O sul da Bahia perde Arléo Barbosa
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O sul da Bahia perdeu, neste sábado (19), o professor e historiador Carlos Roberto Arléo Barbosa, de 82 anos. O velório de Arléo Barbosa ocorre na Loja Maçônica Vigilância e Resistência, na Avenida Itabuna. O sepultamento está previsto para este domingo, no Cemitério da Vitória, às 10h30min.

No mês passado, Arléo foi internado no Hospital São José, em Ilhéus, depois de ter sido infectado pela Covid-19. O professor foi intubado, chegou a apresentar melhoras, mas o quadro de saúde dele foi agravado nas últimas horas. Faleceu hoje, deixando uma legião de fãs órfã.

Arléo Barbosa foi presidente da Academia de Letras de Ilhéus (ALI) no período de 2009 a 2013 e professor da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), de 1974 a 2008, além de escritor admirado e respeitado. Entre as obras de Arléo estão Monarquismo e Educação (1972); Nhoesembé (1973); Ilhéus (2010) e Notícia Histórica de Ilhéus.

Arléo Barbosa nasceu em Jequié, no sudoeste da Bahia, mas ainda  adolescente foi morar em Ilhéus. Em 1988, o professor fundou o Colégio Fênix. Em 2004 foi homenageado com a entrega da Comenda do Mérito São Jorge dos Ilhéus, título dado a homens e mulheres que colaboram para o progresso do município.

ACADEMIA DE LETRAS

Membro da Academia de Letras de Ilhéus, o professor Arléo Barbosa deixa a esposa, Cláudia, cinco filhos – Roberto, Ronaldo, Renato, Rosana e Thiciano – nove netos e quatro bisnetos.

O prefeito de Ilhéus, Mário Alexandre, lamentou a morte do educador e lembrou a sua dedicação e o seu comprometimento com o resgate cultural e histórico do município. “Ilhéus perde um exemplo de mestre, ser humano e de cidadão. O professor Arléo Barbosa fez uma revolução no estudo de História e se tornou a memória da nossa cidade. Deus o acolha no Reino Celestial e, na sua infinita misericórdia, conforte a todos”.

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MejigãO acadêmico Ruy do Carmo Póvoas, da Academia de Letras de Itabuna (Alita), lança nesta quarta-feira, 17, no auditório do 5º andar da torre administrativa da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), às 9h30min, o livro Mejigã e o contexto da escravidão, por ele organizado.
Publicado pela Editus/Editora da Uesc, o livro reúne uma coletânea de textos sobre a presença dos afrodescendentes no Sul da Bahia. A saga de uma escrava ijexá, Mejigã, trazida da África para o Engenho de Santana e que se transformou em grande liderança na luta pela liberdade do seu povo dá nome à obra.
Ruy Póvoas, que é também professor de língua portuguesa da Uesc, contista, poeta, babalorixá e doutor em letras vernáculas, é bisneto de Mejigã (que, como escrava, foi forçada a trocar o nome para Inês Maria).
O livro traz textos de André Rosa Ribeiro, Arléo Barbosa, Flávio Gonçalves dos Santos, Ivaneide Almeida da Silva, Kátia Vinhático Fontes, Consuelo Oliveira, Marialda Jovita Silveira, Mary Ann Mahony e Terezinha Marcis.