa uma expectativa no ar: “… a não ser que haja acidente de percurso”.

Esse “acidente de percurso” é o mesmo do deputado José Carlos Araújo, presidente estadual do PR, e do PP do vice Leão. Ou seja, apoiar ACM Neto se ficar fora da majoritária.

A desculpa para um eventual apoio ao prefeito soteropolitano serve para o PR, o PP e o PSD. Suas lideranças vão dizer que seguem uma decisão do comando nacional.

E o que pode amenizar essa disputa para compor a majoritária governista? Sem dúvida, os resultados de pesquisas de intenções de voto colocando ACM Neto na frente.

Neste caso, a briga passa a ser com o PMDB dos irmãos Vieira Lima, o PSDB de João Gualberto e o DEM de Aleluia.

Marco Wense é articulista d’O Busílis.

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Robinson diz que ACM Neto deu votos a Temer contra a Bahia.
Robinson diz que ACM Neto deu votos a Temer contra a Bahia.
O deputado federal Robinson Almeida (PT-BA) acusou o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), de articular apoio ao arquivamento da denúncia contra Michel Temer na Câmara dos Deputados em troca do bloqueio de verbas para o Estado da Bahia. “O prefeito de Salvador, de maneira deplorável, negociou o apoio a Temer em troca do bloqueio de verbas para a Bahia. Com isso, o presidente Temer foi salvo da investigação de corrupção passiva devido aos votos do DEM e de deputados liderados por ACM Neto”, afirmou.

O parlamentar explicou que há muito tempo repousa na mesa de Temer o pedido de empréstimo do governo da Bahia de R$ 600 milhões para a recuperação de estradas, saúde e educação. “Neto, seguindo a tradição do seu grupo político, usa a perseguição aos adversários como forma de fazer política. Ao vetar o empréstimo, na verdade persegue a todo povo baiano”, disparou Almeida.

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ACM Neto é vaiado e chamado de golpista em Cruz das Almas || Reprodução
ACM Neto é vaiado e chamado de golpista em Cruz das Almas || Reprodução
O prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), iniciou ontem (28) atividades de pré-campanha a governador da Bahia. Conseguiu reunir cerca de 20 prefeitos em Jacobina. Hoje, em Cruz das Almas, a andança de Neto “deu ruim”. O prefeito e pré-candidato do DEM foi duramente vaiado no plenário da Câmara de Vereadores do município. O legislativo é presidido por um vereador filiado ao DEM.

O prefeito de Salvador foi vaiado e ouviu gritos como “Fora, Temer” e “golpista”, numa alusão ao apoio de de ACM Neto ao Governo Temer. A um site da capital baiana, o democrata disse que os autores da vaia são funcionários da prefeitura de Cruz das Almas, governada pelo PT. O vídeo foi veiculado pelo site Jornal da Chapada. Confira abaixo.

https://youtu.be/WTAomoiPFuE?t=1

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marco wense1Marco Wense

 

A escolha deve ser feita com muito cuidado, sob pena de uma desagradável surpresa. Tem pretendente, por exemplo, que pode ter uma recaída pelo fernandismo.

 

Conforme anunciou o blog PIMENTA, a secretaria de Governo Maria Alice, fiel escudeira do prefeito Fernando Gomes, vai para o PSD do senador Otto Alencar.

A ida de Alice para o PSD se deu até mesmo por falta de opção, já que outros partidos da base aliada do governador Rui Costa (PT) foram descartados.

Não sei como será o relacionamento da secretaria com o prefeito ACM Neto. O alcaide soteropolitano sempre teve uma grande admiração pela “dama de ferro”.

Outro detalhe é que Alice vai para uma legenda que tem um bom relacionamento com Neto, adversário de Rui na disputa pelo Palácio de Ondina na eleição de 2018.

Como em política as nuvens de hoje podem ter outros formatos a qualquer momento, fica a hipótese, ainda que remotíssima, de se encontrarem em um mesmo palanque na sucessão estadual.

Agora, é encontrar alguém que possa substituir Maria Alice com a mesma disposição e vontade política inerentes a fernandista de carteirinha.

A escolha deve ser feita com muito cuidado, sob pena de uma desagradável surpresa. Tem pretendente, por exemplo, que pode ter uma recaída pelo fernandismo.

Todo cuidado é pouco. A política não costuma socorrer os que dormem e, muito menos, os ingênuos e incautos.

Marco Wense é editor d´O Busílis e articulista do Diário Bahia.

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marco wense1Marco Wense

 

O governador Rui Costa, assim como fez sua opção por Fernando Gomes, em detrimento do médico Antônio Mangabeira, vai ter que decidir entre Nilo e o Coronel.

 

O governador Rui Costa (PT), mais cedo ou mais tarde, vai ter que decidir se prefere o apoio de Marcelo Nilo (PSL) ou de Ângelo Coronel (PSD).

O ideal seria se o chefe do Executivo ficasse com os dois deputados do seu lado, unidos em torno do legítimo direito de disputar o segundo mandato.

O problema é que Nilo e o Coronel se tornam cada vez mais distantes e imprevisíveis quando o assunto é a eleição de 2018.

Nilo não quer o Coronel no mesmo palanque e vice-versa. Ambos estão dando declarações que soam como uma espécie de ultimato ao governador: ou eu ou ele.

Quando questionado sobre seu apoio, se fica com Rui Costa ou ACM Neto, Nilo diz que a resposta “só depois do carnaval”.

O Coronel, atual presidente da Assembleia Legislativa, não perde a oportunidade de dizer que “o PSD tem que ter candidatura própria ao Palácio de Ondina”.

A candidatura a qual se refere o comandante do Parlamento é a do senador Otto Alencar, que é do mesmo partido do Coronel, o PSD.

O coronel, que tem um estilo muito parecido com o de Nilo, vai mais longe: “Não tendo candidato, quero ir para o Senado”.

O imbróglio é que uma das vagas para o Senado da República – a outra é de Jaques Wagner – está sendo disputada por quatro pretendentes.

O governador Rui Costa, assim como fez sua opção por Fernando Gomes, em detrimento do médico Antônio Mangabeira, vai ter que decidir entre Nilo e o Coronel.

O prefeito soteropolitano, ACM Neto, sem dúvida o único oposicionista com condições de derrotar Rui, fica esperando o desenrolar do Nilo versus Coronel.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia e editor d´O Busílis.

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robinsonalmeida1Robinson Almeida

 

O valor global da requalificação da Barra atingiu R$ 62 milhões para cerca de 6 Km de extensão de orla. São inacreditáveis mais de R$ 10 milhões por Km.

 

A operação Lava-Jato trouxe revelações impactantes sobre a gestão ACM Neto. Depois da delação da Odebrecht, o escândalo da obra de requalificação da orla da Barra está sendo investigado pela Justiça Federal. O Ministério Público da Bahia, acatando representação de minha autoria e do deputado Afonso Florence também investiga o caso de uma eventual contrapartida do prefeito à empreiteira como retribuição pela generosa doação para sua campanha.

Em depoimento, gravado em vídeo e homologado pelo STF, o diretor da empreiteira, André Vital, afirma ter doado R$ 2,2 milhões ao prefeito na campanha de 2012. Foram R$ 400 mil em doação oficial e R$ 1,8 milhões em Caixa 2, recebido por Lucas Cardoso, ex-cunhado de ACM Neto. Vital afirma também que houve irregularidades na obra que sofreu aditamentos de mais de R$ 4 milhões.

Não são infundadas as suspeitas de favorecimento da Odebrecht nesse episódio. Iniciada em 2013, logo após a posse do prefeito, a obra foi licitada no sistema de Regime Diferenciado de Contratação (RDC), modelo simplificado e adotado excepcionalmente para as intervenções públicas para a copa de 2014. A prefeitura assumiu diretamente o contrato e a execução da obra.

O valor global da requalificação da Barra atingiu R$ 62 milhões para cerca de 6 Km de extensão de orla. São inacreditáveis mais de R$ 10 milhões por Km. Não ocorreram grandes intervenções de macrodrenagem ou edificação de viadutos nesta obra. Basicamente, é a troca de piso e alguns equipamentos de praça e jardinagem. Para se ter uma ideia comparativa, a implantação e pavimentação de uma rodovia asfaltada de 6 Km, em asfalto, com acostamento, é orçada hoje em menos de R$ 20 milhões.

A fim de esclarecer essa grave denúncia da empreiteira, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin determinou a remessa dos autos das investigações para Justiça Federal na Bahia e para o Tribunal Regional Federal da primeira região. Nas peças expedidas por Fachin é revelada a existência de dois depoimentos do diretor da Odebrecht. O primeiro, onde fala da doação de R$ 2,2 milhões pra Neto, é público e foi alvo de várias reportagens. No segundo, não publicizado, há informações sobre irregularidades na licitação da obra, que é a base da suspeita do compadrio entre Neto e a Odebrecht.

O escândalo da obra de requalificação da orla da Barra está sob investigação judicial. Comprovada lesão ao contribuinte de Salvador, devem ser adotadas as providências para reaver o dinheiro público e punir os culpados. O prefeito deve esclarecimentos à justiça e ao povo baiano: se recebeu Caixa 2 da Odebrecht e se o fez mediante contrapartida à empreiteira.

Robinson Almeida é deputado federal pelo PT da Bahia

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marco wense1Marco Wense

 

O resultado da enquete deixou a cúpula do Partido dos Trabalhadores, não só a baiana como a nacional, em estado de alerta.

 

A sondagem do Instituto Paraná Pesquisas para a disputa do Palácio de Ondina em 2018 serve para frear o desaconselhável “já ganhou” do PT.

A consulta ouviu 1510 eleitores em 70 municípios: ACM Neto (DEM) 54,5%, Rui Costa (PT) 24,1%, Otto Alencar (PSD) 4,7% e Fábio Nogueira (Psol) com 2,9%.

O levantamento, com margem de 2,5 pontos percentuais para mais ou para menos, realizado entre 31 de maio e 4 de junho, aponta um número baixo de indecisos, apenas 4,3%.

ACM Neto e o governador Rui Costa.
ACM Neto e o governador Rui Costa.

O resultado da enquete deixou a cúpula do Partido dos Trabalhadores, não só a baiana como a nacional, em estado de alerta.

O governador Rui Costa, candidato à reeleição, vem tendo alguns desentendimentos com as legendas da base aliada, principalmente com o PSD do senador Otto Alencar.

Otto, que anda trocando farpas com Jaques Wagner, vem dando declarações que mostram seu descontentamento com o chefe do Executivo.

A última do senador foi dizer que Ângelo Coronel, presidente do Parlamento estadual, “é um bom nome para 2018”.

No frigir dos ovos, a pesquisa terminou sendo boa para os dois lados. Vai provocar uma indispensável reflexão, principalmente no petismo.

A oposição passa a acreditar que a reeleição do governador não é favas contadas. O governismo deve colocar os pés no chão.

A soberba é a maior adversária de quem busca um segundo mandato. A consequência é uma desagradável surpresa.

Marco Wense é o editor d´O Busílis.

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ACM Neto durante encontro do DEM neste final de semana (Foto Divulgação).
ACM Neto durante encontro do DEM neste final de semana (Foto Divulgação).

Principal nome do campo de oposição ao governador Rui Costa (PT), o prefeito ACM Neto (DEM), de Salvador, ainda titubeia quando o assunto é candidatura em 2018.

– Se o povo da Bahia quiser, vamos estar na luta no ano que vem – disse ele durante encontro da juventude Democratas, no Hotel Golden Tulip, em Salvador.

Segundo o DEM, o encontro reuniu 400 jovens de 68 cidades baianas. Por enquanto, ACM Neto fala em “clamor de mudança e renovação”.

Do lado dos adversários, o presidente do PT baiano, Everaldo Anunciação, acredita que Neto não deixará a prefeitura para enfrentar o petista Rui Costa na peleja de 2018. Cutuca o democrata munido de pesquisas – que apontariam Rui em ótima situação – e pílulas da Operação Lava Jato.

O prefeito de Salvador, conforme bastidores, trabalha pela implosão da base aliada do governador. Após consolidar o racha na base petista, Neto apoiaria o nome do senador Otto Alencar (PSD) para a disputa à sucessão baiana. Esta, na análise de hoje, seria a estratégia de maior potencial para a derrota do PT.

Pelo lado democrata, o discurso baterá na tecla do aumento da criminalidade e na perda de competitividade do setor industrial baiano. “Perdemos competitividade e capacidade de gerar emprego e renda no estado. Podíamos estar numa situação bem melhor”, assinala o prefeito.