Tempo de leitura: 2 minutosA Câmara de Vereadores acaba de anular o aumento de 14,92% na conta de água em Itabuna. O reajuste foi determinado em 5 de junho pelo prefeito Capitão Azevedo (DEM) e vigorou ilegalmente já no dia 1º de julho.
Por lei, o aviso do reajuste teria de ser veiculado com trinta dias de antecedência no Diário do Município e em veículos de comunicação, o que não ocorreu. Por isso, os vereadores aprovaram decreto legislativo que anula o reajuste determinado pelo prefeito Azevedo, em segunda e decisiva votação.
O reajuste escalonado de 14,92% começou a valer em julho. A Empresa Municipal de Água e Saneamento (Emasa) terá de ressarcir todos os seus consumidores pela cobrança do reajuste ilegal. A votação foi encerrada há pouco.
Apenas dez vereadores estavam na sessão, mas Solon Pinheiro, Milton Cerqueira e Didi do INSS se ausentaram do plenário para não votar o decreto legislativo.
Dos que não fugiram da raia, Raimundo Pólvora e Clóvis Loiola, ambos do PPS, seguiram recomendação do governo e, diante de ameaça de perda de cargos na prefeitura, votaram pela manutenção do aumento nas contas de água.
Os vereadores Vane do Renascer (PT), Wenceslau Júnior (PCdoB), Roberto de Souza (PR), Rose Castro (PR) e Ricardo Bacelar (PSB) votaram a favor do decreto 40/2009, que acabou aprovado por 5 a 2, e anula o reajuste ilegal.
RESSARCIMENTO JÁ NA CONTA DE NOVEMBRO
O consumidor pode exigir diretamente da Emasa o ressarcimento pelo que foi cobrado ilegalmente ou, se houver resistência, recorrer à Justiça. Pelo menos, é o que entende o primeiro-secretário da Câmara, Roberto de Souza, ouvido há pouco pelo Pimenta.
Da base do governo, Rose Castro (PR) votou pela derrubada do aumento ilegal da Emasa. E justificou: “não posso aceitar isso. Devo meu feijão e minha farinha ao povo”, disse.
A polêmica do reajuste ilegal da Emasa perdura desde o início de agosto, quando a Câmara foi acionada por eleitores e decidiu por votar o decreto legislativo para cancelar o aumento autorizado por Azevedo.