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Do Bahia Notícias
O presidente do Esporte Clube Bahia, Marcelo Guimarães Filho, voltou a ser notícia nacional nesta sexta-feira (1º). Uma das maiores revistas do segmento no Brasil, a Placar, da Editora Abril, trouxe às bancas de todo o país uma reportagem especial sobre o comportamento do cartola na redes sociais: “O rei da baixaria”, intitulou a publicação, ao listar a maneira, considerada agressiva, do dirigente contra os torcedores do Esquadrão de Aço e contra as arbitragens dos campeonatos que o clube disputa.
“Costumeiramente sem filtro, Marcelo Filho reage de maneira grosseira às críticas de torcedores e dispara xingamentos”, diz a Placar. Entre os palavrões deferidos no Twitter, Instagram e Facebook, a revista destaca o “vá tomar no c*!”, tuitado por MGF após um torcedor criticar a venda do meia Gabriel ao Flamengo.
Outro “print” dado pela Placar foi quando um torcedor tricolor, membro do grupo de oposição da atual diretoria perguntou via Twitter: “Onde está o dinheiro da Globo? Na sua Mercedez zero?”, questinou. E a resposta de MGF em sua página oficial foi: “Vc é v**** e sua mãe é p***. Sua mulher eu comi. Conheço o v**** do seu filho”, disparou. Já no Instagram, o dirigente tricolor soltou um “f***-se” para todos os torcedores do E.C. Bahia insatisfeitos com o atual desempenho do clube e que “falam mal dele”.
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Ricardo Ribeiro | ricardoribeiro@pimentanamuqueca.com.br
 

Receio dizer que sou contra o projeto de lei estadual 19.203, da deputada Luiza Maia (PT).

 
Já escrevi alguns artigos contra a baixaria generalizada, que intoxica ouvidos voluntários e involuntários na Bahia. Chamam de música, mas não passa de lixo irreciclável, produto sem classificação, feito para quem diz querer curtir apenas o ritmo, sem se importar com a letra, como explica uma adepta enquanto desce até o chão.
Tenho ojeriza a esse detrito cultural que domina há alguns anos o carnaval da Bahia e é tocado em bares, micaretas, festa de largo, quermesse e até em aniversário de criança. É de pasmar ver menininhas inocentes a destrinchar coreografias obscenas, ao som de “Foge, foge, Mulher Maravilha”, “Só as cachorras” ou outra porcaria aviltante do mesmo naipe.
A deputada estadual Luiza Maia (PT), autora de projeto de lei que propõe a vedação de recursos públicos para o patrocínio de eventos onde se promove o culto à baixaria,  já falou que não quer censura. Ela não perdeu a chance de avisar que também é pagodeira, mas pouco adianta. Certamente, a turma acha atrasado e reacionário esse povo metido a besta para quem música de duplo sentido era, no máximo, um “Pagode Russo” (aquela que dizia que “na dança do cossaco, não fica cossaco fora”). Daquela brincadeira maliciosa do velho Lua, a coisa degringolou e não dá para chamar de arte ou qualquer coisa semelhante as melodias pobres que se conjugam com um fraseado chulo, apelativo e sem inspiração.
Ainda assim, receio dizer que sou contra o projeto de lei estadual 19.203, da deputada Luiza Maia (PT). As intenções da parlamentar podem ser as melhores, mas a iniciativa não dará certo e já começou criando um paredão em defesa da fuleiragem.
Um causídico, com embasamento constitucional, afirma que a proposta da petista se traduz em censura prévia, o que é vedado pela lei maior. Produtores da submúsica também já se levantaram, num alto lá contra a deputada, que corre o risco de virar tema de alguma produção misógina das “criativas” bandas que ela pretende boicotar.
Como se vê, o projeto trouxe o lixo para o centro das atenções e os holofotes podem acabar até fazendo bem para a indústria do detrito cultural. Pior ainda é que a intenção da deputada acabe criando em torno de tais “músicas” uma aura de coisa proibida, estimulando a curiosidade e levando muitos incautos a experimentar a droga.
Ops, o assunto era outro. Ou não?
Ricardo Ribeiro é um dos blogueiros do PIMENTA.