Título de reconhecimento da profissão tradicional venceu em 2015 || Antônio Cruz/Agência Brasil
Tempo de leitura: 2 minutos

No tabuleiro de Dulcemary, a receita segue à risca a tradição secular, passada de geração em geração. Há 29 anos, é toda caracterizada que ela sobrevive da venda dos quitutes regionais. Além da pimenta, o amor à profissão dá o toque final. “Nosso trabalho, nossa profissão, tem história, tem cultura, tem um legado”.

Por onde se anda no centro histórico de Salvador, lá estão elas. Representantes da identidade baiana, fazendo o que sabem fazer de melhor: o quitute, que é símbolo da cultura afro há mais de 300 anos. A baiana de acarajé Sueli Conceição Tavares tem orgulho do que faz. “Para mim, ser baiana foi a coisa mais feliz da minha vida”.

Esse ofício é considerado patrimônio cultural do Brasil desde 2005. Mas, neste momento, o título é ameaçado em virtude de alterações no perfil das profissionais do tabuleiro. Ele é renovado a cada dez anos, mas venceu em 2015. A presidente da Associação Baianas de Acarajé (Aban), Rita Santos, explica que a luta agora é ter o título renovado, em meio às mudanças.

Leia Mais

Tempo de leitura: 2 minutos

Baianas em protesto contra proibição da Fifa (Foto Leonardo Santana).
Baianas em protesto contra proibição da Fifa (Foto Leonardo Santana).

Pesquisa feita pelo Instituto Potencial revela que 72,9% dos torcedores se posicionaram contra a proibição da venda de acarajé na Arena Fonte Nova, em Salvador. O comitê organizador da Copa 2014 e a Fifa estudam vetar a comercialização do quitute no estádio, embora as baianas sejam reconhecidas como patrimônio imaterial.
A pesquisa foi feita com torcedores que compareceram ao estádio no último domingo, 7, quando a Arena Fonte Nova foi reaberta com shows musicais e o jogo Bahia 1×5 Vitória. Ainda de acordo com o levantamento da Potencial, apenas 15,2% dos torcedores concordam com a eventual proibição.
53,6% SÃO FAVORÁVEIS À VENDA DE BEBIDA
A pesquisa da Potencial também apurou que 53,6% dos torcedores são favoráveis à venda de bebida alcoólica no estádio baiano que abrigará jogos da Copa das Confederações 2013 e Copa do Mundo 2014. 38,9% dos torcedores se revelaram contra a venda de bebida alcoólica na praça esportiva.
O levantamento também aferiu se o soteropolitano se adaptará às normas da arena. Para 45,39%, os torcedores da capital baiana terão dificuldade de adaptação, enquanto a maioria – 52,37% – acredita no contrário.
Na inauguração, 21 assentos foram destruídos por vândalos, já devidamente identificados pela administração da arena. O estádio recebeu quase 700 milhões de reais em investimentos e foi o primeiro totalmente reconstruído a ser entregue para as duas competições da Fifa.
A pesquisa ouviu 401 torcedores, sendo 49,4% do Bahia e 42,4% do Vitória.