Para os geraldistas, o antigeraldismo está ansioso para participar do governo Vane. Conta com o aval de Miralva Moitinho, presidenta do diretório, e com o endosso do deputado federal Josias Gomes.
O prefeito eleito Claudevane Leite (PRB) nem tomou posse e já vem esse Marco Wense com seus devaneios sobre a sucessão municipal de 2016.
O caro leitor, independente de sua condição intelectual, de gostar ou não de política, tem todo o direito de achar que o comentário de hoje é ridículo, inoportuno e intempestivo.
Mas não é. Política é um processo de vários e interligados atos. E o primeiro ato importante do PT, visando o pleito de 2016, é a eleição para a presidência do partido.
Não é à toa que o deputado Geraldo Simões quer o comando da legenda para uma pessoa de sua inteira confiança, como a militante, companheira e esposa Juçara Feitosa.
Correligionários bem próximos do parlamentar são da opinião de que o PT só terá candidatura própria se o partido continuar sob o controle de Geraldo Simões.
Para os geraldistas, o antigeraldismo está ansioso para participar do governo Vane. Conta com o aval de Miralva Moitinho, presidenta do diretório, e com o endosso do deputado federal Josias Gomes.
Participar do governo do prefeito eleito é assumir o compromisso de apoiá-lo na sua natural pretensão de buscar o segundo mandato via instituto da reeleição.
O governador Jaques Wagner, cansado e ressabiado com três derrotas consecutivas, não criaria nenhum obstáculo para uma possível aproximação entre o PT e o governo Vane.
Portanto, caro leitor, não há devaneios e, muito menos, elucubrações no comentário de hoje. O processo sucessório de 2016 já começou, pelo menos no petismo de Itabuna.
COBRANÇA JUSTA
A executiva estadual do PDT, sob a batuta do gaúcho Alexandre Brust, cobra de Jaques Wagner mais espaços no governo. Espaço é sinônimo de cargos.
O PDT apoiou a reeleição do petista em 2010. A contrapartida foi proporcional ao fraco desempenho da legenda na eleição de 2008: oito prefeitos, alguns vice-prefeitos e poucos vereadores.
Agora, na sucessão de 2012, a legenda brizolista elegeu 43 chefes de Executivo, 31 vice-prefeitos e 373 vereadores. A cobrança faz sentido. É mais do que justa.
Marco Wense é articulista do Diário Bahia.