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Amenade em frente a igreja evangélica (Foto jequié Notícias/G1).
Amenade em frente á igreja evangélica (Foto jequié Notícias/G1).

Conhecida como “Brega da Amenade”, uma tradicional casa de prostituição da cidade de Jequié, no sudoeste baiano, foi transformada há cinco anos em um centro de adoração evangélica. A mudança radical foi promovida pela dona do espaço, Maria Amenade Coelho, 67 anos, ex-cafetina bastante conhecida na região entre os homens que buscavam prazer e as mulheres que decidiam “vender o corpo” para fugir da pobreza.
“Deus me resgatou da lama e da miséria”, diz a idosa sobre a escolha de deixar a prostituição e se tornar evangélica. Até tomar a decisão, ela conta que comandou o espaço por 40 anos. “Eu já cheguei a ter cerca de 25 meninas. O pagamento dependia de quem era o homem e de quem era a mulher: podia ser de R$ 100 como também já chegou a ser R$ 5”, relembra.
Entrar no ramo da prostituição “foi questão de necessidade”, afirma. Com 22 anos, mãe de três filhos – um já falecido – e recém-separada, a oportunidade apareceu quando ela buscava renda alugando espaços para servir como bar e restaurante. “Conheci um homem que alugou a casa para mim e me ajudou. Depois, com sacrifício, eu comecei a pagar aluguel. Mais para frente, ele deu uma entrada para mim e eu acabei comprando [o bar]”, destaca.
Maria Amenade afirma que não tem boa lembrança dos 40 anos no comando do espaço. “Foi uma vida ruim. Tinha vergonha dos meus filhos, eles acabavam convivendo com todo aquela imundície. Onde tinha a prostituição, as drogas também estavam por perto”, explica. Mesmo próxima de substâncias ilícitas, se orgulha ao dizer que nem ela, nem os filhos se envolveram com entorpecentes. Leia a íntegra no G1.