A camisa criada por Afonso Dantas desperta o sentimento de pertencimento do itabunense
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Nada mais brega do que a velha rivalidade entre papa-jacas e papa-caranguejos.

 

Walmir Rosário

Guardo muitas recordações dos tempos de menino, entre elas as boas brigas por apelidos, gentílicos, etnônimos, topônimos, principalmente os vistos como depreciativos. E não era pra menos, imagine um itabunense ser chamado taboquense, por ser Tabocas o nome do distrito que deu origem a Itabuna. Pior, ainda, e totalmente sem cabimento, o nascido em Itabuna ser chamado de papa-jaca pelos ilheenses. Por pouco não é declarada uma guerra, finalmente, pacificada agora por Afonso Dantas.

Eu mesmo já sofri muito com os preconceituosos gentílicos por ter nascido em Ibirataia (BA), nomeada de Tesouras quando ainda distrito de Ipiaú (também papa-jaca). Em 1960, finalmente, Ibirataia ganha sua “carta de alforria” e passa a ser cidade, município. Para fazer a população e os “de fora” se acostumarem com o novo nome, o prefeito teria tido uma conversa de pé de ouvido com o delegado, que proibiu Ibirataia ser chamada de Tesouras. E as ameaças não eram poucas, inclusive com a permanência de uns dias de xilindró.

Mas em Itabuna era inaceitável ser chamado de papa-jaca, notadamente pelos ilheenses, que não se conformavam em ter perdido o domínio sobre a nova Itabuna, mormente pelos contos de réis que embolsavam nos tempos de Tabocas. Pois bem, a rivalidade era acirrada, pois Itabuna se agigantava e exibia uma Associação Comercial (em Ilhéus ainda não existia), ganhava no futebol, no comércio, enfim, ameaçava – de verdade – a hegemonia de Ilhéus.

Como não sou historiador, não fui nem irei à cata de documentos para fazer as devidas comprovações do que digo, pois sabidamente está na boca do povo. E o gentílico papa-jaca nasceu por pura inveja dos ilheenses, pelo simples fato dos itabunenses ignorarem, também, os restaurantes e pensões de Ilhéus, quando iam à praia da Avenida. Na carroceria de caminhões, os itabunenses levavam seu farnel, reforçado com feijoada, farofa de jabá e uma boa jaca, saboreada como sobremesa, para a inveja dos ilheenses.

Depois disso, pelo que soube por gente da minha inteira confiança, e fui conferir que até o conterrâneo Jorge Amado (ele itabunense de fato e eu por direito), no livro Terras do Sem-fim, renegou a origem e descreveu ser o papa-jaca gente de Itabuna, pessoas rústicas, mulheres de comportamento duvidoso e homens violento, às vezes cornos. Fiquei puto da vida, mas não vou brigar com um conterrâneo, e que já se foi deste mundo.

Inconformados com a independência e altivez do itabunense, os ilheenses partiram para a galhofa, retrucada em seguida com o gentílico papa-caranguejo, por motivos óbvios. Aí é que rivalidade aumentou, chegando às raias do quebra-pau. Lembro-me que à época o sentimento de pertencimento com a cultura popular não era aceito e os gentílicos e etnônimos malvistos e resolvidos na porrada.

Mesmo em tempos recentes, um desprestigiado e despudorado juiz de direito (hoje ex) chegou a tentar denegrir o presidente da OAB itabunense, tendo o desplante de chamar o causídico de papa-jaca, como se ofensa fosse. Em resposta, no Forró do Advogado, em pleno Alto Beco do Fuxico, foi esculachado em uma música criada pelos advogados itabunenses, que foi hit por meses a fio, colocando o tal do então magistrado em seu devido lugar, o lixo.

Com o passar do tempo, os malvistos passaram a ser benquistos e incorporados como bens imateriais. E cito aqui um fato comprobatório: Na década de 1970, o paratiense, cujo gentílico era papa-goiaba, recusava terminantemente ser chamado de Caiçara, rebatendo o adjetivo, por considerar pejorativo e somente se aplicar aos moradores do litoral paulista, e não aos “beiradeiros fluminenses”. Hoje acredita ser um deles e aceita os dois gentílicos com todos os mimos.

Mas voltando à nossa paróquia, já aceitamos e adotamos os gentílicos e etnônimos, mesmo que os topônimos não tenham nenhuma ligação. Nada mais chique do que desfilar por aí – em Itabuna, Ilhéus, Salvador, Nova Iorque ou Paris – com uma vistosa camisa criada pelo publicitário e cronista Afonso Dantas, com a bela figura de uma jaca ricamente estampada, arrematada logo abaixo com a pomposa legenda: Papa-jaca. Tudo isso teve início quando Afonso passou a criar camisas com gírias e expressões tiradas das raízes mais profundas do vocabulário “baianês”. Lá ele! Tô fora!

É de meter inveja aos ilheenses, que ficam putos da vida, por sentir o efeito contrário da galhofa: em vez da raiva anterior, o itabunense demonstra sabedoria e pertencimento. Trocando em miúdos, fez do limão uma limonada. E o projeto de Afonso Dantas não se resume a Itabuna, pois muitas cidades da região cacaueira – a nação grapiúna – esnobam as demais, e apresentam a jaca como figura e adereço cultural maior.

A criação das camisas ganhou o mundo, como já disse, e elevou a autoestima do itabunense, papa-jaca sim senhor, e com muito orgulho. Tanto assim que perdoou o conterrâneo Jorge Amado, acreditando ter sido influenciado pelos coronéis ilheenses da época, putos da vida com o desenvolvimento de Itabuna. Hoje, papa-jacas e papa-caranguejos dividem e convivem o mesmo espaço praiano com a mais perfeita harmonia.

Daqui de Canavieiras, onde me refugiei há mais de uma dezena de anos, tomei ciência que o gentílico papa-caranguejo é palavra corrente para distingui-los. E como se não bastasse, eles ainda ressaltam que é a iguaria mais gostosa, além das mais belas pernas da Bahia. Sem qualquer descortesia, Trajano Barbosa utilizou o caule da jaqueira como mastro na festa do “Pau de Bastião” por mais de 60 anos, na famosa festa da Capelinha.

Nada mais brega do que a velha rivalidade entre papa-jacas e papa-caranguejos.

Walmir Rosário é radialista, jornalista e advogado, além de autor de livros como Os grandes craques que vi jogar: Nos estádios e campos de Itabuna e Canavieiras, disponível na Amazon.

Itabuna terá pacote de obras de infraestrutura|| Foto José Nazal
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Os dados preliminares apurados no Censo 2022 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam queda de 11,7% no número de habitantes em Itabuna em um espaço de pouco mais de 12 anos. O principal município do sul da Bahia viu seu contingente populacional cair de 204.667 para 180.654 habitantes do Censo 2010 para o de 2022, iniciado em agosto passado e concluído em maio deste ano.

Ontem (26), o coordenador do IBGE em Itabuna, Luiz Mafra, apresentou os dados preliminares, durante a III Reunião de Acompanhamento do Censo (Repac) do município. Da reunião online, participaram representantes da Prefeitura de Itabuna e da Associação Comercial de Itabuna.

O resultado preliminar é menor do que apontava a prévia em dezembro passado – 185.500 habitantes -, mas um pouco acima do coletado até janeiro (178.237). No início do ano, o governo federal decidiu fazer mutirões e prorrogar o Censo (veja mais abaixo).

Mafra explica processo de coleta de dados

Na reunião de ontem, Luiz Mafra falou de todo o processo de coleta dos dados do Censo 2022. Há pouco, por telefone, Mafra alertou ao PIMENTA que os dados de ontem são preliminares.

Segundo adiantou, os números finais estão acima do apresentado nesta segunda-feira, mas abaixo do apurado no censo de 2010. Queda populacional.

MAIS DOMICÍLIOS, MENOS MORADORES

No censo de 2010, foram apurados 73.597 domicílios em Itabuna. Já no censo atual, 93.313.

Dos mais de 93 mil imóveis, 69.453 estão permanentemente ocupados, conforme apuração do PIMENTA. Outros 1.970 estão ocupados, mas não foi possível fazer entrevista com os seus moradores. Dentre os motivos, o morador estava ausente – o agente não faz apenas uma visita! – ou se recusou a receber e responder ao questionário do IBGE.

Dos dados até aqui disponíveis, sabe-se que caiu a média de moradores por residência de 3,28 para 2,86 por unidade, conforme os dados preliminares aos quais o PIMENTA teve acesso.

Do Censo, extraiu-se que há, pelo menos, 17.102 imóveis desocupados nas áreas urbana e rural.

A maior queda se deu na zona rural. Eram 3,58 por moradia em 2010. Hoje, 2,54, segundo o Censo 2022.

O município foi dividido em 379 setores e 180 recenseadores participaram da coleta dos dados entre agosto deste ano e o mês passado. O índice de cobertura ficou em 95%.

O levantamento de dados em todo o país foi concluído somente em 28 de maio com mutirões em áreas indígenas e condomínios nos dois últimos meses no país. Os dados finais serão oficialmente apresentados nesta quarta-feira (28) pela presidência nacional do IBGE.

REVISÃO DOS DADOS

Rosivaldo diz que município poderá solicitar conferência, caso seja confirmada a redução populacional

Inicialmente procurado pelo site, o secretário de Planejamento de Itabuna, José Alberto Lima, disse que técnicos do governo participaram da reunião do IBGE, mas quem deveria se pronunciar seria a pasta do Governo.

Procurado pelo PIMENTA, o secretário de Governo, Rosivaldo Pinheiro, informou que o município vai aguardar a divulgação oficial, amanhã (28), para adotar providências.

Rosivaldo antecipou ao site, porém que o município poderá pedir a conferência dos setores censitários para que identifiquem a migração populacional. “O governo fará aquilo que nos compete”, informou o secretário, antecipando que o decréscimo não levará à perda de receita. “Mas redução populacional não é [algo] positivo para as políticas públicas”, acrescentou.

NO CENSO, DIFICULDADES

O Censo de 2022 foi muito prejudicado pela resistência de parte da população a atender os recenseadores em todo o país. Houve dificuldade de coleta de dados principalmente em áreas habitadas por pessoas de classe média ou mais ricas. Quanto mais alto o poder aquisitivo, maiores as barreiras para os recenseadores. A resistência não se dava só por questões de segurança pública, mas devido à polarização política no país, conforme dois recenseadores ouvidos por este site.

As dificuldades no levantamento de dados não se deram apenas por causa da recusa de moradores. A logística do IBGE foi afetada. Com baixo orçamento e reveses desde 2020, com a pandemia da Covid-19 e “corpo mole” do governo federal, o Instituto somente pôde iniciar o Censo em agosto passado. Atrasos de pagamento e desistências de recenseadores também foram problemas enfrentados. Com a mudança de governo central, houve liberação de mais orçamento para o trabalho de campo, que durou mais três meses, sendo encerrado mês passado (reveja aqui).

Vista aérea da Avenida do Cinquentenário, que recebeu decoração junina || Foto ACI
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O comércio de Itabuna funcionará normalmente nesta sexta-feira (23), véspera de São João. As lojas ficarão abertas até as 18h, informa a Associação Comercial e Empresarial de Itabuna (ACI).

Por meio de nota, a entidade esclareceu que o ponto facultativo decretado pelo prefeito Augusto Castro, suspendendo funcionamento dos órgãos municipais hoje, só tem validade para o serviço público.

O funcionamento será normal hoje, mas o comércio não abre neste sábado (24).

O município não terá festa de São João. O forró “comerá solto” a partir da próxima quinta-feira (29). Com atrações como Wesley Safadão, Dorgival Dantas, Tarcísio do Acordeon, Thiago Aquino, Cacau com Leite, Lordão e Sinho Ferrary, o Ita Pedro vai até 2 de julho, festa da Independência da Bahia.

Valdino Cunha, das Óticas Diniz, deverá ser aclamado presidente da ACI
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Apenas uma chapa disputará o comando da Associação Comercial de Itabuna pelos próximos dois anos. Ela será encabeçada pelo empresário Valdino Cunha, proprietário da franquia das Óticas Diniz no município.

O prazo para registro de chapas foi encerrado na tarde desta segunda-feira (5). A eleição da nova diretoria está marcada para ocorrer das 9h às 19h do próximo dia 25, na sede da entidade, no Edifício União Comercial, no Centro.

Além de Valdino, a chapa será composta por Arthur Abijaude, Franklin Bastos Ludmila Vieira, Eduardo Carqueija e Nelson Báfica como vice-presidentes.

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A conjuntura econômica do Brasil e da região no pós-pandemia foi analisada pelo professor titular Elson Mira, do Departamento de Economia da Uesc, durante a reunião ordinária da ACI. A reunião ainda contou com a presença dos secretários de Segurança e Ordem Pública (Sesop), Humberto Mattos, e de Planejamento, Sônia Fontes, para apresentar as ações de ordenamento do comércio informal.

Mira apresentou dados atualizados de empregos do mês de março deste ano, em que o setor terciário lidera com 79,7%. Segundo ele, desde a crise do cacau, o setor terciário domina a economia de Itabuna. “Em termos de emprego, geração de renda, PIB, o comércio e serviços são os setores das principais atividades econômica de Itabuna”, destacou o professor.

CAMELÔS NA PRAÇA CAMACAN

Sobre as ações para o ordenamento do comércio informal, o secretário Humberto Mattos destacou que está planejando ações em conjunto com outras secretarias municipais visando a retirada do comércio ambulante de alimentos da avenida Cinquentenário e do seu entorno para a praça Adami, até que a praça Camacan seja reformada para receber esse público.

O secretário ainda ressaltou a importância do apoio da classe empresarial e da sociedade para solucionar um problema que é antigo. Sônia Fontes falou que o ordenamento está na pauta de prioridades do município e destacou que ações de médio prazo para a retirada dos ambulantes estão sendo organizadas, e uma das alternativas é realocar no antigo Cesp.

A reunião contou com a presença de empresários e lideranças da sociedade civil, que parabenizaram a iniciativa do presidente da ACI, Mauro Ribeiro, na promoção de debates importantes para o setor. Segundo o empresário, “a análise atualizada da economia atual vai ajudar na aplicação de investimentos específicos. Aliado a isso, o ordenamento do comércio local vai contribuir para um melhor ambiente de negócios na cidade”, explicou Mauro.

Empresário Ailton Messias faleceu nesta segunda (13), no Calixto Midlej Filho, em Itabuna
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O ex-provedor da Santa Casa de Itabuna e empresário Ailton de Melo Messias, de 85 anos, faleceu na manhã desta segunda-feira (13), vítima de problemas cardíacos, após 18 dias internado no Hospital Calixto Midlej Filho, em Itabuna. Ailton era dono de uma das maiores redes de supermercados do Nordeste brasileiro, a Rede Messias, com unidades em vários municípios do sul da Bahia e um dos maiores geradores de ICMS do setor supermercadista do país na época.

Nos anos 1980, a Rede Messias inaugurou várias lojas na região e possuía uma central de distribuição em Itabuna, município-sede, onde hoje funciona o campus da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB).

A rede inaugurava anos depois o conceito de hipermercado no sul da Bahia, ao qual se integravam várias lojas de setores como vestuário, formando o Shopping Center Itabuna, que, após a falência da Rede Messias, foi a leilão. Hoje, no local, funcionam o Hiper Itão e a Magazine Luiza. Ailton Messias foi provedor da Santa Casa de Itabuna no período de 1988 e 1991.

O corpo de Ailton Messias está sendo velado no SAF, na Juca Leão, em frente ao Grapiúna Tênis Clube. O enterro está marcado para as 17h desta segunda-feira, no Cemitério Campo Santo, em Itabuna.

PESAR

Várias entidades emitiram nota lamentando a perda do empresário e figura das mais notáveis da benemerência do sul da Bahia. O provedor da Santa Casa, Francisco Valdece, se pronunciou por meio de nota. “Ao longo dessas três décadas foi peça determinante para que a Misericórdia pudesse atingir a excelência no atendimento em saúde prestada diariamente à população do Sul da Bahia. Um vencedor cujo paradigma servirá para esta e muitas outras gerações de Itabunenses”.

A Associação Comercial de Itabuna (ACI), da qual Ailton Messias foi presidente, manifestou profundo pesar pela morte do empresário e ex-dirigente. “Neste momento de grande tristeza, rogamos a Deus que conforte os familiares e amigos pela perda irreparável”.

O prefeito de Itabuna, Augusto Castro, emitiu nota em que relembra o tino empresarial de Ailton Messias e o impacto da empresa para a economia regional. “Neste momento de dor, externo minhas condolências aos familiares do Sr. Ailton de Melo Messias, com pedidos a Deus para que a todos conforte”.

Mauro Ribeiro é o mais jovem a assumir a presidência da ACI || Foto Marcus Ramos
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O empresário Mauro Ribeiro tomou posse como presidente da Associação Comercial de Itabuna na noite desta segunda (14) assumindo compromisso de tornar a entidade “um dos motores de desenvolvimento da região”. 

– Estamos à frente das discussões que impactam direta e indiretamente as atividades comerciais – disse ele, reforçando que a nova diretoria está empenhada na busca de soluções e caminhos pós-Covid, “tendo em vista o seu impacto na vida social e empresarial” de Itabuna. 

Sócio-diretor da rede de Lojas Buriti, do segmento de materiais de construção, Mauro representa renovação em cadeiras de comando das entidades lojistas e empresariais de Itabuna. Ele é o mais jovem dirigente a assumir a presidência da Associação Comercial de Itabuna.

A posse, no espaço de eventos Terceira Via Hall, teve transmissão online e reuniu dirigentes empresariais e prefeitos sul-baianos, a exemplo de Marcone Amaral (Itajuípe) e Vinicius Ibrann (Buerarema), respectivamente, presidente e vice da Associação dos Municípios da Região Cacaueira da Bahia (Amurc), além da coordenadora regional do Sebrae, Claudiana Figueiredo. Uma das ausências percebidas foi a do prefeito Augusto Castro, que mandou representante.

A coordenadora regional do Sebrae apontou o perfil inovador do novo presidente da centenária ACI. “O Sebrae está apostando muito de que essa nova gestão possa trazer complementos importantes do que foi realizado na gestão anterior e trazendo muitas inovações, fruto de um perfil ousado e empreendedor de Mauro”, disse Claudiana Figueiredo.

Sérgio Velanes transmitirá cargo a Mauro Ribeiro no dia 14 de junho || Foto Divulgação
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Com 34 anos, o empresário Mauro Ribeiro acaba de se tornar o mais jovem presidente eleito da história da Associação Comercial de Itabuna (ACI) em pleito nesta segunda (17). A posse da nova diretoria está marcada para 14 de junho, às 19h, no espaço de eventos Terceira Via Hall, quando Sérgio Velanes, após dois mandatos, transmitirá o cargo ao novo presidente.

Sócio-diretor da rede de lojas Buriti, do segmento de materiais de construção e acabamento, Mauro Ribeiro tem a expectativa de “fortalecer cada vez mais a ACI”, por meio do diálogo com o empresariado e defender os direitos da classe. Terá, ainda, o desafio de tornar a ACI inovadora e e mais representativa, atraindo novos associados.

– A Associação estará de portas abertas para todos os empresários, seja ele micro, pequeno e grande empresário, porque a Associação Comercial precisa estar a serviço das empresas, dos empresários e da população de Itabuna, para que juntos possamos desenvolver ainda mais toda essa cadeia produtiva que tem na nossa cidade e gerar mais empregos e renda – disse Mauro.

DIRETORIA E CONSELHOS

Com a eleição, também ficaram definidos diretoria e conselhos da instituição. A Assembleia Geral é composta por Luiz Sérgio Neto Velanes (presidente), Ronaldo Abude (1º secretário), Luiz Ribeiro (2º secretário). Mauro Ribeiro preside o conselho diretor tendo como vice presidentes Silvio Roberto Oliveira, Franklin Bastos, Rafle Salume, Eduardo Carqueja Júnior e Rafael Monteiro.

Integram o Conselho do Comércio Franklin Bastos, Vera Guimarães, Valdino Cunha e José Orleans Mendonça. No Conselho da Indústria, Eduardo Carqueja Júnior, Rogério Sbardelotto, Paulo Ganem e Jorge Luiz Pires. No Conselho de Prestação de Serviços, estão Rafle Salume, Tarik Vervloet Fontes, Ludmila Vieira e Vitor Borboun.

O Conselho de Comunicação é integrado por Sílvio Roberto, Sebastião Nunes Sampaio Barros, Nelson Báfica e Carolina Fajardo. Rafael Monteiro, Janilton Mascarenhas, Newton Isozaki e Jonh Nascimento compõem o Conselho de Agricultura e Pecuária. Já a Comissão de Contas I tem Jorge Luiz Pires, Tarik Vervloet Fontes e Viviane Fernandes. A Comissão de Contas II traz Luiz Marcel Silva Ribeiro, Wellington Ferraz e José Adauto.

Salume, da Wine, fará palestra online na próxima terça (28)
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Dos principais nomes do e-commerce brasileiro, Rogério Salume, da Wine, será o palestrante do I SOS Empresarial – E-commerce na contramão da crise, organizado pela Associação Comercial e Empresarial de Itabuna (ACI). A palestra online será na próxima terça (28), às 19h. Salume, que é itabunense e um dos fundadores da Wine, trará informações do varejo online e apresentará estratégias para que empreendedores driblem a crise e vendam mais.

A ação é do Programa de Qualificação Social, Núcleo de Jovens Empreendedores da Associação Comercial e Empresarial de Itabuna e do Movimento Empresarial Sul da Bahia em Ação. A palestra online será transmitida, via Zoom, com o investimento no valor de R$ 20,00.

A taxa será revertida em mantimentos e distribuída para as pessoas pobres. Para participar é necessário apenas fazer o cadastro pelo link: https://www.sympla.com.br/sos-empresarial__838966, baixar o aplicativo ZOOM, e no dia e horário do evento realizar o acesso ao site do Sympla, na aba “Meus Ingressos”.

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ficha_suja pre-baA Associação Comercial e Empresarial de Itabuna (ACI) decidiu pressionar a Câmara de Vereadores a votar favorável ao parecer do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) que recomenda a rejeição das contas do ex-prefeito Capitão Azevedo (DEM).

A associação adere ao movimento nacional pela moralização da coisa pública em reunião realizada ontem à noite (26). O encontro semanal contou, desta vez, com a presença do vereador César Brandão (PPS), que ouviu empresários cobrarem moralização do legislativo.

Críticas à Câmara foram feitas devido, dentre outras coisas, às aprovações das contas de 2009 e 2010 de Azevedo. Os relatórios do TCM eram pela rejeição das contas, aprovadas pelos vereadores da legislatura passada, no segundo semestre de 2012.

Na reunião de ontem da ACI, o relatório da rejeição das contas de 2011 foi distribuído a cada um dos associados presentes na reunião de ontem. Dentre outras irregularidades, o TCM detectou irregularidades em licitações, desvio de dinheiro público e gasto de aproximadamente 75% da receita com folha de pagamento (farra de cargos comissionados).

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Empresários planejam forte reação contra aumento extorsivo (Foto Pimenta).

A economia de Itabuna poderá sofrer já neste início de ano os impactos da alta carga tributária imposta pelo governo municipal. Empresários veem um cenário de fuga de investimentos e perda de receitas com as distorções geradas pela implementação do novo Código Tributário, que impõe aumento de até 6.000% do alvará de funcionamento (TFF) e de 250% do IPTU.

Dezenas de empresários participaram de uma reunião da Associação Comercial e Empresarial de Itabuna (ACI) nesta noite de segunda-feira (31) e defenderam uma revisão do código, além de medidas de protesto, a exemplo do fechamento de lojas por duas horas, e Mandado de Segurança contra a validade do Código Tributário.

“Se tivéssemos empresário lá dentro [da prefeitura], a situação não estaria assim”, bradou o presidente da ACI, Eduardo Fontes, que ainda crê na possibilidade de diálogo com o município. Uma reunião definitiva está marcada para a próxima quinta-feira, 3, com a participação de representantes do setor, do secretário Carlos Leahy (Indústria e Comércio) e do prefeito Capitão Azevedo (DEM).

EMPURRANDO COM A BARRIGA

Jorge Braga, da CDL.

O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Itabuna (CDLI), Jorge Braga, está propondo à prefeitura a revisão completa do Código Tributário, embora revele desconfiança neste ponto. “O governo diz que existe disposição para o diálogo, mas não estou vendo ação. Prometeram prorrogar o vencimento do alvará [de funcionamento, a TFF], mas até agora não existe nada”, reclama Braga.

O dirigente da CDL revelou ao PIMENTA o seu temor de que o IPTU seja outra bomba a estourar neste início de ano. O tributo municipal terá os valores revistos em relação a 2010. Os carnês ainda não foram lançados. O imposto terá aumento médio de 250%, segundo cálculos de especialistas que conseguiram analisar a lei de reforma do Código Tributário.

SUBSERVIÊNCIA DA CÂMARA

Fontes: reclama contra desrespeito do governo (Foto Geraldo Borges).

As mudanças tributárias foram aprovadas pela Câmara de Vereadores em outubro do ano passado. O presidente da Associação Comercial de Itabuna lembra como foi o processo. “Nós não fomos ouvidos. Fomos desrespeitados. Chegamos lá e estava o secretário de Finanças conversando com os vereadores. Foi triste”, enfatiza.

A sessão que aprovou o código extorsivo ocorreu na sala das comissões técnicas da Câmara. Os vereadores votaram sob a pressão do ex-secretário de Finanças, Carlos Burgos. O presidente do Sindicato do Comércio (Sindicom), José Adauto Vieira, vê a reunião da próxima quinta-feira, 3, como decisiva para definir qual será o comportamento do empresariado em relação ao governo.

EXEMPLO DE ARROCHO

Poucas vezes se viu o empresariado tão enfurecido com o governo local como agora. Almir Oliveira Silva é dono de uma distribuidora de gás de cozinha. O faturamento bruto da empresa em 2010 foi de R$ 496 mil, mas a sua empresa ficando com apenas R$ 72 mil. A taxa do alvará de funcionamento (TFF), no entanto, saltou de R$ 51,23 no ano passado para R$ 1.500,00 neste ano.

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Dirigentes da ACI e FTC com Eduardo e Bastos ao centro.

Ontem, o reitor da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), Joaquim Bastos, disse que a instituição está construindo uma relação cada vez mais próxima da população sul-baiana.

“Além de promovermos a integração, estamos formando uma massa crítica regional de alto nível, com um trabalho que envolve diversos aspectos em áreas estratégicas”. É justamente a falta de inserção na comunidade regional o calcanhar-de-aquiles da universidade.

O reitor participou da 13ª edição do Fórum de Líderes Empresariais de Itabuna, no Hotel Tarik, evento organizado pela Associação Comercial e Empresarial de Itabuna (Acei). Apesar de falar da inserção, Bastos lamentou que o mercado regional “ainda não tenha condições reais de absorver grande parcela dos profissionais formados pela Uesc”.

A universidade, lembra, saiu de um orçamento de R$ 40 milhões no início dos anos 2000 e terá neste ano R$ 125 milhões, mas a maior parte vai para pagamento de pessoal e custeio, “sobrando muito pouco para investimento”.

Organizador do fórum, Eduardo Fontes, da Associação Comercial e Empresarial de Itabuna, ressalta a importância estratégica da Uesc para o desenvolvimento regional. “Foi isto que motivou o convite ao reitor da universidade e Joaquim Bastos preencheu plenamente a expectativa”, afirmou Eduardo. Ouça entrevista do blog com o reitor da universidade (clique aqui).