Projeto Cabruca no sul da Bahia consegue doação de 5,3 milhões de dólares
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O Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF, em inglês) aprovou o projeto Conservação da Mata Atlântica por meio do manejo sustentável das paisagens agroflorestais do cacau, da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac). Com isso, receberá doação de US$ 5,3 milhões para cacauicultura. O projeto foi elaborado em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO).

De acordo com o diretor da Ceplac, Waldeck Araújo, o projeto pioneiro tem capacidade para acelerar a transformação e a modernização da cacauicultura no sistema cabruca, garantindo a preservação e a conservação ambiental. “Ao tempo que propiciará assistência técnica gerencial e a construção de um novo modelo de desenvolvimento para a região, usando as tecnologias disponíveis, como materiais resistentes a pragas, técnicas de manejo e fermentação”, destaca.

O diretor da Ceplac afirma que parte dos recursos será destinada para apoiar iniciativas de remuneração por serviços ambientais. “Todas essas ações são formas pelas quais a sociedade, em suas mais variadas representações, poderá trabalhar em conjunto com o Estado nas diversas esferas para o desenvolvimento regional sustentável”, completa.

3 MIL PEQUENOS AGRICULTORES BENEFICIADOS

A estimativa é que o projeto beneficie 3 mil agricultores familiares do sul da Bahia que produzem cacau sob o sistema cabruca, que é um modo de cultivo agroflorestal onde árvores nativas fazem sombra aos cacaueiros. De acordo com a Ceplac, 74% dos 93.000 produtores que cultivam cacau em quase 600 mil hectares no Brasil pertencem à categoria da agricultura familiar.

O representante da FAO no Brasil, Rafael Zavala, destacou que alinhar a conservação da biodiversidade com paisagens produtivas é uma das abordagens mais eficazes em prol da manutenção dos serviços ecossistêmicos e desenvolvimento social das populações rurais.

“Para a FAO, esse projeto é extremamente importante, não só pelo seu aspecto social, mas por possibilitar a expansão e recuperação de áreas degradadas, aumento da conectividade ecológica apoiada em mecanismos financeiros e por meio da geração de renda, o que permitirá que os resultados do projeto sejam sustentáveis ao longo dos anos”, disse Zavala.

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João Carlos: 20 mil cacauicultores beneficiados com Portaria da Cabruca

Publicada na edição de ontem (17) do Diário Oficial do Estado, a Portaria Conjunta 03/2019 da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema) e do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) beneficiará cerca de 20 mil produtores de cacau, na avaliação do titular da Sema, João Carlos Oliveira.

– Nós vamos sair de uma média atual de 300, para uma expectativa de 700 pés de cacau por hectare, preservando a Mata Atlântica. Isso nos leva ao aumento da produção e da produtividade, viabilizando a cabruca como uma atividade positiva no contexto econômico, social, ambiental e cultural, beneficiando mais de 20 mil produtores de cacau – afirma o secretário de Meio Ambiente da Bahia.

A Portaria da Cabruca atende a uma reivindicação dos produtores e atualiza portaria de 2015 sobre a concessão de Autorização de Manejo da Cabruca (AMC). De acordo com o Estado, o documento “reflete ampla discussão com os atores interessados”.Leia Mais

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Agricultores e técnicos em dia de campo em Barro Preto (Foto Divulgação).
Agricultores e técnicos em dia de campo em Barro Preto (Foto Divulgação).

O projeto de conservação produtiva desenvolvido pela Ceplac já conta com um braço financeiro. Apresentado a produtores rurais e técnicos, o Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC) disponibilizará até R$ 205 milhões para culturas sustentáveis na Bahia, a exemplo do cacau, financiado pelo BNDES.

Para o superintendente da Ceplac na Bahia, Juvenal Maynart, tanto o cacau cabruca como o cultivado em sistema agroflorestal com seringa se encaixam nos requisitos do ABC. Isso, afirma, permite dizer que o projeto Conservação Produtiva “já conta com seu braço financeiro”.

Além de cacau, o programa financiará, no estado, ações de recuperação de pastagens degradadas, de plantio direto na palha (aproveitando palha da cultura anterior-grãos), tratamento de dejetos animais, incentivo a florestas plantadas e sistemas agroflorestais. Confira reportagem da TV Santa Cruz sobre o programa.

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Reunião na segunda, 20: Cacau volta à pauta nas esferas estadual e regional.
Reunião na segunda, 20: Cacau volta à pauta nas esferas estadual e regional.

De repente, o cacau voltou à pauta dos governos estadual e federal. Há duas semanas, o governo anunciou a inclusão do produto na Política de Garantia de Preço Mínimo (PGPM), faltando apenas o “ok” da presidente Dilma Rousseff.
Nesta semana, o governo baiano sinalizou avanços que contemplam a visão de conservação produtiva, defendida pela Ceplac, e que fomenta a cultura do cacau-cabruca, sistema agroflorestal imprescindível para a preservação da Mata Atlântica. O secretário Eugênio Spengler (Meio Ambiente) antecipou que o governo publicará decreto que visa disciplinar a retirada de árvores exóticas e madeira caída em áreas de cabruca, o manejo sustentável.
Aliado a essas discussões – seja no preço mínimo ou na conservação produtiva -, a Ceplac voltou a mostrar a sua importância para a lavoura cacaueira. Quando assumiu a superintendência baiana do órgão federal, Juvenal Maynart dizia que o primeiro passo era colocar as discussões relacionadas ao cacau em outro patamar.
Aos poucos, o cenario vai mudando de forma positiva e – mais importante – com a participação dos produtores e da própria Ceplac.

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Projeto cria Selo Verde para o cacau cabruca.
Projeto cria Selo Verde para o cacau cabruca.

Projeto de autoria do deputado federal Félix Júnior (PDT-BA), o projeto de lei de criação do Selo Verde Cacau Cabruca e Cacau Amazônia foi aprovado ontem, 20, pela Comissão de Meio Ambiente, da Câmara dos Deputados.
Segundo Félix, o Selo Verde visa “atestar a sustentabilidade, interesse social e ambiental da cacauicultura brasileira, além de permitir que agricultores tenham acesso a financiamentos com melhores condições”.
Outro ponto importante, destaca o parlamentar, é que o selo permite valor maior na comercialização das amêndoas. Para ir a plenário, o projeto depende ainda de análise e votação na Comissão de Constituição e Justiça.

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O Instituto Cabruca abriu duas novas vagas para técnico agrícola para contrato de 30 meses e salário de R$ 3 mil. O contrato é para execução de atividades em assentamentos rurais, comunidades quilombolas e indígenas no sul da Bahia.
A seleção é por meio de currículo e entrevista e o profissional precisa possuir carteira de habilitação nas categorias A e B, boa comunicação oral e escrita e habilidade para trabalhar organizar equipe multidisciplinar, dentre outros requisitos. Os profissionais devem ter disponibilidade para residir em Pau Brasil e Itamaraju e conhecimento de Mata Atlântica e sistema cacau-cabruca.
Os currículos devem ser encaminhados para o email curriculo@cabruca.org.br até o dia 12 de janeiro. O instituto promete divulgar o resultado da seleção até o dia 13, no site www.cabruca.org.br.