Começa a temporada de visitação das baleias na Bahia
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A estimativa é que cerca de 25 mil baleias passarão pelo litoral da Bahia nos próximos meses. Muitas delas já passam pelas águas mornas do estado, onde encontram as condições necessárias para parir e amamentar seus filhotes. Já vistos no Arquipélago de Abrolhos, Porto Seguro e Litoral Norte, estes animais “passeiam” por Salvador também, onde é possível vê-los de perto.

Para assistir às “acrobacias” e ouvir os sons emitidos pelas jubartes, a Rede Mar Brasil, por meio do Projeto Baleias Soteropolitanas (PBS), promove a primeira temporada de Turismo de Observação de Baleia Embarcado – Tobe, a partir do início de agosto.

A equipe do projeto realizou, nos dias 28 e 29 de julho, saídas de barco a fim de mapear pontos de “avistagem” de baleias e coletar informações relevantes para fortalecer a luta pela sua preservação, através do turismo educativo e ciência.

“O diferencial do Baleias Soteropolitanas é a observação das baleias com cunho para além do turismo, envolvendo ciência, meio ambiente, preocupação social e resgate histórico e cultural desde as práticas de caça e extração do óleo para iluminação pública, entre outras utilizações que dizimaram, por muitos anos, a espécie aqui na região”, afirma William Freitas, presidente da Rede Mar e idealizador do projeto.

O projeto defende ainda que a função de preservação da espécie tem que estar alinhada com a educação e demandas da comunidade, sendo necessário incluir a cidade na discussão do tema e promover a cidadania oceânica a partir desta atividade que movimenta, segundo a Rede Mar, um mercado de US$ 2 bilhões ao ano.

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Fragmentos de óleo são detectados na região de Abrolhos || Foto Marinha do Brasil

A Marinha informou hoje (2) que pequenos fragmentos de óleo foram encontrados e recolhidos na região de Abrolhos, na Bahia. Segundo a Marinha, os fragmentos foram retirados do mar pelo Grupo de Acompanhamento e Avaliação (GAA), formado pela Marinha do Brasil (MB), Agência Nacional de Petróleo (ANP) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Os resíduos foram detectados e recolhidos neste sábado próximos à Ilha de Santa Bárbara, uma das cinco que compõe o arquipélago de Abrolhos. Outros fragmentos de óleo foram retirados da Ponta da Baleia, no município baiano de Caravelas.

Na região de Abrolhos fica o primeiro parque nacional marinho do país, criado em 1983, onde fica uma das maiores biodiversidades do país, abrigando corais e outras espécies ameaçadas. A região é também berçário de espécies como a baleia Jubarte.

A Marinha informou que oito embarcações monitoram a região: Fragatas Independência e Constituição, Navio de Desembarque de Carros de Combate Almirante Saboia, Navio Varredor Atalaia, Navio Oceanográfico Antares, Corveta Caboclo e Navios OSRV Viking Surf e Mar Limpo IV da Petrobras.

Desde que manchas de óleo cru começaram a atingir o litoral, em agosto, foram retiradas aproximadamente 3,8 mil toneladas de resíduos de óleo das praias nordestinas. O dado foi divulgado ontem (1º) pela Marinha após levantamento feito pelo Ibama.

Todos os estados do Nordeste já tiveram praias atingidas. Novas manchas começaram a atingir o litoral da Bahia nos últimos dias.

Segundo investigações da Polícia Federal (PF), há suspeitas de que o óleo tenha sido derramado pelo navio Bouboulina, de bandeira grega, a cerca de 700 km da costa brasileira. Estudos da Petrobras atestam que o óleo cru é proveniente de campos na Venezuela.

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Tragédia em Mariana deixou rastro de destruição (Foto Antônio Cruz/Ag. Brasil).
Tragédia em Mariana deixou rastro de destruição (Foto Antônio Cruz/Ag. Brasil).

A presidente do Ibama, Marilene Ramos, afirmou nesta quinta-feira (7) que a lama dos rejeitos de minérios que vazou das barragem da Samarco, em Mariana (MG), pode ter chegado ao Parque Nacional de Abrolhos, no sul da Bahia.

O incidente, ocorrido em novembro de 2015, liberou grande quantidade de rejeitos minerais na bacia do rio Doce, que percorreram o rio e foram lançados no mar, no Espírito Santo. Segundo ela, com o vento a mancha chegou ao Arquipélago de Abrolhos, a 250 km da foz do rio Doce, o que teria sido verificado visualmente por técnicos do Ibama durante sobrevoo feito hoje na região.

“Nessa área foi constatada a presença de lama. A observação em campo dá indícios de que muito provavelmente (a mancha) está ligada à lama que saiu do rio Doce”, disse o presidente do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), Cláudio Maretti. O órgão é responsável pelo Parque Nacional Marítimo de Abrolhos.

Segundo ele, foram coletadas amostras para verificar se a lama é realmente resultante da barragem de rejeitos de minério. O Arquipélado de Abrolhos é a área de maior biodiversidade marinha do Atlântico Sul. A região reúne recifes de corais, algas, tartarugas e baleias jubarte.

Em novembro, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, havia dito que a lama com rejeitos não deveria chegar ao parque por conta das correntes marítimas.

Hoje, mais três praias do litoral norte do Espírito Santo foram interditadas pela Prefeitura de Linhares por causa da lama de rejeitos da mineradora: as praias de Pontal do Ipiranga, Degredo e Barra Seca. Elas se juntam a Regência, Povoação e Comboios, que tem suas áreas interditadas desde a chegada da lama.

O Ibama aguarda a análise da água coletada no local para ter certeza de que a mancha, já bastante diluída, é proveniente da lama da barragem da Samarco, que pertence a Vale e a anglo-australiana BHP Billiton. Isso porque, a 60 km do arquipélago há a foz do rio Caravelas, que eventualmente lança no mar sedimentos resultantes de erosões.

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