Obras de artistas do sul da Bahia em exposição na Uesc
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A Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) foi o local escolhido para a exposição “Revelando Vozes: Um Olhar para a Arte e Saúde Feminina”. O evento cultural será realizado entre os dias 9 e 13 deste mês, no Centro de Arte e Cultura Paulo Souto, e destaca temas relacionados à saúde e ao bem-estar das mulheres. Os organizadores afirmam que a exposição tem como objetivo divulgar o trabalho de mulheres artistas da região sul-baiana.

A exposição “Revelando Vozes: Um Olhar para a Arte e Saúde Feminina contará com uma série de expressões artísticas, incluindo pinturas, esculturas, colagens, poesias e lettering. As obras expostas buscam retratar, de maneira autêntica, as experiências e perspectivas de cada artista, abordando temas como direitos reprodutivos, saúde mental, violência e desigualdade de gênero na saúde, maternidade e muito mais.

Além de ser um ambiente para expressão artística, também servirá como espaço para o desenvolvimento de ações sociais. Durante o evento, haverá um ponto para a arrecadação de absorventes descartáveis e produtos de higiene, que serão destinados ao coletivo absorvendo, projeto que desenvolve ações voltadas para a dignidade menstrual de mulheres carentes, bem como a distribuição de panfletos informativos e documentos sobre saúde e segurança da mulher.

CONGRESSO BRASILEIRO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM

Com idealização e curadoria de Rafaele Vieira, Lavínia Souza e Mariana Carvalho, a exposição acontece com o apoio do 16º Congresso Brasileiro dos Estudantes de Enfermagem da Uesc, profissionais mulheres e entidade filantrópica da região, como Rotaract Club Itabuna Universitários.

A exposição será realizada durante o 16° Congresso Brasileiro dos Estudantes de Enfermagem, com o tema “Contra-atacar as ideias da força e reconstruir o Brasil: Estudantes de enfermagem na luta por direitos”, em Ilhéus.

O congresso surge em meio a um cenário de revitalização das forças políticas, buscando confrontar concepções voltadas ao lucro e ao capital, enquanto promove a busca por dignidade da classe trabalhadora e um abrangente bem-estar social.

O evento tem como finalidade reunir estudantes de enfermagem de todo o Brasil para discutir sua atuação na sociedade, no SUS e os apontamentos necessários para a luta coletiva.

Pirulito e Paçoca comandam transmissão a partir das 19h30min desta quinta (3)
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Logo mais, os itabunenses Pirulito e Paçoca vão comandar a primeira de uma série de quatro lives para crianças de todas as idades. Com brincadeiras interativas e brindes, a transmissão será feita no perfil da dupla no Instagram (@pirulitopacocaoficial), a partir das 19h30min desta quinta-feira (3).

“Os brindes vão ser bolsas da Mini Grife e um conjunto de vasinhos de água coloridos da Estação 25. Vai ter muita coisa boa também”, detalhou ao PIMENTA Leomara Oliveira, intérprete de Paçoca, por telefone. Segundo ela, as apresentações ao vivo seguirão ao longo de todo o mês de agosto, às quintas.

Nas próximas lives, além dos números artísticos dos anfitriões, o público vai conferir o trabalho de outros palhaços e animadores sul-baianos, antecipa Leomara. “Vem muita coisa boa aí, mas ainda estamos organizando a agenda do pessoal”.

Dupla é dona de prêmio nacional de animadores || Divulgação

Sucesso no YouTube e nas festas infantis de Itabuna e região, o casal Victor de Jesus e Leomara Oliveira, que dá vida à dupla de palhaços, trouxe para a Bahia o Prêmio de Melhor Animador Infantil 2023, do Encontro Nacional de Animadores Infantis. Também levaram a premiação do voto popular (relembre aqui e aqui). Atualizado às 20h34min.

O Kikito, símbolo do Festival de Cinema de Gramado || Foto PIMENTA
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Da Agência Brasil

Em sua 51ª edição, o Festival de Cinema de Gramado irá reiterar sua aposta em uma programação que transita por diversos formatos. Além de ampliar a aposta no cinema documental, o evento abrirá espaço pela primeira vez para o lançamento de uma série, em parceria com a plataforma Amazon Prime. Nesta terça-feira (4), foram divulgadas as principais novidades deste ano, as homenagens e a seleção dos filmes que serão exibidos na cidade gaúcha entre 12 e 18 de agosto.

A sessão de abertura levará para as telas o documentário Retratos Fantasmas, de Kleber Mendonça Filho. O diretor tem uma trajetória bastante vinculada ao Festival de Gramado, onde lançou ficções como O Som ao Redor (2012) e Bacurau (2019). Seu novo trabalho foi apresentado em maio no Festival de Cannes, na França, e foi bem recebido: ao fim, a plateia o aplaudiu de pé.

“Vocês estão percebendo como o documentário tem crescido em qualidade e em quantidade no universo brasileiro. E o Kleber nos brindou com um documentário que, pela primeira vez, vai abrir o Festival de Gramado. Vocês devem se lembrar que a gente costuma abrir com ficções”, observou o crítico Marcos Santuario. Ele integra a curadoria do evento há mais de dez edições e, neste ano, tem ao seu lado o ator Caio Blat e a atriz argentina Soledad Villamil.

O crescimento do cinema documental brasileiro já havia levado o Festival de Gramado a criar, no ano passado, uma categoria específica para o gênero. Na ocasião, cinco filmes selecionados foram exibidos no Canal Brasil, emissora de televisão por assinatura e uma das parceiras do evento. Nesta edição, a categoria está mantida com uma novidade: os documentários poderão ser vistos presencialmente pela plateia em Gramado. A seleção envolve uma diversidade de temas abordam desde as trajetórias do escritor Luis Fernando Veríssimo e do cineasta Roberto Farias até conflitos sociais, efeitos da pandemia de covid-19 e impactos ambientais.

Outra novidade desta edição é a abertura para as séries. “A gente não poderia deixar de dar esse passo importante. A gente acompanha também outros festivais tradicionais do mundo. Quem acompanhou o Festival de Cannes neste ano viu que estrearam lá dois episódios de uma série da HBO com atuação da filha do Johnny Depp. E a gente está fazendo isso em Gramado com uma série brasileira. A Amazon Prime é nossa primeira parceira e outras virão. Essa série, que se chama Novo Cangaço, tem um protagonismo do Alan Souza e promete um envolvimento com um Brasil para ser conhecido pelo Brasil”, diz Marcos Santuário.

Ele lembrou ainda que o Festival de Gramado já dialoga com o mundo do streaming desde 2017, quando decidiu incluir em sua programação o longa-metragem O Matador. Dirigido por Marcelo Galvão, ele foi produzido pela plataforma Netflix.

Além do filme de abertura, dos cinco documentários e da série, a programação será composta por seis longas-metragens brasileiros, cinco longas-metragens gaúchos, 12 curtas-metragens brasileiros e 23 curtas-metragens gaúchos. Um pré-requisito para os curadores é o ineditismo no Brasil, o que impede a seleção de trabalhos que já estiveram presentes em outros festivais nacionais. Finalizando a programação do evento, serão anunciados no dia 19 de agosto os vencedores em diversas categorias: filme, roteiro, edição, fotografia, diretor, ator e atriz, entre outros. Os agraciados recebem o troféu Kikito, símbolo do festival.

Referência da agenda anual do audiovisual brasileiro, o Festival de Gramado é organizado pela Gramadotur, autarquia criada em 2012 pela prefeitura para gerir o calendário oficial de eventos do município e realizar outras ações. Desde 2021, ela é presidida por Rosa Helena Volk, que também anunciou novidades para esta edição.

“Eu sou a primeira mulher presidindo a Gramadotur. Eu acho que nós mulheres temos ocupado cada vez mais os espaços que temos direito por mérito, por merecimento, por dedicação. E a gente tem visto como as mulheres do cinema são importantes e têm feito trabalhos diferenciados em todas as áreas, na frente e atrás das câmeras. Para confirmar essa posição relevante no cinema e no audiovisual brasileiro e mundial, nós teremos apenas homenageadas mulheres este ano”, revelou.

HOMENAGENS

Entre as homenageadas está a atriz Alice Braga, que receberá o Kikito de Cristal pela sua carreira sólida no cinema, tendo participado de mais de 30 produções no Brasil e no exterior. Aos 40 anos, ela cresceu em uma família de artistas – incluindo a mãe Ana Braga e a tia Sônia Braga – e responde por atuações em filmes como Cidade de Deus (2002), Cidade Baixa (2003) e Eduardo e Mônica (2022). Fora do país já trabalhou em produções ao lado de atores renomados como Anthony Hopkins, Margot Robbie e Matt Damon.

O troféu Oscarito será entregue a duas atrizes nonagenárias que ainda estão em atividade. Laura Cardoso, com 95 anos, e Léa Garcia, com 90 anos, serão homenageadas pela grande contribuição ao cinema nacional. Ainda serão posteriormente divulgadas as agraciadas com o troféu Eduardo Abelin, entregue a diretores e entidades com trabalhos relevantes, e com o troféu Cidade de Gramado, concedido a pessoas que têm ligação com a história do município e do evento.

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Nego Freeza: mutimba é a celebração antes da luta || Fotos Silla Cadengue
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O MC Nego Freeza, d’OQuadro, acaba de lançar Mutimba, música em parceria com o DJ e produtor Fabiano K’boko, recifense radicado na Alemanha. Nesta conversa com o PIMENTA, Freeza fala do novo som e da relação que estabeleceu com a cultura do Recife, onde o artista de Ipiaú, no sul da Bahia, vive há sete anos.

A palavra mutimba, segundo Freeza, remete a uma manifestação moçambicana do período da revolução anticolonial (1964-1974), que encerrou quatro séculos de colonização portuguesa em Moçambique. “K’boko já tinha o beat e uma pesquisa sobre isso. Mutimba era a dança que os guerrilheiros faziam antes das batalhas, na época da luta pela independência de Moçambique”. Ao invés do aspecto bélico, a música enfatiza a celebração, conta o MC.

Na capital pernambucana, Freeza encontrou na discotecagem uma forma de se manter no universo da música. Desde 2018, é um dos DJs residentes da festa Estrela Negra, ao lado de Patrick Torquato, baiano de Paulo Afonso. A vida no Recife também o apresentou a outros modos de ser preto, diz o músico. “Perceber esse jeito peculiar de ser preto pernambucano é muito importante pra mim. É um outro jeito de olhar para a cultura que vem de África. É a diáspora com seu jeito próprio de se manifestar em Pernambuco”.

INDÚSTRIA CULTURAL E CULTURA POPULAR

Freeza: “a gente faz o caminho, mas é o orixá que dá linha”

Como essas particularidades se manifestam? “Por exemplo, nas religiões de matriz africana. Por mais que existam elementos parecidos, você percebe a diferença da Bahia. E tem a cultura popular. Pernambuco conseguiu manter a cultura nas ruas”, diz Freeza, tecendo crítica ao que chama de indústria do axé music. Segundo ele, a monocultura do axé, patrocinada por uma visão enviesada de política cultural, foi um rolo compressor sobre as manifestações populares da Bahia, inclusive no interior do estado.

– A gente tinha um Governo que só investia nesse gênero, e vários elementos da cultura popular foram se perdendo, porque não havia manutenção disso por parte dos administradores do Estado. Aqui em Pernambuco, percebo que há uma coisa da cultura popular que você olha e fala: porra! Isso é África. Sabe? As cores, o toque, o maracatu, caboclinho e o cavalo marinho têm muito de África. Para mim, estar aqui, vendo isso de perto e entendendo como funciona, é algo que agradeço ao orixá. Nada na vida é em vão. A gente faz os caminhos, mas é o orixá que dá linha -.

Outro elemento distintivo da cultura popular no Recife é a presença da poesia nas ruas, avalia Nego Freeza, relatando os encontros com o poeta Miró da Muribeca, ícone da arte urbana recifense falecido em julho de 2022, aos 61 anos. “No Mercado da Boa Vista, tive a oportunidade de conversar várias vezes com o saudoso poeta Miró, de ver o lançamento das poesias dele pra todo mundo. Você percebe que é algo da cultura local, não foi implantado ali, é natural”.

As andanças em Pernambuco também levaram o MC a experimentar outras facetas como artista. Na série Lama dos Dias, ele interpreta um DJ. A história tem como pano de fundo o início dos anos 1990 e, ainda que de forma indireta, retrata o caldo de cultura que daria origem ao Manguebit, diz Freeza, que também participou do documentário Filho de Todos os Santos. Mas, essa é outra história.

Confira, abaixo, o videoclipe de Mutimba.

Cantora de Eunápolis está na final de programa da Globo || Foto TV Globo
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Estudante de Enfermagem e moradora de Eunápolis, no extremo-sul da Bahia, Inaiá Ramos, de 22 anos, venceu, no sábado (19), a eliminatória do quadro Altas Promessas, do Altas Horas, da TV Globo, programa comandado pelo apresentador Serginho Groisman. Daqui a três semanas, no dia 10, a baiana disputará a final contra outros dois concorrentes, que serão classificados nas eliminatórias dos dias 26 deste mês e 3 de dezembro. O vencedor levará para casa um prêmio de R$ 80 mil.

Altas Promessas é uma competição que reúne artistas de todas as regiões do país. Os concorrentes interpretam canções do gospel nacional. Na primeira eliminatória do quadro, Inaiá Ramos foi muito elogiada pelos jurados e acabou  escolhida por dois deles: Soraya Moraes, ganhadora de quatro Grammy Latino; e Ton Carfi, indicado a quatro Troféus Talento – principal reconhecimento do gênero.

Inaiá Ramos também foi a escolhida do público (plateia). Inaiá concorreu com os cantores evangélicos  Mila Kristine, do Rio de Janeiro, que recebeu o voto da jurada convidada, a cantora Joelma; e Hélio Borges, de Brasília, que não recebeu nenhum voto.

Cantora do interior da Bahia está na final de programa || Reprodução TV Globo

Inaiá Ramos nasceu em Feira de Santana e atualmente mora em Eunápolis. Ela é frequentadora da Igreja Betel e trabalha numa loja de roupas no município do extremo-sul da Bahia. “Estava na loja quando recebi a chamada informando que eu havia sido selecionada. Foi uma correria danada para arrumar a mala, passar roupa. Peguei o avião, corria para cá, e hoje estou aqui”, contou

Inaiá Ramos, que cantou a canção Agnus Dei, relatou que sempre sonhou em participar da plateia do programa Altas Horas e que estava muito feliz com a classificação. “Para quem sempre sonhou com a plateia, e está no palco. Gente: é demais para mim”, afirmou. O nome da baiana significa a índia que canta.

Reunião virtual marca posse de nova diretoria do Faegsul
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Nesta quinta-feira (10), o Fórum de Agentes, Empreendedores e Gestores Culturais do Território Litoral Sul (Faegsul) fez reunião ordinária para eleição de nova chapa, apresentação dos novos gestores culturais dos municípios e definição do calendário de reuniões de 2022. O ato ocorreu às 9h, de forma remota, com transmissão via Youtube.

A nova diretoria do fórum terá a seguinte composição: Cristiane Santana (presidente), Bruna Setenta (vice-presidente), Janete Lainha (suplente), Miriam Oliveira (secretária executiva), Victor Aziz (coordenador de produção), Ligia Callaz (coordenadora de comunicação) e Alcimar da Silva (coordenador de articulação).

CALENDÁRIO DE ATIVIDADES DO FÓRUM

Na ocasião, a presidente Cristiane Santana apresentou o novo cronograma de ação de Itinerância Virtual, com o Tema Cultura, Território e Democracia.

O calendário prevê ações a partir de 10 de março, em Ilhéus, e nos meses seguintes, nas cidades de Buerarema (7 de abril), Ibicaraí (12 de maio), Una (9 de junho), Ubaitaba (14 de julho) e Itabuna (11 de agosto).

“Nossos encontros serão sempre acompanhados de programação artístico-cultural e atividades de formação para um público de dirigentes, gestores, agentes, empreendedores culturais do Território Litoral Sul da Bahia”, explicou a presidente recém-empossada.

Marcelo Sá faleceu no final de semana, em Salvador || Reprodução Instagram
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A cultura chora, mas todos choram, porque todos perdemos. Mas, lembrem-se, só sentimos que perdemos porque ganhamos muito com sua presença atuando entre nós, e para os que nem conhecia, mas sabia que existiam. O que Marcelo nos deu, nada tira.

 

Alcides Kruschewsky

Não, não é da Cultura, e é, não somente, então… É comunitário, de uma “roda grande”, enraizada pelos mundos que formam o universo. Por isso, tantas manifestações, tantos seres que o admiravam, amavam, e nem sempre declaravam. Que surpresa dolorosa!

Marcelo não é tudo que andam dizendo após sua passagem. Com certeza é mais que isso. Porque o sentimento de perda coletiva é espontâneo, sincero, doído.

Ah, quem não teve a oportunidade de sua companhia, da mesa com ele, da praia, da arte e desfrutou da sua inteligência, do seu refinado humor, perdeu, sim.

O talento de Marcelo transcendia, sem ambição pessoal. Sabia o que estava fazendo. Levei-o para o rádio, noticiava a agenda cultural comentada. Eu chamava: “Hooggggg”. E ele respondia, “chegueeeeiiii”…

Era engraçado! Era propositadamente ridículo e engraçado. Feito para chocar e rir. E ríamos, gargalhadas fartas desde as 6h30min da manhã, ele “morto” de sono… reclamando que eu ía matar ele… Um stand up de primeiríssima, se quisesse, dava show desde o “Caderno 2”, bar saudoso tocado por essas geniais Badarós.

Marcelo sempre tinha algo a acrescentar e chamava nossa atenção para as causas que se envolvia, querendo engajamento. Tudo não era seu, mas para todos. Quem está dizendo que sentiu e está sentindo sua partida, está mesmo!

Esses tempos não têm sido fáceis, não têm sido bons (ou será pecado assim dizer?). Mas, mesmo diante de tantas vicissitudes, creiam, ainda há motivos para concluirmos que a vida é bela e que vale a pena viver e buscarmos a felicidade, a outra certeza da existência de Marcelo. Pois é, ele, no seu dia a dia, buscava a felicidade nas coisas mais simples e importantes às quais se dedicava, dentre elas as pessoas a quem queria bem.

A cultura chora, mas todos choram, porque todos perdemos. Mas, lembrem-se, só sentimos que perdemos porque ganhamos muito com sua presença atuando entre nós, e para os que nem conhecia, mas sabia que existiam. O que Marcelo nos deu, nada tira.

O amor fica para sempre dentro de cada um.

Te amamos, amigo! Vá em frente, para a luz, sempre! VALEU, POR TODOS NÓS, VALEU!

Alcides Kruschewsky é empresário, ex-vereador e ex-secretário municipal de Ilhéus e radialista.

Jânio Natal, prefeito de Porto Seguro, proíbe música eletrônica e participação de DJ's nas festas de Caraíva
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O Decreto 13.401/21, publicado no último dia 2 pelo prefeito Jânio Natal (PL), proibiu a execução de música eletrônica e a participação de DJ’s nos eventos em Caraíva Velha, o distrito paradisíaco do município de Porto Seguro, no sul da Bahia.

A especificidade da proibição – que não alcança outras formas de expressão musical, como bandas e cantores – revoltou um músico que atua há 20 anos no estado. Ele procurou a reportagem do PIMENTA para questionar a medida da Prefeitura, sob a condição de ter a identidade mantida em sigilo, pois teme eventuais represálias.

Proibição foi estabelecida no segundo artigo do decreto municipal

“[A decisão é] fundamentada em quê? Em preconceito? Porque os eventos vão acontecer”, disse o músico, referindo-se às festas agendadas para o período de fim de ano em Caraíva, inclusive as de Réveillon. Artistas consagrados no cenário nacional integram a programação dos festejos, a exemplo de Falcão, Banda Eva e Mariana Aydar.

Ele insiste no questionamento. “Qual é o critério, se o volume [do som] pode ser o mesmo?”.

Depois, apresenta seu ponto de vista político sobre o paraíso à beira-mar. “Caraíva é uma colônia sul, sudestina e gringa. Existem poucas pessoas da Bahia usufruindo daquele espaço. Tudo está sendo vendido para pessoas de fora. Boa parte desse empresariado, que está lá há mais tempo, quer a manutenção de uma tradição de Caraíva, que é uma coisa muito mais ligada ao forró e ao samba. Por eles, a coisa ficava nesse lugar pra sempre, porque talvez seja a preferência musical deles. Não é errado ter preferência. A questão é impedir que as coisas sigam para o lugar que elas vão. Gerar um impedimento é como colocar uma barricada na história, uma barragem no fluxo da história”.

Acesse o decreto na íntegra.

OUTRO LADO

Às 9h55min desta terça-feira (7), o PIMENTA telefonou para o Gabinete do Prefeito. A atendente do órgão informou que questionamentos da imprensa devem ser feitos à assessoria da Secretaria de Relações Institucionais. Procurado, o assessor da pasta recomendou que a reportagem mantivesse contato com um segundo assessor, com quem conversamos por telefone.

Na conversa, o representante da Prefeitura de Porto Seguro solicitou que enviássemos o questionamento via WhatsApp. Às 10h30min, em mensagem de texto, o PIMENTA reafirmou o objetivo de entender os critérios da proibição de música eletrônica e dos DJs nas festas de Caraíva. Não obtivemos resposta até o fechamento desta matéria, às 14h.

Legado de Paulo Freire é tema da 1ª mesa de discussão do evento
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A 2ª edição do Festival Literário Sul-Bahia (Flisba) vai começar nesta sexta-feira (24), às 18h30min, com transmissão ao vivo no canal do evento no Youtube. O tema deste ano é Primavera Literária: arte na superação da pandemia.

Após a abertura, a primeira mesa de discussão do festival será às 20h, com debate sobre literatura, educação e cultura popular na obra de Paulo Freire, patrono da educação brasileira, que completaria 100 anos no último dia 19. Os professores Ramayana Vargens e Givânia Nascimento são os expositores-convidados para discutir o legado de Freire, com mediação da professora Silmara Oliveira.

As atividades continuarão no sábado (26) e seguirão até domingo (27), dia de encerramento do festival. Confira a programação completa no site do Flisba.

Chica Xavier morre aos 88 anos
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A atriz baiana Francisca Xavier Queiroz de Jesus, ou simplesmente Chica Xavier, morreu aos 88 anos, no Rio de Janeiro, em decorrência de um câncer no pulmão, descoberto em estágio avançado. Na última quarta-feira (5), ela foi internada com um quadro de desconforto respiratório contínuo.

Uma precursora, símbolo de gerações de atrizes e atores negros, de representatividade, que trazia em cada cena ou fala traços latentes de baianidade. Nunca negou a origem. Um sorriso inconfundível, que bastava ser visto uma vez para não mais esquecer.

 

Atriz baiana fez vários papéis

PAPÉIS

Conhecida por papéis emblemáticos e que marcaram a memória afetiva do público na TV, no cinema e no teatro, Chica Xavier mudou-se para o Rio de Janeiro em 1953, aos 21 anos, com o sonho de se aprofundar na arte. O companheiro de uma vida foi o também ator Clementino Kelé, com quem no último mês de julho completou 64 anos de casada.

Começaram este matrimônio justamente em 1956 que encenaram a primeira peça de suas carreiras: “Orfeu da Conceição”, de Vinícius de Moraes. Recentemente, em uma entrevista, ela foi simples e direta sobre a relação com o marido: “Sou Chica Xavier, mas mais do que isso, eu sou Chica de Kelé”. A união gerou três filhos – Christina, Izabela e Clementino Junior – e três netos – Ernesto Junior, Luana Xavier e Oranyan. Saiba mais sobre a atriz em leia mais.

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Marciano Saraiva confirma participação no Festival de Arte e Gastronomia de Serra Grande

O chef Marciano Ferreira Saraiva confirmou participação na cozinha-show do Festival de Arte e Gastronomia Serra Grande. O evento começa no próximo dia 10 de outubro, no balneário de Uruçuca cortado pela BA-001 e dono de paisagens paradisíacas.

O festival gastronômico e de arte, segundo a organização, busca potencializar o turismo sustentável, a conservação ambiental, fortalecer a identidade regional e economia local fomentando também novas oportunidades de negócios em períodos sazonais.

Festival alia arte e gastronomia às belas paisagens de Serra Grande

Marciano é uma das principais atrações da programação do festival. “Sou um cozinheiro apaixonado pelo que faço e amo a gastronomia afetiva de Minas Gerais”, destaca Saraiva. O chef é proprietário do Siriema, um restaurante de mesa compartilhada e que conta com uma linha própria de produtos artesanais.

O Festival de Arte e Gastronomia será realizado em Serra Grande de 10 a 13 de outubro. O evento é realizado pela Construção Coletiva Serra Grande Sustentável, Associação Cultural APA Itacaré Serra Grande e pela Prefeitura de Uruçuca. A Tabôa – Fortalecimento Comunitário e o Sebrae são patrocinadores do festival.

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profundanças

Escritoras e fotógrafas nordestinas provocam o mercado editorial com rodas de conversa “Mulheres em Profundanças”, projeto que já circulou pelas pernambucanas Garanhuns e Recife e, agora, chega a Ilhéus. As autoras do livro Profundanças2: antologia literária e fotográfica fomentam debates sobre a invisibilidade de mulheres no mercado editorial brasileiro, processos criativos e formas de resistência. A roda de conversa em Ilhéus será na sede da Academia de Letras de Ilhéus (ALI), na próxima quinta (28), às 19h, com entrada franca.

Ilhéus será a primeira cidade baiana a participar do circuito de debates do projeto Profundanças. A roda terá recital, leitura pública de fragmentos literários com as escritoras Lorenza Mucida, Haísa Lima, Laiz Carvalho, Daniela Galdino; um bate-papo com a fotógrafa Catarina Barbosa, seguido de um debate com o público.

Na Bahia, também receberão o Profundanças Itabuna, Cachoeira, Brumado e Salvador. A intenção, afirmam as idealizadoras, é mobilizar um vasto público interessado em literatura e ampliar o grupo de leitoras/es da antologia. Para a realização dessas rodas de conversa, a equipe tem firmado parcerias com instituições e coletivos culturais ligados à difusão literária.

Galdino é uma das idealizadoras do projeto || Foto Ana Lee
Autora de Inúmera, Galdino é uma das idealizadoras do projeto || Foto Ana Lee

OBRAS LANÇADAS

Criado há pouco mais de dois anos pela poeta/performer itabunense Daniela Galdino, o projeto ‘Profundanças’ conta com a parceria da Voo Audiovisual e já resultou na publicação de duas antologias literárias e fotográficas, sendo a primeira lançada em 2014.

Este ano, em pleno aniversário da pintora mexicana Frida Kahlo (6 de julho), foi lançado o Profundanças 2, resultado de uma ação colaborativa, sem fins lucrativos e independente, que reúne poemas, contos e crônicas de autoria de 16 mulheres.

A obra também apresenta ensaios fotográficos que retratam o cotidiano dessas escritoras realizados por 19 ‘fotógrafes’, somando talentos da Bahia, Pernambuco, São Paulo e Rio Grande do Norte. Para fazer o download gratuito do livro, basta acessar http://vooaudiovisual.com.br/projects/profundancas2/

MULHERES INSURGENTES

Nesta segunda edição, a pluralidade de experiências e a dissidência de vozes encontram um ponto em comum, que é a palavra escrita de artistas negras, não negras e transnão-binárias, que são: Aidil Araújo Lima (BA), Ana Mendes (RN), Andréa Mascarenhas (BA), Daniela Galdino (BA), Dayane Rocha (PE), Débora Ramos (PE), Erika Cotrim (BA), Haisa Lima (BA), JeisiEkê de Lundu (BA), Laiz Carvalho (BA), Larissa Pereira (BA), Lílian Almeida (BA), Mel Andrade (BA/SE), Miriam Alves (SP), Rita Santana (BA), Thalita Peixe de Medeiros (PE).

Já os ensaios fotográficos são assinados por Adrian Greyce, Ana Lee, Andrezza Tavares, Brenda Matos, Camila Camila, Catarina Barbosa, Cláudio Gomes, Haísa Lima, Henrique Valença, Inajara Diz, João Caique, João Santana, Josi Oliveira, LanmiTripoli, Leticia Ribeiro, Mariana Lisboa, Shai Andrade, Rodrigo Iris e Ytallo Barreto.

Roda de conversa “Mulheres em Profundanças”
Quando: 28.set, às 19h
Onde: Academia de Letras de Ilhéus (R. Antônio Lavigne Lemos, 39, Centro, Ilhéus)

PROGRAMAÇÃO:
19h– Abertura
19h15min – Roda de Conversa “Mulheres em Profundanças” + Recital + Leitura pública de fragmentos literários
Escritoras: Lorenza Mucida, Haísa Lima, Laiz Carvalho, Daniela Galdino. Fotógrafa: Catarina Barbosa
20h15min – Debate com o público

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Dos principais nomes da arte grapiúna, José Delmo recitou, em vídeo, poema para lembrar os 105 anos de nascimento do maior escritor baiano de todos os tempos, o também grapiúna Jorge Amado, que veio ao mundo em 10 de agosto de 1912, na Vila de Ferradas, em Itabuna. Pausa (e palmas!!!) para Zé, homenagem para Jorge!

Salve Zé! Salve Jorge! Eternamente amados!

O vídeo foi enviado ao PIMENTA pelo inquieto Gerson Marques.

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Zé Delmo conta causos e coisas da história de Ilhéus.
Zé Delmo conta causos e coisas da história de Ilhéus.

O ator grapiúna José Delmo apresenta, de segunda a sexta-feira, todas as manhãs e tardes, o espetáculo “Aqui e agora, contação de histórias sobre causos e coisas de Ilhéus”, no palco do Teatro Municipal. Um dos objetivos deste novo projeto idealizado pela prefeitura é tornar o espaço do Municipal mais intimista e próximo dos visitantes, além de valorizar o artista e tudo que ele representa para a cultura de Ilhéus e do sul da Bahia.

Para o gestor de Cultura Pawlo Cidade, Zé Delmo é uma lenda viva da arte cênica da região, considerado um decano do teatro. “Suas histórias irão alegrar e satisfazer os turistas que visitam um dos mais conceituados teatros do interior da Bahia, o de Ilhéus”. Pawlo Cidade destacou ainda que a secretaria municipal de Cultura abriu espaço do teatro para ele falar sobre coisas e causos relacionados aos coronéis do cacau.

SOBRE JOSÉ DELMO

Natural de Buerarema, mas nascido no município de Belmonte, José Delmo tem na ponta da língua boa parte da sua obra. Além de poeta, ator e artista plástico, ainda é licenciado em desenho e artes plásticas pela Universidade Federal da Bahia (Ufba). Enquanto estudava em Salvador buscou também trilhar os caminhos do teatro. Estreou como ator profissional em 1977, na peça “A função do casamento”, escrita por Haydil Linhares, no Teatro do Pelourinho (Sesc). José Delmo fez parte de movimentos culturais no sul da Bahia. Fundou ao lado de outros artistas grapiúnas, a exemplo de Ramon Vane, José Araripe, Gal Macuco, José Henrique e Marcelo Ganem, o Grupo de Arte Macuco e as Feiras de Arte de Buerarema.

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Denise Tavares: 23 modalidades de cursos.
Denise Tavares: 23 modalidades de cursos.

As matrículas para as oficinas do Programa de Arte e Cultura em Áreas de Interesse Social (Pacais) da Fundação Itabunense de Cultura e Cidadania (FICC) já estão abertas. Os cursos oferecidos são os de violão, teatro, desenho e pintura, futebol, percussão, zumba, yoga, ballet, bateria, dança de rua, dança afro, muay thai E contação de histórias.

As inscrições deverão ser feitas nas Unidades das Casas das Artes, das 8hs às 12hs e das 14hs às 16hs. No ato da inscrição o aluno deverá comparecer com a carteira de identidade e comprovante de residência. Menor de idade deve ir acompanhado dos pais ou responsáveis.

Segundo a coordenadora pedagógica do Pacais, Denise Tavares, são 23 modalidades de cursos distribuídos em 39 oficinas. O projeto contempla crianças, jovens e adultos de vários bairros de Itabuna. Mais informações através do telefone (73) 3613-4915.