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O Teatro Popular de Ilhéus (TPI) utiliza também as redes sociais para atrair público para os seus espetáculos na tenda na Avenida Soares Lopes, centro. Redes sociais, criatividade e bom humor nas mensagens para cativar plateia.
Sábado (31), às 17h, por exemplo, a encenação do Auto do Boi da Cara Preta será gratuita, 0800, free. Ou, como dizem seus idealizadores, Freeboi! Não, não é merchandising para os cortes finos daquele frigorífico que tem Roberto, o Carlos, como garoto-propaganda, o Friboi. É um Boi free, gratuito, de diversão assegurada e que – lembrando aquela bandeira de cartão de crédito – não tem preço. Outro merchan. Involuntário.

auto do boi da cara preta free boi
A turma convocou até o Toni Ramos para chamar gente (Reprodução Facebook).

A propósito: o Auto do Boi da Cara Preta é daqueles espetáculos que valem para qualquer idade – da criança ao pai, mãe, tio, tia, avó, avô… E, sendo “freeboi”, não haverá desculpa para deixar de assistir. É na rua, fora da tenda. É free, para o leitor não perder o Boi. Até Toni Ramos “apareceu”.
E, para não perder a viagem, curta o bom humor e a criatividade que transborda das tendas do TPI para a página no Facebook (é só clicar aqui).

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Amaurih Oliveira

O ator ilheense Amaurih Oliveira é um dos indicados ao Prêmio Braskem de Teatro 2014. Ele concorre com mais três atores e um diretor, na categoria Revelação, pelo seu desempenho no musical Éramos Gays. O resultado será divulgado no dia 23 de abril, durante cerimônia na sala principal do Teatro Castro Alves, em Salvador.

Ao longo de 10 anos de carreira, o artista já trabalhou no teatro, cinema, publicidade e televisão. Criado no bairro do Malhado, filho de um mecânico e uma dona de casa, Amaurih Oliveira estreou na peça Amigas de breves e longas datas, do dramaturgo Gildon Oliveira. Durante mais de três anos, integrou o elenco do Teatro Popular de Ilhéus e da Cia. Boi da Cara Preta, participando dos infantis Ita – um tupinambá em busca do manto sagrado e Auto do Boi da Cara Preta, além do épico Vida de Galileu.
Em 2010, Amaurih foi aprovado no curso de Artes Cênicas da Universidade Federal da Bahia (UFBA), no qual se graduou no início deste ano. Após mudar para a capital baiana, trabalhou com o Bando de Teatro Olodum, em Cabaré da Rrrrraça, e participou de montagens didáticas dirigidas por grandes nomes do teatro, como Hebe Alves, Meran Vargens e Elaine Cardim.
No cinema, o ilheense fez participações em A Última Estação e A Coleção Invisível. Na televisão, o jovem participou das minisséries da Rede Globo Como Aproveitar o Fim do Mundo, contracenando com Danton Mello e Alinne Moraes, e Amores Roubados, na qual sua cena quente com Patrícia Pillar foi bastante comentada na blogosfera. Confira principais trechos da entrevista concedida por Amaurih à jornalista Karoline Vital, especialmente para o Pimenta.
BLOG PIMENTA – Como a indicação ao Braskem te impactou?
AMAURIH OLIVEIRA – Fiquei muito feliz com a indicação, ela veio no momento certo. Não esqueçamos que este é o ano da justiça. Os impactos são positivos, começam a notar ainda mais o seu trabalho. Ser reconhecido pelo seu empenho é muito bom!
PIMENTA – Ao longo dos seus 10 anos de carreira, quais os maiores desafios ao viver da arte?
AMAURIH – Todos nós sabemos que não é nada fácil administrar os altos e baixos da profissão. O que a gente tem que ter é coragem para arriscar e, de alguma forma, descobrir o caminho mais leve, mais tranquilo.

______________Amaurih Oliveira vivendo André no musical Éramos Gays -  foto Diney Araújo

A avaliação da arte é algo muito subjetivo. Às vezes, você se prepara bem para um teste, sabe que seu desempenho foi bom, mas o avaliador não simpatizou tanto com você

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PIMENTA – E o fator sorte existe para dar certo no meio artístico?
AMAURIH – Existe. A avaliação da arte é algo muito subjetivo. Às vezes, você se prepara bem para um teste, sabe que seu desempenho foi bom, mas o avaliador não simpatizou tanto com você.
PIMENTA – O que a mudança para Salvador acrescentou em sua vida?
AMAURIH – Minha vinda para Salvador me ajudou a enxergar a carreira de uma forma mais profissional, mais exigente. Não sou perfeccionista, mas  a gente tem que saber o que quer. Os desafios são muitos e eles sempre existirão.

______________Vida de Galileu do Teatro Popular de Ilhéus - foto Anabel Mascarenhas

Desde criança, com sete, oito anos de idade, eu sabia que queria ser ator. Inventava brincadeiras fantásticas, ora imitava um cantor de axé, uma loucura gostosa.

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PIMENTA – A formação acadêmica foi decisiva para sua carreira?
AMAURIH – Não precisa fazer faculdade de Teatro para ser ator. Eu escolhi fazer por uma questão de vivência prática. A universidade nos dá um suporte de aprendizado legal. Desde criança, com sete, oito anos de idade, eu sabia que queria ser ator. Inventava brincadeiras fantásticas, ora imitava um cantor de axé, uma loucura gostosa. Aos 15 anos, estreei na minha primeira peça. A graduação foi importante para eu ter contato com os mestres da UFBA, o que é necessário a partir do momento que você está aberto ao aprendizado.
PIMENTA – Qual trabalho julga o mais importante na sua carreira?
AMAURIH – Nós aprendemos com todos os trabalhos que fazemos. O artista se constrói com muito suor, é difícil escolher um. Ter produzido com o Teatro Popular de Ilhéus, com o Bando de Teatro Olodum, ter vivido três anos de prática contínua na universidade e de sobra vivenciar gostosas participações na TV, fazem de mim um homem grato. Julgo todas as experiências importantes.
PIMENTA – Como encara a repercussão da cena tórrida que fez com Patrícia Pillar, na minissérie Amores Roubados?
AMAURIH – Foi incrível. O mais interessante é perceber que nós, atores negros, podemos ser vistos na TV fazendo não só empregados domésticos, escravos ou ladrões. Eu tive a oportunidade de reencontrar a Patrícia Pillar logo depois que a cena foi ao ar.

______________Amaurih e P Pillar

Foi uma cena muito difícil para nós dois. Mas, graças ao desempenho de toda equipe, modéstia à parte, ficou bem feita.

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PIMENTA – E como foi esse reencontro?
AMAURIH – Ela ficou empolgadíssima com a repercussão. Foi uma cena muito difícil para nós dois. Mas, graças ao desempenho de toda equipe, modéstia à parte, ficou bem feita.
PIMENTA – Depois de ingressar nesse novo universo, como é a relação com Ilhéus e suas origens?
AMAURIH – Costumo dizer que Salvador me dá régua e compasso. Ilhéus é o meu ninho, sempre vou querer o melhor para nossa cidade, para minha família, meus amigos queridos e os colegas do Teatro Popular de Ilhéus.
PIMENTA – Como a vivência no Teatro Popular de Ilhéus te influenciou?
AMAURIH – Esse grupo é massa! Guardo boas lembranças dos tempos do espetáculo “Vida de Galileu”, do “Auto do Boi da Cara Preta”… Nossa, vivi tanta coisa boa com eles! Parafraseando Márcio Meirelles, diretor do Bando de Teatro Olodum, o TPI é um grupo que se faz necessário e essencial. Eu não sei o que seria da nossa região e da minha história sem eles. Quem ainda não viu o trabalho do grupo, tem a obrigação de conhecer. O que estão fazendo lá na Tenda é incrível!

Amaurih Oliveira no Auto do Boi da Cara Preta, da Cia. Boi da Cara Preta - foto Felipe de Paula______________

Precisamos que o poder público e toda a sociedade respeitem mais o trabalho dos nossos artistas e procurem investir com dignidade. Temos atores, cantores, bailarinos de qualidade.

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PIMENTA – O que falta em Ilhéus e na região para o fortalecimento das artes cênicas?
AMAURIH – Precisamos que o poder público e toda a sociedade respeitem mais o trabalho dos nossos artistas e procurem investir com dignidade. Temos atores, cantores, bailarinos de qualidade. Os profissionais querem muito produzir mas, de um modo geral, não se facilita nada. Não tem apoio, não tem investidores, é uma crise que vem desde antes da vassoura-de-bruxa. Espero que a mentalidade mude. Torço muito para que as coisas melhorem em nossa região.

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(Foto Karoline Vital).
Espetáculo revela o grande talento de artistas sul-baianos (Foto Karoline Vital).

O musical infantojuvenil Auto do Boi da Cara Preta está em cartaz na Tenda do Teatro Popular de Ilhéus, na Avenida Soares Lopes,  hoje e amanhã (dias 18 e 19), sempre a partir das 19 horas. O ingresso custa R$ 20,00 a inteira e R$ 10,00 para estudantes, idosos e sócios do Cartão TPI.

O musical tem texto de Romualdo Lisboa e direção musical de Elielton Cabeça, além de Tânia Barbosa na direção geral, que deu nova roupagem ao espetáculo a partir de novembro do ano passado.

O espetáculo narra as aventuras do vaqueiro Mateus para tentar agradar sua mulher Catarina, que está grávida e desejando a língua do boi do austero coronel Firmino. Para alcançar seu objetivo, acaba encontrando diversas figuras do universo nordestino. É espetáculo para todas as idades.

SERVIÇO
Auto do Boi da Cara Preta
Quando: Dias 18 e 19
Horário: 19h
Ingresso: R$ 20 inteira e R$ 10,00 para estudantes
e idosos e sócio do Cartão TPI
Local: Tenda do TPI, na Avenida Soares Lopes

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Auto do Boi da Cara Preta fica em cartaz até sábado na Tenda do TPI (Foto Karoline Vital).
Auto do Boi da Cara Preta fica em cartaz até sábado na Tenda do TPI (Foto Karoline Vital).

As comemorações pelos 18 anos do Teatro Popular de Ilhéus (TPI) têm hoje, amanhã e sábado (8 a 10) o musical infanto-juvenil Auto do Boi da Cara Preta. O espetáculo será encenado na Tenda do TPI, na Avenida Soares Lopes, sempre às 20 horas. A entrada custa R$ 20,00 e R$ 10,00 (meia) e pode ser paga com cartão de crédito ou débito.

O espetáculo musical estreou em 2007 e ganhou nova roupagem, no final do ano passado, com a inclusão de mais personagens e canções. A inspiração para o Auto do Boi… é o bumba meu boi de seu Oreco, de Urucutuca. A histórica escrita pelo ator Romualdo Lisboa traz cantigas das lavadeiras, o aboio dos vaqueiros, o xaxado e o coco se misturam ao rock e ao blues, sob a direção musical de Elielton Cabeça. O espetáculo traz as desventuras de um homem para satisfazer os desejos da esposa, que está grávida.

Tânia Barbosa, diretora geral, diz que o Auto do Boi da Cara Preta é uma celebração da cultura popular que agrada todas as idades. “A montagem uma homenagem às tradições, mostrando ao público jovem como os pais, avós e bisavós se divertiam. E os mais velhos podem matar a saudade dos folguedos que participavam”.

SERVIÇO
Auto do Boi da Cara Preta
Onde: Tenda do TPI (Soares Lopes)
Quando: Dias 8, 9 e 10, às 20 horas
Quanto: R$ 20,00 e R$ 10,00 (meia)
Pagamento em cartão de crédito ou débito