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Já em outubro, os professores foram para a rua pedir a saída de Anorina (no detalhe)

A professora e ex-vereadora Anorina Smith Lima travou uma tensa relação com os antigos colegas do Sindicato do Magistério Municipal de Itabuna (Simpi) no período em que esteve à frente da Secretaria de Educação de Itabuna. No segundo semestre, o governo retirou o adicional de quase um terço dos educadores. Centenas destes profissionais fizeram barulho nas ruas e dentro do Centro Administrativo Firmino Alves.
O que era ruim piorou, ainda mais, em março deste ano, quando os professores decidiram entrar em greve para cobrar o pagamento do terço de férias de 2017. Anorina disse que o movimento era um “exagero” e lançou suspeitas contra o Simpi, que ajudou a criar.
Anorina, para governistas, demonstrou pouca habilidade ao lidar, externamente, com questões delicadas da Pasta, a exemplo de estrutura física das escolas em maio, quando Itabuna voltou ao noticiário nacional devido à precariedade das escolas. Ontem (7), o prefeito Fernando Gomes decidiu exonerar Anorina. O ato ainda não foi publicado no Diário Oficial.

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Anorina disse estranhar postura do Simpi

A greve dos professores da rede municipal de Itabuna chega ao sexto dia com mais uma guerra verbal entre o sindicato da categoria e a secretária de Educação, Anorina Smith Lima. A titular da Pasta classifica a greve dos professores como “intempestiva” (inoportuna), dias após afirmar que a paralisação era exagerada.
A secretária também contesta a versão da presidente do Simpi, Carminha Oliveira, e aponta que a greve tem adesão bem menor que os 90% citados pela dirigente sindical.
De acordo com Anorina, 29 escolas na área urbana estão funcionando normalmente e 16 parcialmente. Apenas 25 escolas aderiram integralmente à paralisação, conforme números divulgados pela secretária. No campo, conforme o município, 12 estão em pleno funcionamento e 8 aderiram de forma integral à paralisação.
A secretária foi ainda mais incisiva e lançou suspeitas quanto ao comportamento do sindicato. Por meio de sua assessoria, Anorina disse “estranhar a postura assumida pelo Sindicato, porque, nos anos de 2014 e 2015, o um terço de férias foram pagos no mês de abril de cada ano”.
Ela ainda apontou que já em 2016 “a categoria aceitou a negociação do sindicato com o governo, sendo o parcelamento de um terço de férias de duas vezes, realizados no mês de junho”.
OUTRO LADO
O site procurou a direção do Simpi. Professora Carminha não poderia falar, porque participa de reunião do Conselho Municipal de Educação. Deverá se pronunciar assim que deixar o compromisso. O Sindicato fez nova atualização e informou que a adesão da categoria à greve mantém-se em 90%. Em algumas das escolas, monitores e diretores estavam em sala dando aula, o que é proibido, de acordo com o Simpi.

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Lúcia Oliveira foi fechado ao completar 80 anos (Foto Divulgação).
Lúcia Oliveira foi fechado em um período em que completava 8 anos (Arquivo).

O prefeito Fernando Gomes determinou a desocupação do prédio onde funcionou por décadas o Grupo Escolar Lúcia Oliveira. O imóvel estava sendo as sedes dos sindicatos dos Servidores e Funcionários Públicos Municipais (Sindserv) e dos Agentes Comunitários e de Combate às Endemias (SindiAcs/ACE), além dos Comerciários. O prazo para desocupação teria sido encerrado na última sexta (27).

A justificativa do prefeito é de que se trata de um imóvel tombado pelo município, cabendo a ele “a responsabilidade por sua manutenção e conservação”. O Grupo Escolar Lúcia Oliveira pertencia à rede estadual até o início da década passada, quando foi municipalizado (2004). Já em 2015, o município desativou a unidade de ensino por falta de alunos e necessidade de reestruturação da rede escolar.

Quando repassado aos sindicatos, as entidades assumiram compromisso de reparos na estrutura física, que ameaçava desabar. “A iniciativa do prefeito de solicitar a desocupação do espaço tem o apoio de cidadãos de Itabuna, muitos, inclusive, ex-alunos que frequentaram a Escola, que foi a primeira Escola Pública construída no município”, afirmou a secretária de Educação de Itabuna, Anorina Lima. A desativação ocorreu quando o grupo escolar completava 80 anos.

SINDICALISMO E POLÍTICA PARTIDÁRIA

A decisão é vista como tendo carga política. Sindicalista do PSDB, Anorina milita em campo político oposto aos sindicatos atingidos pela decisão, os três comandados por dirigentes filiados ou ligados ao PCdoB do ex-vice-prefeito Wenceslau Júnior. No campo educacional, Anorina foi a responsável pela criação do Sindicato do Magistério Público Municipal (Simpi), nos anos 2000, atingindo, desta vez, a API/APLB-Sindicato, este comandado pelo PCdoB e pelo PT à época.