Segundo a Polícia Civil, morador de Ilhéus tentou vender a bicicleta por R$ 2,7 mil
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Investigadores da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR) recuperaram, nesta quinta-feira (27), uma bicicleta Gios 4 Freaks, de cor branca, roubada no dia 13 de março, na rodovia BR-330, perto da Barragem do Cajueiro, em Jequié.

De acordo com o titular da unidade policial de Jequié, delegado Ivan Rodrigues Lessa, o veículo de passeio foi anunciado num grupo de vendas de uma rede social. “O anunciante, que reside na cidade de Ilhéus, tentou vender o objeto pelo valor de R$ 2.700,00”, acrescentou.

A bicicleta recuperada foi apresentada na DRFR/Ilhéus, onde o homem prestou depoimento e foi liberado. Ele disse à ao delegado que recebeu a bicicleta como pagamento por serviço prestado em Ubatã, município localizado a 84 quilômetros de Jequié.

A Polícia Civil investiga a autoria e as circunstâncias do roubo.

Uso de bicicleta aumentou durante a pandemia || Foto Marcello Casal Jr./ABr
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Pesquisa do Datafolha revelou que 38% dos brasileiros que não têm veículo próprio acreditam que a bicicleta é o meio mais seguro para se locomover durante a pandemia de covid-19, seguida por aplicativos de viagem (35%) e táxi (9%). Já o transporte público coletivo atingiu apenas 4% de preferência na opinião dos entrevistados.

Para os brasileiros, os critérios mais importantes para escolher o meio de transporte durante a pandemia são grau de aglomeração (29%), a segurança que o transporte oferece (20%) e, empatados com 14%, a facilidade de acesso ao meio e o risco de contaminação.

Em relação à preferência pelos aplicativos de mobilidade, o levantamento mostra que 61% dos brasileiros acreditam que esse hábito vai aumentar, enquanto 10% acreditam que deve ficar igual e 29% acreditam que o serviço deve diminuir. Na região metropolitana, os números revelam uma tendência ainda maior para o aumento do hábito, com 66%.

Quando perguntado qual o grau de importância de ações para prevenir o contágio da covid-19 no uso dos aplicativos, o uso de máscaras pelo motorista e usuário ficou em primeiro lugar, sendo citada por 79% dos entrevistados. O fato do carro ter sido higienizado por uma empresa especializada ficou em segundo (74%) e a disponibilidade de álcool em gel para motoristas e usuários em terceiro (71%).

ENTREGAS

A pesquisa, encomendada pela Uber, revelou ainda aumento no uso de aplicativos de entrega. De acordo com o levantamento, somente 47% da população havia utilizado um aplicativo de entrega antes da pandemia, enquanto o número de pessoas que fez um pedido durante a pandemia foi 72%. Na Região Metropolitana de São Paulo, o número de pessoas que já havia utilizado algum tipo de aplicativo de entrega foi maior que a média nacional, com 59%, e o número de pessoas que fez algum tipo de pedido na pandemia foi de 76%.

Entre os brasileiros que usaram o aplicativo de entrega na pandemia, 76% revelaram ter aumentado a frequência no uso desses aplicativos. Na região, o índice de pessoas que aumentou o uso chegou a 73%.

Os motivos que levaram a essa mudança foram detalhados pela pesquisa: risco de contaminação, apontado por 59% dos entrevistados, e praticidade do serviço, com 43%, foram os fatores mais importantes para os usuários considerarem o uso desse tipo de aplicativo durante a pandemia.

A pesquisa ouviu 3.271 pessoas acima de 16 anos entre 16 de setembro e 7 de outubro de 2020 em todas as regiões do país.

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Campanha alerta para uso seguro da bicicleta no país || Foto Wilson Dias/AB

Da Agência Brasil

A Campanha Bicicleta Segura, da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (Sbot), chama a atenção para o Dia do Ciclista, comemorado nesta segunda-feira (19). O presidente da Sbot, Moisés Cohen, disse que a campanha visa a orientar as pessoas na prevenção de lesões em acidentes envolvendo bicicletas. Somente no ano passado, 11.741 brasileiros foram internados por envolvimento em acidentes com bicicleta, gerando custo superior a R$ 14 milhões ao Sistema Único de Saúde (SUS), informou Cohen. A campanha será desenvolvida até o fim deste mês.

Ele lembrou que aumentou muito a prática do ciclismo nas grandes cidades, motivada pelo baixo custo, a  rapidez, praticidade, saúde e preocupação ambiental. Por outro lado, pelo fato de as cidades, em sua maioria, não terem estrutura para o ciclismo e também porque as pessoas não têm orientações para entender a bicicleta como um esporte, a atividade pode acabar trazendo problemas. O ciclista “deve estar paramentado, ou seja, com capacete, que é algo fundamental, e obedecer às regras”, disse o ortopedista.

“Acho que essa orientação, essa conscientização é importante, baseada no aumento das lesões que os ortopedistas têm encontrado”. Um trauma no crânio, como resultado de uma queda de bicicleta, por exemplo, pode representar risco para o ciclista. Moisés Cohen informou que as fraturas mais comuns quando o ciclista cai da bike são da clavícula, na região do ombro. “A articulação do ombro é aquela que é mais comprometida nas quedas. E a Sbot vive alertando para isso”.

Para evitar que fraturas e outras lesões aconteçam, a entidade recomenda que os ciclistas se protejam, tomem cuidado e andem em lugares adequados, com bicicletas também adequadas. “Acho que essa é uma campanha importante para a conscientização da população”, reforçou. A campanha é online e cada regional da Sbot tem liberdade para divulgá-la da forma que preferir.

Cohen alertou que não há no Brasil dados referentes a ciclistas que ficaram com sequelas irreparáveis e que, “muito provavelmente”, incluem traumas na cabeça, coluna, pernas e braços, que resultaram em afastamento do trabalho, perda da capacidade de realizar tarefas simples do dia a dia e, até mesmo, pedalar.

Segundo a Sbot, a cada dois dias, pelo menos um ciclista internado em hospital público de São Paulo morre vítima de acidente de trânsito. As principais causas de acidentes são embriaguez de motoristas de automóvel, desrespeito às leis de trânsito e bicicletas no mesmo espaço que outros veículos.

MOTORISTAS

A campanha não se prende apenas ao ciclista. O presidente da Sbot ressaltou que, indiretamente, a campanha é mais importante para o motorista de automóveis, ônibus e caminhões, porque os acidentes graves que ocorrem nas cidades são principalmente causados por esses condutores de veículos. Os acidentes são de grande monta e, geralmente, ocorrem à noite, vitimando em especial ciclistas que pedalam em grupo. “Você tem os dois lados: o lado da queda casual e o lado dos acidentes que trazem, geralmente, consequências muito mais sérias”.

A campanha visa a estimular a população a agir com cidadania e segurança. Entre as recomendações feitas pela Sbot aos ciclistas estão o respeito às leis de trânsito; o uso das ciclovias; o cuidado ao passar por carros estacionados; a circulação sempre do lado direito da via, próximo ao meio-fio e no mesmo sentido dos veículos. Além disso, respeito, atenção e prevenção são palavras-chave para quem usa a bicicleta diariamente, lembra a entidade.

As dicas de segurança incluem equipamentos (usar sempre capacete, luvas e óculos); iluminação (usar sempre luz branca na frente e vermelha atrás); velocidade (andar em uma velocidade compatível à via); não ultrapassar o sinal vermelho; usar sempre calçados fechados para pedalar; e seguir a orientação ergonômica para evitar possíveis problemas no joelho.

DIA DO CICLISTA

O Dia do Ciclista é celebrado em 19 de agosto e homenageia o biólogo Pedro Davison, que morreu atropelado em 2006, em Brasília, aos 25 anos de idade, enquanto pedalava no Eixão Sul, via expressa da capital federal, que é fechada ao tráfego de veículos aos domingos para se transformar em área de lazer. A data entrou no calendário oficial do país. Sua aprovação tem o objetivo de estimular o uso da bicicleta, a cidadania e a mobilidade sustentável e plural, além de criar novas oportunidades para promover a educação para a paz no trânsito.

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bicicletaGésio Passos | Agência Brasil

O Dia Mundial sem Carro, celebrado nesta terça-feira (22), repercute o debate sobre mobilidade urbana que atinge a população de diversas regiões do Brasil. Com a opção massiva pelo automóvel, o trânsito nas grandes cidades ultrapassa os limites para locomoção, e o transporte por meio de bicicletas passa a figurar como bandeira de grupos que defendem o direito de ir e vir.

Para Renata Florentino, coordenadora da organização não governamental Rodas da Paz, é necessário repensar o desenho urbano para buscar cidades mais humanizadas. Nesse contexto, a destinação do espaço viário para bicicletas seria fundamental para a democratização das vias públicas e o desenvolvimento de um transporte sustentável.

Diante das necessidades, o uso da bicicleta é visto não apenas como recreação, mas como opção de locomoção. O movimento para fortalecer a bicicleta como alternativa, por sua vez, começa, na maioria das vezes, com a simples organização de grupos de “pedal” para incentivar a prática.

O Pedala Manaus, na capital do Amazonas, é uma dessas iniciativas que, a princípio, tinha o objetivo de reunir amigos. A ideia cresceu e acabou se transformando em um centro de promoção da bicicleta como meio de transporte. Claudia Oliveira, uma das coordenadoras do grupo, afirma que o “grupo ainda promove passeios noturnos, mas também realiza atividades educativas e interlocução com o poder público”.

HISTÓRIA

A organização dos grupos de ciclistas foi inspirada em passeios de bicicletas conhecidos como “critical mass”, “massa crítica” na tradução livre ou, como ficaram conhecidas, as “bicicletadas”. Lançado nos Estados Unidos, na década 1990, e em expansão no Brasil na década de 2000, o movimento busca um novo modelo de cidades baseado nas pessoas e não em carros.

A conscientização da população refletiu na elaboração de políticas públicas voltadas para a mudança no trânsito. Renata Florentino aponta que a própria legislação obrigou as cidades a se organizarem por meio de Planos Diretores de Mobilidade Urbana. “Hoje existe até uma disputa entre cidades para ver qual faz mais ciclovias”, destaca a ativista.

A coordenadora do Pedala Manaus, Cláudia Oliveira, acredita que a criação de infraestrutura viária vem resultando no aumento da demanda do uso da bicicleta. Já Renata Florentino, lembra que ainda é preciso avançar na construção de ciclofaixas, ciclovias e favorecer a moderação do tráfego, com a diminuição dos limites de velocidades nas vias, como o que está ocorrendo em São Paulo.

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Ciclovias estimulam pessoas a aderir a modalidade de transporte (Foto Marcelo Camargo/A. Brasil).
Ciclovias estimulam pessoas a aderir a modalidade de transporte (Foto Marcelo Camargo/A. Brasil).

A recente instalação da malha cicloviária na capital paulista pode ter elevado consideravelmente o número de ciclistas na cidade. É o que aponta pesquisa Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo (Ciclocidade), realizada em parceria com a ONG Transporte Ativo, Observatório das Metrópoles, e com apoio do banco Itaú.

O levantamento, que será lançado na íntegra na noite de hoje (21), mostra que cerca 40% dos ciclistas da cidade começaram a pedalar há menos de um ano; 29% dos entrevistados pedalam há mais de cinco anos, enquanto 19% há menos de 6 meses.

A pesquisa mostra também que 70% dos ciclistas usam a bicicleta pelo menos cinco vezes por semana; 62% afirmaram pedalar mais de cinco quilômetros no principal deslocamento feito por bicicleta no dia, e 50% dos entrevistados sugeriram a implantação de mais vias exclusivas para ciclistas na cidade. Já entre os entrevistados que disseram nunca usar ciclovias em suas viagens, 80% estão na periferia.

Com relação à renda, cerca de 40% dos ciclistas da capital paulista disseram ganhar entre zero e dois salários-mínimos (R$ 1.576). Aproximadamente 40% dos ciclistas têm entre 25 e 34 anos. Ciclistas entre 35 a 44 anos compõem a segunda faixa etária mais presente, com cerca de 27%.

Para a fazer a pesquisa foram aplicados 1.804 questionários in loco, entre 10 e 28 de agosto de 2015. Os entrevistados eram pessoas que estavam andando de bicicleta, abordadas em todas as regiões da cidade, em vias contempladas por ciclovias ou ciclofaixas e em ruas ainda sem infraestrutura, mas usadas com frequência por ciclistas.

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Professor Eduardo Luedy circula em Salvador de bicicleta (Foto Almiro Lopes/Correio).
Professor Eduardo Luedy circula em Salvador de bicicleta (Foto Almiro Lopes/Correio).

Naiana Ribeiro || Correio da Bahia

O uso de bicicletas pelos funcionários pode trazer benefícios para as empresas. O aumento da qualidade de vida e na saúde dos trabalhadores se reflete no ambiente de trabalho, tornando-o mais agradável e produtivo. Ao mesmo tempo, as empresas têm custos menores com planos de saúde e com o absenteísmo dos colaboradores. 

Outra dica: uma estrutura básica para pendurar uma bike custa de R$ 30 a R$ 100. Enquanto isso, para construir um novo estacionamento na área central da cidade gasta-se, em média, R$ 50 mil por vaga. No mesmo espaço utilizado por um carro cabem até 12 bicicletas.

Alguns destes dados fazem parte do Manual De Bicicleta para o Trabalho, lançado hoje no II Fórum Salvador Vai de Bike, na Casa do Comércio, Av. Tancredo Neves. Com o tema As Empresas, a Bicicleta e a Cidade, o evento terá como foco o setor empresarial.

“Queremos sensibilizar as empresas a estimular os empregados a usar mais bicicletas e menos carros e ônibus. Estas podem agir diretamente, através de incentivo e implementação de ações com seus  funcionários”, explicou o secretário de projetos especiais da prefeitura, Isaac Edignton.

ECONOMIA

o professor de Arte e Educação e de Música da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), Eduardo Luedy,  48 anos, trocou o carro velho pela bike. O motivo inicial para a troca foi dinheiro.

Ao invés dos R$ 1 mil que gastava por mês, a bicicleta lhe consome, hoje, menos de R$ 20. Além de sempre andar pela cidade com a sua ‘queridinha’, Luedy pedala dez quilômetros do Corredor da Vitória, onde mora, até a região do Iguatemi, onde pega um ônibus fornecido pela Uefs para ir ao trabalho.

Leia matéria na íntegra no Correio