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Mulher de Clésio Andrade é ligada a Aécio Neves e preside TCE-MG (Divulgação).
Mulher de Clésio Andrade, ligada a Aécio, preside tribunal (Divulgação).

Após a presidente Dilma Rousseff (PT) criticar em embate televisivo sobre o investimento do governo de Minas Gerais na saúde, relatórios técnicos do Tribunal de contas de Minas Gerais (TCE) sobre as contas do Estado foram retiradas do ar nesta quarta-feira (15).
Os documentos foram um recurso da candidata à reeleição para provar que o investimento mínimo constitucional para a pasta (12% da receita estadual) não foi cumprido pelo candidato a presidente e ex-governador de Minas, Aécio Neves. Ela chegou a pedir, no debate da TV Band nesta terça-feira (14) que eleitores verificassem no site para confirmar o resultado. Ainda foi afirmado pela petista que houve um desvio de R$ 7,6 bilhões.
Logo após a declaração da presidente, o site saiu do ar pelo grande número de acessos, segundo versão do próprio tribunal. Ao voltar, os pareceres técnicos citados por Dilma, correspondentes ao período entre 2006 e 2012, não estavam mais disponíveis.
O órgão não confirmou a exclusão de documentos da gestão tucana e publicitou, pouco tempo depois, que todas as contas do governo Aécio Neves (2003-2010) foram aprovadas. O ex-governador sempre contou com apoio político dos conselheiros do TCE.
A atual presidente do órgão, Adriene Andrade, foi indicada conselheira por Aécio Neves e é mulher do ex-senador Clésio Andrade (PMDB), réu do mensalão tucano. As informações são da Folha de São Paulo.

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Valéria Ettinger1Valéria Ettinger | lelamettinger@gmail.com

Tenho me deparado com as mais absurdas tentativas de minar o trabalho do professor: salários insuficientes, desrespeito, culpa por baixos resultados e  índices de avaliação, cobranças sem medidas, gerando uma gama de doenças emocionais, sem falar na ausência de segurança no trabalho.

Sempre ouvi dizer que ninguém nasce sabendo e que o ser humano é um livro de páginas em branco as quis, ao longo da vida, vão sendo escritas. Uma parte dessas páginas será redigida pela carga cultural e hereditária que carregamos, por serem estas as responsáveis pela formação e transformação da nossa identidade.
A cultura é a premissa básica que estabelece a maneira como pensamos e enxergamos a realidade que nos circunda. Nessa trajetória de aprendizado a família é o nosso primeiro núcleo do conhecimento, porque através dela iniciamos a construção dos nossos primeiros saberes, dos nossos valores e definimos os nossos primeiros padrões de comportamento.
Essas interpretações e identificações que delineiam a nossa forma de pensar e agir não são estanques, pois, ao longo de nossas vidas, irão sofrer mutações decorrentes das influências dos novos núcleos de conhecimento que acessamos, tais como a Escola.
Na escola, nos deparamos com uma figura fundamental para nossa formação intelectual e moral que é o Professor. Sem ele, o aprendizado não acontece, sem ele não construímos nossas identificações sociais e ideológicas, sem ele, jamais saberemos que caminho seguir e trilhar em nossas vidas.
Ser professor não é possuir a verdade absoluta, mas ter a capacidade de enxergar as diversas habilidades de orientar, com disciplina, sem ser autoritário, o seu discípulo para a vida. Não uma vida que se resume no aprendizado das letras, dos números ou da história, mas uma vida na qual o aprendiz possa enxergar suas múltiplas inteligências e ter a capacidade de construir suas próprias ideias e verdades, não ser um mero reprodutor dos saberes alheios.
Tive professores de diversas formas, uns mais autoritários, uns mais herméticos, uns mais brincalhões e uns mais afetivos, que deixaram suas marcas na minha formação e a todos eles deposito meu respeito e gratidão por todo um legado.
Mas, analisando a nossa história, observo que a figura do professor, ainda, não é valorizada em sua inteireza. Não falo só no componente financeiro, esse tão combatido pela classe, mas também no reconhecer o trabalho, no potencializar o professor das ferramentas necessárias para ser o que ele gostaria de ser, na importância desse ofício na formação de um povo e dos indivíduos.
Tenho me deparado com as mais absurdas tentativas de minar o trabalho do professor: salários insuficientes, desrespeito, culpa por baixos resultados e  índices de avaliação, cobranças sem medidas, gerando uma gama de doenças emocionais, sem falar na ausência de segurança no trabalho.
Com esse quadro, me pergunto: o que seria do homem sem o professor? O que seria do planeta e das sociedades futuras sem o professor, principalmente aqueles versados na pesquisa? O que ocorreria com as nossas crianças sem o professor? Como potencializar gerações futuras a terem uma boa educação se o instrumento que promove o aprendizado é renegado a condições de trabalho escravo?
Às vezes, me pergunto se a falta de reconhecimento do ofício vem de um histórico social de que a função professor era, no início, desempenhada por mulheres, ou até mesmo porque as pessoas, para serem bem-sucedidas, não precisavam ser letradas. O motivo pouco importa. O que de fato precisamos é mudar essa cultura de marginalização e desvalorização do professor para que eles possam retomar o entusiasmo e o amor pela profissão.
Parabéns a todos os professores que estão na trincheira, lutando por uma Educação de qualidade.
Valéria Ettinger é professora extensionista.

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05112010-arquivoalunos1Entrar em sala de aula com crianças e adolescentes e um currículo para cumprir é uma atividade repleta de prazer e também de desafios. No Dia do Professor, comemorado hoje (15), docentes que estão há pouco tempo na sala de aula conversaram com a Agência Brasil sobre o dia a dia em escolas públicas e particulares, as dificuldades com estrutura, materiais didáticos e em prender a atenção dos alunos. Eles falaram também sobre a importância do diálogo e do respeito entre professores e estudantes. Apesar das dificuldades, lecionar é um sonho realizado para muitos deles.
Pesquisa Internacional sobre Ensino e Aprendizagem (Talis), da Organização para a Cooperação (OCDE), divulgada este ano, mostrou que são muitos os desafios a serem vencidos pelos professores do ensino básico. Quase 90% dos professores brasileiros acreditam que a profissão não é valorizada na sociedade. Mesmo assim, a maioria (87%) sente-se realizada com o trabalho. Também,  segundo a pesquisa, 20% do tempo em sala de aula são usados para controlar o comportamento dos alunos.
A formação é fator relevante quando se fala da carreira de professor. Os dados do Censo da Educação Superior mostram que, em 2013, os formandos em licenciaturas foram 201.353. O número vem caindo desde 2011, quando foram registrados 238.107 concluintes no grau acadêmico. Em 2012, foram 223.892. O número era 145.859 em 2003 e atingiu o pico dos últimos dez anos em 2009, com 241.536 concluintes em licenciaturas.
Pelo Plano Nacional de Educação (PNE), que estabelece metas a serem cumpridas no setor em dez anos, até 2024, todos os professores do 6º ano do ensino fundamental ao 3º ano do ensino médio devem ter licenciatura na área em que atuam. Esse percentual está em 32,8% nos anos finais do ensino fundamental e em 48,3% no ensino médio, segundo dados do Observatório do PNE, que reúne informações sobre cada meta e estratégia do plano.
O Ministério da Educação tem incentivado a formação dos professores com ações como o Programa de Consolidação das Licenciaturas (Prodocência), que oferece apoio financeiro a projetos pedagógicos inovadores que contribuam para melhorar os cursos de formação de professores da educação básica. Outra iniciativa é o Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (Parfor), desenvolvido em parceria com instituições de educação superior e secretarias de Educação dos estados e municípios, que estimula as licenciaturas.

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Dilma e Aécio se enfrentaram no primeiro debate do 2º turno (Foto Site Band)
Dilma e Aécio se enfrentaram no primeiro debate do 2º turno (Foto Site Band)

Da Redação
A Band promoveu um dos mais tensos debates presidenciais da história. Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) confrontaram-se por mais de 1h20min. Corrupção, violência contra a mulher, Petrobras, programas sociais, economia e nepotismo foram assuntos mais presentes no debate.
O momento mais tenso ocorreu no terceiro bloco, quando Dilma Rousseff perguntou a Aécio as suas políticas de combate à violência contra a mulher. O tucano, sempre irônico até ali, mudou a fisionomia e abrandou mais a voz em quase todo o bloco. Recuperou-se no seguinte.
No questionamento sobre ações de proteção à mulher, ficou implícita mensagem de Dilma para Aécio, acusado de agredir a sua acompanhante, em 2009, com um empurrão e um tapa em evento da Calvin Klein, no Hotel Fasano, no Rio de Janeiro.
A história da agressão é contada pelo jornalista Juca Kfouri, da Folha de São Paulo e do portal Uol. A assessoria do candidato desmentiu a agressão à época, mas Kfouri disse que manteria a notícia (relembre aqui). À época, Aécio era governador de Minas Gerais.
Outros assuntos incômodos foram o Aeroporto de Cláudio (MG), construído em terras de um tio de Aécio e o emprego de famílias do candidato no governo mineiro. Aécio acusou a adversária de ser “leviana”.
CORRUPÇÃO
Dilma Rousseff abusou do tema Pronatec e foi “prensada” por Aécio em temas como a corrupção na Petrobras. O tucano repetiu gesto de debates anteriores e sacou da cartola uma ata da demissão de Paulo Roberto Costa da Petrobras, homem que terá que devolver mais de 25 milhões de dólares aos cofres públicos, dinheiro desviado da companhia petrolífera. Dilma defendeu-se dizendo que Costa foi demitido pelo seu governo, no início de 2012, e os fatos de corrupção vieram à tona dois anos depois.
O clima de tensão, aliás, permitiu à Band, segundo dados da própria emissora ficar por dois terços do tempo do debate na liderança da audiência em São Paulo. Os números, no entanto, não foram divulgados. A audiência é aferida por um instituto, o Ibope.
Dilma ainda retrucou afirmando que, diferentemente dos tempos petistas, os escândalos do período do Governo Fernando Henrique, do PSDB, não foram investigados. A presidente e candidata à reeleição teve desempenho titubeante nos blocos iniciais e melhorou a partir do terceiro bloco, quando citou os casos de nepotismo e a violência contra a mulher.

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marco wense1Marco Wense

A parcialidade da chamada “grande imprensa”, principalmente neste segundo turno, é lamentável.

A parcialidade da chamada “grande imprensa” com a disputa presidencial, deixando de lado a indispensável isenção na cobertura jornalística, é algo lamentável.
Concordo até que os meios de comunicação tenham sua preferência por uma determinada candidatura. Essa escolha, no entanto, não pode prejudicar e nem deturpar o noticiário político, sob pena de perda de credibilidade.
Quer apoiar uma candidatura, tudo bem. Mas faça editorialmente. O leitor ou telespectador tem o direito de mudar de canal ou não comprar o jornal que manifesta opinião contrária da sua.
Alguns “jornalões”, principalmente do eixo Rio-São Paulo, vêm tendo um comportamento deplorável na sucessão presidencial, distorcendo, escondendo os fatos e manipulando informações a favor do candidato Aécio Neves (PSDB).
Não se fala mais do mensalão tucano-mineiro, que foi o embrião do mensalão petista, nem do escândalo do metrô no governo Alckmin, que de acordo com o promotor responsável pelo caso, Marcelo Mendroni, envolveu bilhões de reais.
São dois escândalos que só serão lembrados depois da eleição, já que dizem respeito a Minas, terra do candidato Aécio Neves, e a São Paulo, onde o presidenciável teve uma boa votação no primeiro turno.
dilmaA presidente Dilma Rousseff, que busca legitimamente o segundo mandato, termina tendo razão quando diz que o PSDB gosta de jogar a sujeira para debaixo do tapete, alimentando a grande aliada dos criminosos engravatados, sem dúvida a impunidade.
Em relação à roubalheira na Petrobras, o governo da presidente Dilma fez o que tinha de ser feito. A eficiente e honrosa Polícia Federal prendeu os abutres do dinheiro público. Os larápios da coisa pública deveriam apodrecer na cadeia, sem dó, piedade e compaixão.
E as manchetes? É aí que o parcialismo se mostra escancarado. Um dos jornalões sapecou: “O PT foi o partido mais votado nas prisões de SP”. No Nordeste, os desinformados votam em Dilma. Em São Paulo, os ladrões.
Armínio Fraga, já anunciado por Aécio Neves como seu ministro da Fazenda, abriu a boca e disse: “O salário mínimo está muito alto no Brasil”.  Silêncio total. Nem uma manchetinha e, muito menos, qualquer comentário.
Se fosse Guido Mantega que dissesse tamanha prova de que tucano não gosta de trabalhador, os “jornalões” dariam a manchete no alto da primeira página e com letras graúdas: “O salário mínimo está muito alto no Brasil, diz Mantega”.
Concluo dizendo que a eleição presidencial de 2014 vai ficar na história política da República do Brasil como a que juntou toda a imprensa do Rio e de São Paulo contra uma candidatura. A chamada “grande imprensa”.
Só um “coração valente” para suportar toda essa perversa parcialidade.
Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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ricardo bikeRicardo Ribeiro | ricardo.ribeiro10@gmail.com
 

Não é por outra razão que hoje muitos dos que ascenderam votam na oposição, seja por comoções passageiras ou argumentos falaciosos de quem se apresenta como novo, mas esconde a receita velha dos compromissos com quem contesta exatamente a opção feita pelo atual governo.

 
Até os adversários não alienados reconhecem que o PT deixará um belo legado ao país. Tirar mais de 30 milhões de brasileiros da pobreza extrema foi a maior contribuição do partido, embora haja outras, que irão se desdobrar pelas próximas décadas. O investimento na ampliação do acesso ao ensino técnico e superior e a redução do déficit habitacional incluem-se nessa conta. Mas a legenda errou feio ao permitir a atrofia de sua formação política, e quem faz essa avaliação é um tal Luiz Inácio Lula da Silva.
Muita gente melhorou de vida, mas não faz a menor ideia de por que isso aconteceu. Uns atribuem à sorte, outros ao próprio esforço e há, é claro, um grupo expressivo que reconhece as políticas públicas desenvolvidas na última década como um forte indutor de seu progresso pessoal. Estes se enquadram naquela parcela que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, do PSDB, classifica preconceituosamente como “os desinformados dos grotões”.
O certo é que, ao priorizar a ascensão da turma do andar de baixo e fazer do Brasil um dos poucos países que conseguiram proteger o emprego em um cenário de crise, o governo adotou uma opção que nenhuma outra gestão tupiniquim admitiu antes.
A muitos, falta esse discernimento, bem como uma compreensão básica do que significa luta de classes. Não é por outra razão que hoje muitos dos que ascenderam votam na oposição, seja por comoções passageiras ou argumentos falaciosos de quem se apresenta como novo, mas esconde a receita velha dos compromissos com quem contesta exatamente a opção feita pelo atual governo.
É certo que boa parte do eleitorado acalenta um sentimento de mudança. De alguma forma, todos querem sempre mudar, até porque, vide Adam Smith, as necessidades humanas são infinitas e ilimitadas. Quem subiu de patamar na pirâmide social tem hoje outras demandas. Além de casa própria e comida na mesa, por que não almejar diversão, arte, o fim da corrupção, juros baixos e um iPhone 6?
O problema não é o natural e saudável desejo de mudar, mas a ingenuidade de apostar em um caminho já percorrido no passado, e que não deixou saudade. Infelizmente, pela falta de formação política e conhecimento da história, uma expressiva parcela do eleitorado pode cair na esparrela.
Um fato emblemático: o jovem que defende a refundação da Arena é aluno do Prouni. Quer mais?
Ricardo Ribeiro é advogado e blogueiro.

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fiocruzDa Agência Brasil
O africano da Guiné Souleymane Bah, de 47 anos, suspeito de infecção por ebola, está fazendo exames iniciais no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em Manguinhos, na zona norte do Rio de Janeiro. A unidade é um centro de referência escolhido pelo Ministério da Saúde para o tratamento de suspeitos da doença no Brasil. Sobre o estado de saúde do paciente, o ministério informou que “até o início da noite de ontem, estava subfebril e não apresentava hemorragia, vômitos ou quaisquer outros sintomas. Está em bom estado geral e, mantido em isolamento total”.
Souleymane Bah foi transferido de avião, na manhã de hoje (10), de Cascavel, no Paraná – onde recebeu atendimento na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) Brasília – para o Rio e ainda não há previsão de qualquer informação sobre os resultados dos exames que, segundo o professor especializado em doenças infecciosas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Edimilson Migowiski, deve ter o diagnóstico feito por uma unidade da Fiocruz em Belém, no Pará. “Esse foi o desenho que foi feito. Tratar o paciente no Rio de Janeiro e mandar o material para confirmar ou descartar em Belém do Pará. A Fiocruz é uma casa clássica em relação a doenças infecciosas. O instituto é um hospital que tem este perfil e esta finalidade. Foi bem escolhido e é um dos mais importantes do país ”, explicou em entrevista.
De acordo com o infectologista, embora o paciente não apresente todos os sinais de contágio da doença, o isolamento é necessário para evitar que a doença se espalhe pelo país. “Frente a elevada letalidade do ebola tem que se pecar pelo excesso. Se o paciente veio de uma área com circulação do vírus e chega aqui, mesmo que seja com sinal brando, com febre baixa e quadro clínico não tão exuberante quanto o ebola costuma manifestar, ainda assim, acho que todo o rigor deve ser feito, no sentido de limitar o contato desse paciente com outras pessoas e mantê-lo isolado até que o diagnóstico seja confirmado ou descartado”, informou. “Esse rigor da Saúde Pública para este caso me parece perfeito”, disse.
Para o especialista, se for descartado o diagnóstico, a operação terá servido também para testar o esquema montado pelo Ministério da Saúde para o monitoramento de pacientes. “Torço para que não seja ebola e para que isto sirva basicamente como treinamento destas equipes envolvidas, para que se, por ventura, surgir algum caso confirmado, a gente tenha mais preparo e evite o risco de contaminação em nosso país”, acrescentou.
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Dilma durante trajeto até à Colina Sagrada nesta quinta (Foto Mateus Pereira).
Dilma durante trajeto até à Colina Sagrada nesta quinta (Foto Mateus Pereira).

Marival Guedes
A presidenta Dilma Rousseff, em visita hoje (9) a Salvador, criticou os ataques discriminatórios que o nordeste vem sofrendo por causa da expressiva quantidade de votos que ela obteve nesta região. A discriminação é alimentada por setores do PSDB, do candidato Aécio Neves, a  exemplo das declarações do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em entrevista ao portal UOL, um dia após o primeiro turno das eleições.
O ex-presidente tucano disse que “o PT está fincado nos menos informados, que coincide de ser os mais pobres. Não é porque são pobres que apoiam o PT, é porque são menos informados”, atacou. Dilma disse que não se pode deixar de valorizar a diversidade e considerou muito grave atribuir a sua votação ao discurso de que as pessoas que votaram nela não são qualificadas, são desinformadas, não sabem o que estão fazendo.
Essa é uma conversa velha, disse, e afirmou: “vim aqui dizer que não só agradeço, mas eu respeito extremamente essas pessoas, esses cidadãos e cidadãs que votaram em mim e me orgulham muito esses votos”. A presidenta pontuou ainda que “sem o Nordeste, sem a Bahia, este país não seria a nação que nós amamos, não seria o país que defendemos e pelo qual lutamos todos os dias.”.
Acompanhando a presidente-candidata, Wagner criticou o que classificou de mentiras, proferidas pelos opositores durante a campanha e a discriminação após a derrota. “Mentiram muito, mas a mentira tem pernas curtas, disse Wagner em tom de desabafo.
Para o governador, “a palavra encanta, mas o que sustenta é o trabalho realizado”. Ele agradeceu o apoio e disse que ficou muito gratificado por ter elegido um jovem para governar a Bahia.
DISCRIMINAÇÃO
Quanto à discriminação contra o povo nordestino, o governador disse que, “no desespero, eles estão destilando o ódio. Isso é preocupante. Não vamos tirar o valor da paz interna do nosso povo, do nosso país. Somos todos brasileiros, cada região com suas características”.
Rui Costa, eleito governador com 54,53%, agradeceu e reafirmou compromissos. Disse que não vai descansar “até o dia da eleição para que Dilma tenha mais votos que teve no primeiro turno”. A presidente venceu em todos os municípios baianos, com exceção de Buerarema, que receberá as visitas do governador Jaques Wagner e Rui Costa na próxima semana.
No encontro, representando as prefeituras, discursou a prefeita de Nova Redenção, Ana Guadalupe. onde Dilma teve 87,69% dos votos e Rui 88,70%. Ela agradeceu a atenção que os governos Wagner e Dilma deram aos municípios e disse confiar que o projeto terá segmento.
O vice-governador eleito, João Leão destacou os programas sociais e os investimentos em infraestrutura a exemplo das obras da Ferrovia de Integração Leste Oeste.
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Aécio e Dilma aparecem empatados em pesquisa Datafolha.
Aécio e Dilma aparecem empatados em pesquisa Datafolha.

Pesquisa Datafolha divulgada há pouco revela empate técnico na disputa presidencial. De acordo com o instituto, Aécio Neves, do PSDB, tem 51% dos votos válidos, enquanto Dilma Rousseff, do PT, alcança 49%.
A pesquisa ouviu 2.879 eleitores em 178 municípios entre ontem e hoje (dias 8 e 9).
Quando incluídos indecisos e intenções de votos brancos e nulos, Aécio tem 46% e Dilma soma 44%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número 01068/2014 e tem margem de erro de dois pontos percentuais.

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claudio_rodriguesCláudio Rodrigues | aclaudiors@gmail.com

Existem grupos de eleitores que, diante da disputa eleitoral, estão demonstrando, por meio das redes sociais, todo o sentimento de raiva, racismo, preconceito e repulsa a essas duas regiões e seus habitantes, como se nós fôssemos as sub-raças que Adolf Hitler tanto pregou e levou o mundo a Segunda Grande Guerra.

Acabo de assistir ao filma Amistad, baseado em fatos reais, do diretor Steven Spielberg com roteiro de David Franzoni. A sinopse do filme é a seguinte: Costa de Cuba, 1839. Dezenas de escravos negros se libertam das correntes e assumem o comando do navio negreiro La Amistad. Eles sonham retornar para a África, mas desconhecem navegação e se veem obrigados a confiar em dois tripulantes sobreviventes, que os enganam e fazem com que, após dois meses, sejam capturados por um navio americano, quando desordenadamente navegaram até a costa de Connecticut.
Os africanos são inicialmente julgados pelo assassinato da tripulação, mas o caso toma vulto e o presidente americano Martin Van Buren (Nigel Hawthorn), que sonha ser reeleito, tenta a condenação dos escravos, pois agradaria aos Estados do Sul e também fortaleceria os laços com a Espanha, pois a jovem Rainha Isabella II (Anna Paquin) alega que tanto os escravos quanto o navio são seus e devem ser devolvidos.
Mas os abolicionistas vencem, e o governo apela e a causa chega a Suprema Corte Americana. Este quadro faz o ex-presidente John Quincy Adams (Anthony Hopkins), um abolicionista não assumido, sair da sua aposentadoria voluntária, para defender os africanos.
Mas o que tem a ver uma história de 1839, nos Estados Unidos, com o Norte/Nordeste do Brasil?
A resposta é o segundo turno das eleições presidências entre os candidatos Dilma Rousseff e Aécio Neves. Existem grupos de eleitores que, diante da disputa eleitoral, estão demonstrando, por meio das redes sociais, todo o sentimento de raiva, racismo, preconceito e repulsa a essas duas regiões e seus habitantes, como se nós fôssemos as sub-raças que Adolf Hitler tanto pregou e levou o mundo a Segunda Grande Guerra.
Para se ter uma ideia dos absurdos, um grupo que se declara profissionais da classe médica, com quase cem mil seguidores, denominados de “Dignidade Médica”, defende a castração química dos nordestinos e nortistas e até mesmo o holocausto dos moradores das regiões Norte e Nordeste do País. Já outros defendem a construção de muros separando Norte e Nordeste do Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
Será que uma disputa eleitoral dentro dos princípios democráticos deve dividir um país e fazer com que irmãos desconheçam irmãos? Será que a melhoria na qualidade de vida dos habitantes dessas regiões, o acesso ao ensino superior e tecnológico, a uma melhor moradia e uma melhor distribuição de renda nessas regiões do Brasil, que por muitos anos foram esquecidas, pode gerar tanta raiva ao ponto de se pregar uma segregação?
Não muito distante, em Feira de Santana, um outro grupo de médicos procura casa em bairro nobre da cidade para abrir um Comitê Pró Aécio Neves. É um direito que o assiste, e temos que respeitar. Mas não seria mais prudente se esse mesmo grupo alugasse uma casa em um dos bairros carentes da cidade e lá dedicasse uma pequena parte de seu precioso tempo para atender seus moradores e através de seu trabalho “comunitário” fizesse sua política partidária?
Vale lembrar que boa parte desses senhores médicos estudou em instituições públicas bancadas com o dinheiro de todo brasileiro de todas as cinco regiões do País.
Eleição não é para dividir. O futuro presidente será presidente de todo o Brasil, de todos os brasileiros. Que, no próximo dia 26, cada um seja um pouco John Quincy Adams e que esse país realmente seja uma República Federativa. Pois, como disse o ex-presidente Getúlio Vargas, em sua carta testamento “Era escravo do povo e hoje me liberto para a vida eterna. Mas esse povo de quem fui escravo não mais será escravo de ninguém”.
Viva o Brasil. Viva o povo brasileiro.
Cláudio Rodrigues é empresário.

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horario-eleitoral2O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Dias Toffoli, proclamou na sessão plenária desta terça-feira (7) o resultado oficial do primeiro turno das eleições para a Presidência da República.
A candidata do PT à reeleição, Dilma Rousseff, obteve 41,59% dos votos válidos e Aécio Neves, do PSDB, recebeu 33,55%. A homologação do resultado abre oficialmente o segundo turno das eleições. A votação será no dia 26 deste mês.
Com a medida, o horário eleitoral no rádio e televisão recomeça quinta-feira (9), no bloco noturno da TV. Serão 40 minutos, divididos entre os candidatos à Presidência da República e aos governos estaduais. Dilma e Aécio terão dez minutos, cada um, no programa eleitoral. Os candidatos a governador terão direito a mais dez minutos, cada um.
A apuração da votação em todo o país foi concluída ontem (6), às 9h18. As últimas urnas apuradas foram nos municípios de Pauini e Guajará, ambos no Amazonas.

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Panorâmica do comércio de Itabuna.
Panorâmica do comércio de Itabuna.

A atividade do comércio voltou a crescer (0,9%) em setembro depois de recuo em agosto, de acordo com o Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio. Na comparação com setembro de 2013, a alta foi 5,2%. Com os resultados, o movimento dos consumidores no comércio acumulou, no período de janeiro a setembro de 2014, alta de 4,1% em relação ao mesmo período do ano passado.
A alta da atividade no comércio, em setembro, foi concentrada em dois segmentos: 0,9% no ramo de tecidos, vestuário, calçados e acessórios; e expansão de 0,8% nas lojas de móveis, eletroeletrônicos e equipamentos de informática. Já os demais setores acusaram queda em suas movimentações: recuo de 0,7% em supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas; queda de 2,1% em combustíveis e lubrificantes; recuo de 1,3% em veículos, motos e peças; e queda de 1% nas lojas de material de construção.
No período acumulado de janeiro a setembro deste ano, a atividade varejista cresceu 4,1%, liderada pelo setor de supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas (expansão de 4,3%) e combustíveis e lubrificantes, com alta de 2,2%. O segmento de móveis, eletroeletrônicos e equipamentos de informática expandiu 1,2% e o de veículos, motos e peças acumulou crescimento de 0,8%, no mesmo período. O setor de tecidos, vestuário, calçados e acessórios subiu 0,7%, de janeiro a setembro. As vendas de lojas de material de construção retraíram 3,1%.
Segundo os economistas da Serasa Experian, medidas de estímulo ao crédito anunciadas pelo governo, no final de agosto, e o período sazonal propício a inflação estão entre os fatores que impulsionaram o movimento dos consumidores nas lojas em setembro deste ano.

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Greve dos bancários começou no dia 30 (Foto Pimenta/Arquivo).
Greve dos bancários começou no dia 30 (Foto Pimenta/Arquivo).

Após receber nova proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), o Comando Nacional dos Bancários divulgou orientação à categoria para que encerre a greve. A paralisação começou no último dia 30. Ao todo, 10.355 agências e centros administrativos nos 26 estados e no Distrito Federal aderiram ao movimento.
Por meio de nota, o comando informou que, na nona rodada de negociação da Campanha 2014, a Fenaban aumentou o índice de reajuste de 7,35% para 8,5% (aumento real de 2,02%) nos salários e demais verbas salariais; de 8% para 9% (2,49% acima da inflação) nos pisos; e de 12,2% no vale-refeição.
Ainda segundo o comunicado, os bancos também vão incluir na convenção coletiva o compromisso de que o monitoramento de resultados ocorra com equilíbrio, respeito e de forma positiva para prevenir conflitos nas relações de trabalho. “Trata-se de mais um passo no combate às metas abusivas, que tem provocado adoecimento e afastamento de bancários”, avaliou o comando.
Outra mudança citada pela categoria é que a cobrança de metas passará a ser proibida não somente por mensagem de celular, mas também por qualquer outro tipo de aparelho ou plataforma digital.
De acordo com o comando, a Fenaban propõe a compensação dos dias parados durante a greve na forma de uma hora por dia no período de 15 de outubro a 31 de outubro – para quem trabalha seis horas, e uma hora por dia no período entre 15 de outubro e 7 de novembro para servidores com jornada de oito horas.
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Da BBC Brasil
Eleitores viciados em “selfies” vão precisar conter o impulso de se fotografarem diante da urna eletrônica na votação deste domingo. Caso contrário, podem pegar até dois anos de prisão e pagar multa de cerca de R$ 16 mil.
É o que diz a legislação eleitoral. Segundo o advogado especializado em Direito Eleitoral Anderson Pomini, os autorretratos na cabine de votação infringem não só o sigilo do voto, como prevê o artigo 312 do Código Eleitoral brasileiro (pena de até dois anos de prisão), quanto podem ser considerados uma espécie de boca de urna virtual, caso a imagem vá parar nas redes sociais.
Por este último crime, o eleitor pode ser detido de seis meses a um ano, com alternativa de prestação de serviços comunitários pelo mesmo período, e multa no valor de R$ 5.320 a R$ 15.961,50.
Uma resolução baixada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) determina que máquinas fotográficas, filmadoras, equipamentos de radiotransmissão e telefones celulares sejam entregues aos mesários antes da votação.
Quem descumprir a regra, pode receber voz de prisão dos presidentes das seções eleitorais, além de ter de pagar multa.

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Greve nos bancos pode chegar ao fim na segunda-feira (Foto Pimenta/Arquivo).
Greve nos bancos pode chegar ao fim na segunda-feira (Foto Pimenta/Arquivo).

Na nona rodada de negociação da Campanha 2014, realizada ontem à noite em São Paulo, no quarto dia da greve nacional da categoria, a Federação Nacional de Bancos (Fenaban) apresentou nova proposta ao Comando Nacional dos Bancários, que eleva o índice de reajuste de 7,35% para 8,5% (aumento real de 2,02%) nos salários e demais verbas salariais, de 8% para 9% (2,49% acima da inflação) nos pisos e 12,2% no vale-refeição.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), que coordena o movimento, ficou de analisar as propostas durante o fim de semana e vai convocar assembleias na segunda-feira junto aos 134 sindicatos em todo o país para decidir se aceitam as novas ofertas e suspendem a paralisação. D´O Globo.