Pesquisador de supermercado está entre as vagas abertas nesta quinta-feira (13)
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Com vagas em áreas como supermercados, telemarketing, hotelaria e cozinha, as unidades do SineBahia nos municípios de Itabuna, Ilhéus e Una estão com oferta total de 196 vagas de emprego e de estágio e para jovens aprendizes nesta quinta-feira (13).

São 130 vagas em Itabuna, 16 em Ilhéus e 50 em Una. A maioria das vagas em Una são para residentes no município ou em Canavieiras.

Os interessados devem procurar as unidades do SineBahia para cadastramento e disputa de vagas. Em Itabuna, o atendimento é prestado no andar superior do Shopping Jequitibá, na Beira-Rio. Já em Ilhéus, na Rua Eustáquio Bastos, em frente à Praça Cairu, no Centro. A unidade de Una está situada na Rua Barão do Rio Branco, 307, no Centro.

O atendimento em Una vai até as 13h, enquanto em Itabuna e Ilhéus encerra-se às 15h30min. Os documentos que devem ser apresentados na hora do cadastramento são as carteiras de Identidade e de Trabalho, CPF e comprovantes de residência e de escolaridade, além de curso de qualificação na área pretendida, caso possua. Clique em Leia Mais e confira todas as vagas disponíveis.

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Maria Vitória, que estava grávida, foi morta com filha no colo || Reprodução TV Santa Cruz
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A Polícia Civil procura um homem suspeito de matar a ex-companheira a tiros e facadas, em Canavieiras, no sul da Bahia. Uma criança de 3 anos, que é filha da vítima e estava no colo da jovem no momento do crime, foi baleada.

De acordo com a polícia, o crime foi praticado na noite de segunda-feira (10), na Vila Goiabeira, zona rural do município.

A vítima foi identificada como Maria Vitória Souza Barbosa, de 18 anos, que estava grávida de quatro meses.

Segundo informações da Polícia Civil, Maria Vitória morreu no local do crime. Já a criança, foi levada para o Hospital Regional Costa do Cacau (HRCC), em Ilhéus, e de lá para o Hospital Manoel Novaes, em Itabuna, que é especializado em atendimento pediátrico. O estado de saúde dela não foi divulgada.

O suspeito do crime tem passagens pela delegacia por crimes que vão de tráficos de drogas a homicídio. Com informações da TV Santa Cruz. Atualizado às 17h57min.

Mega-Sena acumula em R$ 70 milhões
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O prêmio principal da Mega-Sena acumulou em R$ 47 milhões. No sorteio da noite desta quarta-feira (5), no Espaço de Loterias, em São Paulo, cinco apostas simples e um bolão feitos na Bahia acertaram cinco das seis dezenas e dividirão R$ 246 mil. Um bolão feito no município de Fátima faturou R$ 71.463,20.

Dentre as apostas simples contempladas na Bahia, uma foi feita no município Dom Basílio e outras quatro em Salvador. Cada uma receberá o prêmio de R$ 35.731,67.No geral, houve 109 apostas  no país que acertam as cinco dezenas. Na quadra, foram 8.175 ganhadores. Os números sorteados foram: 03, 04, 13, 29, 36 e 43.

Os acertadores das quatro dezenas no sul da Bahia são moradores de Canavieiras, Gandu, Ilhéus, Ipiaú, Itabuna e  Jussari. Cada um receberá R$ 680,60. O próximo sorteio da Mega-Sena será sábado (8). A aposta simples custa R$ 4,50 e pode ser feita até as 19h do dia do sorteio.

Funcionários do Banco do Brasil de Canavieiras em registro de 1964 || Acervo de Walmir Rosário
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“Entram no avião e um deles volta para o esperado discurso de despedida, que Boinha Cavaquinho lembra até hoje: ‘Canavieiras, Canavieiras, /Terra dos coqueirais,/Vai pra puta que pariu, /Que aqui não volto mais’”.

Walmir Rosário

O Banco do Brasil sempre foi considerado uma instituição singular, de prestígio em todo o país. Queiram ou não, era bem diferente dos demais estabelecimentos bancários, de acesso mais restrito a correntistas e funcionários. Estes somente ingressavam no corpo de funcionários pelo sistema de meritocracia, por meio de um concurso nacional, após anos de estudo. Valia a pena, por ser um emprego pra vida toda, até a sonhada aposentadoria.

Assinada a carteira e vencido o estágio probatório, o funcionário do BB era considerado um ser diferente, quem sabe superior, na hierarquia social, pelo prestígio que gozava na sociedade. A começar pelo contracheque, apelidado de espelho, recheado de cruzeiros, cruzados ou reais, em comparação aos salários pagos pelos bancos privados, também considerados bons pelos empregados.

E somente ingressavam no quadro de funcionários rapazes e moças cujo desempenho no concurso fosse bem acima da média. Uma prova considerada “pau a pau” com os temidos vestibulares. Língua portuguesa, com questões difíceis de gramática; história, e a mais temida: a matemática. Mas, não bastava, quem não fosse ágil e com um pedigree de ouro na datilografia nem se habilitasse, seria reprovado na hora.

Lembro dos meus tempos de menino, em que ficava deslumbrado ao entrar na agência Itabuna do BB e apreciar – com emoção – os lépidos funcionários datilografando contratos ou outros serviços. Mas, além de “bater a máquina”, ficávamos embevecidos com o cálculo feitos na máquina Facit manual, com as teclas numéricas e manivelas girando para frente e para trás, era um espetáculo para nós garotos.

Nem precisaria comentar, mas os funcionários do BB chamavam a atenção por serem considerados moços de alto partido pelas donzelas casadoiras, que se postavam nas janelas de suas casas no horário em que eles encerravam o expediente. Era um festival de suspiros quando eles passavam, muitas das vezes marcados por troca de olhares e algumas frases galanteadoras. Melhores partidos não haviam nas cidades.

Mas, para ostentar esse pesado status, os funcionários do BB foram obrigados a abrir mão de certos comportamentos e enfrentarem algumas mudanças na vida. Como o Concurso era nacional, na maioria das vezes tomavam posse no cargo em cidades e estados longe de onde moravam. Tinham que enfrentar as famosas repúblicas (morada coletiva) até que constituíssem família ou uma transferência para a cidade de origem.

Lembro que, em minha vida profissional, que me obrigava a “morar” em várias cidades e estados ao mesmo tempo, sempre encontrava um membro da Família Satélite (como são conhecidos os funcionários do BB). Era uma festa quando encontrávamos esses “conterrâneos”, que, muitas das vezes, até davam um jeito de facilitar nossa saída das intermináveis filas de atendimento nos caixas.

Por volta de 1977, saí da empresa em São Paulo com destino a Angra dos Reis para receber o pagamento de uma medição na Petrobras (oleoduto de Angra a Caxias). A Petrobras liberava o cheque três dias antes, com a recomendação de ser sacado no dia tal. Com o atraso na viagem, ao chegar na agência do BB, enquanto estacionava o carro, o relógio marcou as fatídicas 16h e os vigilantes fecharam as portas.

Eu não acreditava no que via, depois de horas viajando, consegui pegar o cheque na Petrobras e enquanto estacionava o carro encerrava o expediente. Enquanto eu olhava, sem acreditar, as portas fechadas, vejo um amigo de Paraty, Paulinho Polaco, gerente da casa lotérica em frente, que me pergunta: “O que foi?” E eu, desolado, conto o meu triste contratempo.

Paulinho me pede para esperar e entra por um corredor ao lado do prédio, conversa com o vigilante e entra na agência. Acena-me e entramos na agência. Quando me dirijo ao caixa indicado, dou de cara com um velho conhecido de Itabuna, Luiz Magaldi, que dá um grito: “Menino, o que você está fazendo aqui?”. Após o cumprimentos, agradeço a Paulinho e aos funcionários do BB, guardo a grande soma de dinheiro e vou embora.

Canavieiras é outro local onde guardo boas recordações do BB, muitos velhos e bons amigos. A agência do BB era uma potência e atendia a vários municípios da região, nas transações de impostos federais ou empréstimos da então pujante cacauicultura. Como àquela época dispunha de linhas regulares de aviação, era considerada uma cidade de grande porte.

Nos anos 1950, num desses concursos, uma turma da zona sul do Rio de Janeiro é aprovada e escolhe Canavieiras, cidade praiana e com voos diários para tomar posse. Quando aqui chegam, descobrem que a cidade não dispõe de energia elétrica, ruas calçadas, boates refinadas, enfim, a vida carioca. Com o prestígio, conseguem transferência para a cidade Maravilhosa e resolvem prestar uma homenagem.

Entram no avião e um deles volta para o esperado discurso de despedida, que Boinha Cavaquinho lembra até hoje: “Canavieiras, Canavieiras, /Terra dos coqueirais,/Vai pra puta que pariu, /Que aqui não volto mais”. Temendo reações, imediatamente fecharam a porta do avião, que partiu com direção do Rio de Janeiro. Como toda a família, a Satélite também tem sua pluralidade.

Walmir Rosário é radialista, jornalista e advogado.

Acidente provocou 4 mortes no acesso a Canavieiras || Foto A Voz do Povo
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A Polícia Rodoviária Estadual (PRE) identificou todas as quatro vítimas que faleceram em um acidente no trevo de acesso a Canavieiras, na Costa do Cacau, sul da Bahia. O acidente ocorreu por volta das 20h deste domingo (5). O carro de passeio em que viajavam, um GM Prisma, colidiu na traseira de um ônibus.

A tragédia provocou a morte de José Carlos Andrade de Deus, de 65 anos, amigo de Elenice Silva Luz, 44, e de Ana Beatriz Almeida e Micaela Almeida, de 11 e 9 anos, respectivamente, que também morreram no acidente.

Ainda não há informações sobre o que possa ter causado o acidente. O ônibus não transportava passageiros no momento da tragédia. Os corpos de motorista, de Elenice e das meninas foram levados para o Departamento de Polícia Técnica (DPT), em Ilhéus, e seriam liberados até o início da tarde desta segunda-feira (6). Atualizado às 13h19min para correção de informação.

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Personagem melhor não representaria Arembepe, tanto assim que se tornou, via eleição direta, honestíssima, Rainha da Rua da Flores, empunhando o cetro real por três carnavais consecutivos. Estava no tempo e local certos.

 

Walmir Rosário 

Há cerca de um mês (não me lembro bem) me encontrava em casa astuciando uma forma de reunir os velhinhos da Confraria d’O Berimbau e do Clube dos Rolas Cansadas para um vesperal no bar e restaurante Mac Vita, em Canavieiras, quando recebo uma mensagem de Trajano Filho, pelo WhatsApp: “Se preparem, neste sábado, Nélson Barbosa faz questão de comemorar seus 76 anos com uma deliciosa rabada, no Mac Vita”.

De imediato, pensei: Todos os meus problemas acabaram. Mas foi aí que minha cabeça rodou e pensamentos dos mais diversos atordoaram minha mente. Pelos meus cálculos, já participei de pelo menos umas quatro comemorações dos 76 anos de Nélson, ou estaria enganado? Pelo sim, pelo não, achei uma questão irrelevante, por terem as festas dignas do aniversariante, mesmo que repetidas.

Para quem não sabe, o conhecido e nomeado Almirante Nélson, pessoa pacata que voltou a Canavieiras para gozar da sua merecida aposentadoria no Derba, não tem ideia das artes e manhas deste sossegado senhor. Basta uma volta ao tempo, e na história de Arembepe, para conhecermos do que é capaz nosso ínclito personagem. No final da década de 1960 e início dos anos 1970, Nélson Barbosa, ou Nélson Amarelão, como era conhecido, ouviu falar do “paraíso dos hippies” e resolveu mudar-se de mala e cuia para o pedaço, mesmo sem ter qualquer ligação com a dita filosofia.

Pra início de conversa, comprou um terreno em Arembepe, sem se preocupar com a localização, descoberta feita cerca de um mês depois, quando resolveu levar a esposa e as duas filhas para a exploração do local. Com a ajuda de alguns moradores, descobriu a pretensa área e empreitou a construção da casa. O resto era bem mais simples, como descobrir a “passarela do álcool”, ou melhor a Rua da Flores.

Por ali Nélson sentou praça, conheceu os hippies da aldeia, os malucos locais e de Salvador que se homiziavam nos fins de semana ou férias. Foi um casamento perfeito e ele se tornou um deles, ou o deles. Personagem melhor não representaria Arembepe, tanto assim que se tornou, via eleição direta, honestíssima, Rainha da Rua da Flores, empunhando o cetro real por três carnavais consecutivos. Estava no tempo e local certos.

A década de 1960 foi marcada por uma série de tentativas de mudança no mundo, e de lá pra cá nunca mais foi o mesmo. E a vontade de mudar o mundo aconteceu na política, economia, na música e na cultura. A chamada contracultura foi a que chamou mais a atenção pela pregação do slogan paz e amor. A guerra dos Estados Unidos contra o Vietnã sofreu os maiores protestos, com músicas e passeatas pelos próprios norte-americanos.

Em 1969 foi realizado numa fazenda de pecuária no estado de Nova York o Woodstock Music & Art Fair, festival que bombou com a presença de mais 400 mil participantes e o que tinha de mais marcante no rock’n’roll pesado, mais ligado ao movimento hippie. O evento que foi criado por alguns jovens para ganhar um bom dinheiro ultrapassou todos os limites comerciais e de comportamento.

De lá pra cá, o mundo já não era mais o mesmo. Os adeptos da contracultura deixaram Woodstock e se espalharam por todos os recantos do planeta terra. As estradas ganharam hordas de mochileiros em busca do sonho de paz e amor. Cabelos e barbas grandes, roupas coloridas, instrumentos musicais e muita disposição para andar. A pé, de carona, dormindo ao relento, corriam estradas pregando a paz e o amor, a liberdade.

Algumas cidades brasileiras foram eleitas como a “Meca” do movimento hippie. Salvador, na Bahia e Paraty, no estado do Rio de Janeiro foram duas delas e que vivi de perto nessa ocasião. A maioria proveniente das cidades de São Paulo e Guanabara (com o grande Rio de Janeiro). Muitos deles, pessoas de origem abastada que resolveram mudar o mundo, inconformadas com qualquer questão, inclusive a família que continuava a mantê-los.

A aprazível e bucólica Arembepe abrigou os hippies por anos afio. Com o passar dos anos, muitos deles resolveram mudar de filosofia e de vida, trocando as vastas barbas e cabeleiras pelos melhores barbeiros, as multicoloridas roupas por ternos bem cortados, os simplórios chinelos por sapatos sociais lustrosos. Agora ocupavam cargos executivos em empresas multinacionais, preferencialmente ligadas ao polo petroquímico de Camaçari.

Uma mudança e tanto que deu certo. O jornalismo, a publicidade e o mercado baiano ganharam sangue novo e, por consequência, o Brasil e o mundo. Embora alguns ainda teimassem em persistir ouvindo Janis Joplin, Jimi Hendirx, outros passaram a seguir Raul Seixas e outros mais comportados. Já o Nélson Barbosa, ou Amarelão, continuou sua vida sonhando com sua aposentadoria e o retorno à querida Canavieiras.

Volta e meia encontramos um verdadeiro hippie por aí, professando sua filosofia. E não poderia deixar de finalizar com uma cena presenciada pelo saudoso jornalista Marcos Correia. Enquanto aguardava, pacientemente no ponto de ônibus da avenida Proclamação, no Savoia, em Ilhéus, o transporte para ir ao trabalho, foi testemunha ocular da autoanálise de um dos muitos malucos belezas que habitam este planeta.

Andando de um lado pro outro do passeio, nosso estranho personagem filosofava:

– Tem gente que acha que é fácil ser maluco! Tá pensando o quê? Venha ser pra ver? – filosofava para o deleite de passantes e outros observadores.

Realmente, essa é uma cena rara de se presenciar nos dias de hoje, o que demonstra que cada um escolhe o caminho a seguir.

Já o almirante Nélson, do seu ponto de vista filosófico, resolveu preservar sua jovialidade.

Walmir Rosário é radialista, jornalista e advogado.

Tyrone Perrucho em foto que sugeria ter atravessado o caudaloso rio em Canes
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Como se diz na política, ele não preparou em tempo um substituto à altura para agregar os seus amigos, que hoje vivem desgarrados, errantes de bar em bar.

 

Walmir Rosário

Na tarde de ontem (quarta-feira, 11 de janeiro), pasmem os senhores e senhoras, eu me encontrava no bar Mac Vita, como um simples expectador, assistindo a meus amigos Batista e Walter Júnior beberem um litrão de Coca Cola. Confesso que me sentia incomodado, haja vista considerar uma profanação de um dos botecos de memoráveis histórias festivas de Canavieiras, sede ocasional da Confraria d’O Berimbau e da Clube dos Rolas Cansadas.

Eis que de repente um carro dá uma parada e ouço algumas perguntas: Quem foi o melhor ponta-esquerda de Itabuna? E o melhor zagueiro? Respondo que Fernando Riela e Ronaldo Dantas, Piaba, dentre outros. E aí reconheço o autor das perguntas, o engenheiro agrônomo e advogado João Geraldo, que faz nova pergunta: “E quem mais desfrutou das noites e madrugadas de Canavieiras?”. E ele mesmo responde: “Tyrone Perrucho”.

João Geraldo segue caminho e nós continuamos nossa amena conversa tendo como testemunha um litrão de Coca Cola, embora, de antemão, confesso que não bebi. Na manhã desta quinta-feira recebo, via whatsapp, uma foto de Tyrone Perrucho, enviada por Alberto Fiscal. Já Raimundo Ribeiro, direto do Belém do Pará, responde presente na chamada. Foi aí que caiu a ficha: hoje é o segundo aniversário sem Tyrone Perrucho.

Tyrone era uma pessoa que se destacava por suas diferenças. Na foto acima, aparece ele como se estivesse saindo de uma epopeia de natação, após atravessar um braço de mar, cruzar de uma margem a outra de um rio. Que nada, era simplesmente uma foto para a sua gloriosa coleção. O dito cujo sequer sabia nadar; até que tentou, mas o professor gentilmente solicitou que ele buscasse algo mais parecido com suas habilidades.

Na realidade, o nosso ausente personagem gostava mesmo era de se dedicar à redação e edição do seu jornal, o Tabu, morto de morte matada assim que completou 50 anos. Foi um chega pra lá que deixou os leitores de boca aberta. Fora disso, nada mais lhe aprazia do que jogar conversa fora, de preferência num dos botequins em que “sentava praça” com frequente habitualidade, com a presença de amigos tantos.

Era pau pra toda a obra. Comemorava de tudo, datas festivas, aniversários, casamentos, batizados. Quando não os tinha, inventava, astuciava. Há décadas passadas escandalizou a sociedade canavieirense e o judiciário ao marcar seu casamento civil à beira da praia, ele, a coligada e convidados vestidos rigorosamente em trajes de banho. As autoridades forenses não permitiram e a praia da Costa continuou, apenas, como sítio de comemorações.

Ao planejar sua sonhada aposentadoria na Ceplac – após 30 longos anos de bons serviços prestados –, jurou que todos os dias beberia duas cervejas para abrir o apetite. Passou a comer pela manhã, ao meio-dia e à noite. Na ilha da Atalaia, onde se refugiou, mantinha contato com os amigos, via telefone, e-mail ou whatsapp, geralmente avisando o boteco que nos receberia, fazendo questão de informar que se tratava apenas um aviso e não convite.

Certa feita, comprou um carro novo em Salvador, apenas e tão somente para aproveitar a viagem de forma etílica e ainda convida o amigo da vida inteira, Antônio Tolentino (Tolé) para irem juntos. Tolé avisou que iria a Itabuna no domingo para assistir a um jogo do Itabuna, pois ainda não conhecia o novo (à época) Estádio Luiz Viana Filho. Tyrone diz que também gostaria de estar presente, mesmo sem gostar de futebol.

Chegaram em Salvador, pegaram o carro e viajaram com destino a Itabuna e Canavieiras, viagem que demorou quase uma semana. Conforme o garantido, chegaram a tempo de assistir à partida futebolística, mas caminhos diversos o tiraram do estádio, para a tristeza de Tolé, que somente foi conhecer o Itabunão um ano e meio depois, numa viagem feita em sigilo absoluto, para evitar a presença e interferência do amigo Tyrone.

Ao ler a crônica sobre a recuperação do famoso jipinho Gurgel, um dos mais antigos colegas da velha Divisão de Comunicação (Dicom) da Ceplac, Raimundo Nogueira, retrucou: “Não sei o porquê dessa implicância do amigo Perrucho com os carros. Também não sei o motivo que alguns colegas passaram a rejeitar as caronas por ele oferecidas, rumo quase sempre a uma boa farra…”.

E continuou. E por falar nessa matéria e o proverbial descaso de Tyrone Perrucho em cuidados com seus carros, certa feita aconteceram dois casos típicos. Primeiro, roubaram a antena da sua Brasília e ele, prontamente, colocou um fio de arame farpado no lugar, e como funcionou nunca mais tirou. Segundo, certa feita, alguém no banco traseiro deixou cair uma caixa de ovos caipira que se espatifou. Os ovos ali quebrados e mau cheiro correlato permaneceram no carro, intocados, por mais de dois meses. Sobrou mau cheiro e faltaram caronas.

Pois é! Dois anos sem o amigo e promoteur Tyrone Perrucho e a alegria que nos contagiava, por certo diminuiu bastante. Como se diz na política, ele não preparou em tempo um substituto à altura para agregar os seus amigos, que hoje vivem desgarrados, errantes de bar em bar. Também nem deu tempo, a tal da Covid-19 lhe pegou de jeito, levando para o outro mundo, se é que existe.

Até que ensaiaram uma campanha do tipo “Volte Tyrone Perrucho”, mas não funcionou. Fica apenas a eterna lembrança.

Walmir Rosário é radialista, jornalista e advogado.

Jequié é um dos 52 municípios baianos em situação de emergência || Foto GOVBA
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O Governo da Bahia publicou, nesta terça-feira (27), o Decreto nº 21.806/2022, que declara situação de emergência em 52 municípios afetados pelas fortes chuvas que atingem regiões baianas.

O documento abrange os municípios de Aiquara, Alcobaça, Aracatu, Arataca, Aurelino Leal, Barra da Estiva, Barra do Rocha, Belmonte, Boa Nova, Caetanos, Canavieiras, Contendas do Sincorá, Dário Meira, Guaratinga, Ibicaraí, Ibipeba, Ibirapitanga, Ibirapuã, Ilhéus, Ipiaú, Itabuna, Itacaré, Itagibá, Itaju do Colônia, Itamaraju, Itanhém, Itapebi, Itapetinga, Itaquara, Itarantim, Itororó, Ituaçu, Jequié, Jitaúna, Jucuruçu, Lafaiete Coutinho, Maiquinique, Manoel Vitorino, Maracás, Mascote, Milagres, Mirante, Pau Brasil, Piripá, Planalto, Poções, Prado, Santa Luzia, Tanhaçu, Ubaitaba, Ubatã e Vitória da Conquista.

COMITÊ DE CRISE

Também publicado nesta terça-feira (27), o Decreto Estadual nº 21.807/2022 formaliza a criação do Comitê de Crise – Operação Chuva, que define a atuação institucional dos órgãos integrantes no monitoramento e acompanhamento dos municípios atingidos pelas chuvas.

Família é socorrida de área isolada no interior da Bahia || Foto GOVBA

As atribuições do Comitê incluem elaboração de sistema de logística para atender às demandas regionais; identificação, em atuação com os municípios, dos insumos, medicamentos e itens necessários ao restabelecimento das áreas e comunidades afetadas; fornecimento de recursos tecnológicos e estruturais para o monitoramento e execução das ações adotadas pelo Comitê; esforços para promover a desobstrução do tráfego em rodovias destruídas pelas fortes chuvas; coordenação do processo de mobilização e participação social; e outras competências correlatas.

Fazem parte do Comitê de Crise a Superintendência de Proteção e Defesa Civil (Sudec), a Secretaria de Infraestrutura (Seinfra); a Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS); a Secretaria da Segurança Pública (SSP); a Secretaria da Saúde (Sesab); a Polícia Militar da Bahia (PMBA); o Corpo de Bombeiros Militar da Bahia (CBMBA); a Casa Militar do Governador, que coordena as ações; a Companhia de Engenharia Hídrica e de Saneamento da Bahia (Cerb); a Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder) e a Empresa Baiana de Águas e Saneamento S/A (Embasa).

Enchentes deixaram rastro de destruição em várias regiões da Bahia
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De acordo com dados atualizados pela Superintendência de Proteção e Defesa Civil da Bahia (Sudec), na tarde desta quarta-feira (21), 905 pessoas seguem desabrigadas, 14.114 desalojadas e 136.886 afetadas pelas chuvas no estado. Também foram registrados sete feridos e um óbito. O número total de atingidos chega a 151.913 pessoas.

Os números correspondem às ocorrências registradas em 81 municípios afetados pelas enchentes nas últimas semanas. Desse total, 62 municípios estão com decreto de Situação de Emergência (SE). Encontram-se nesta condição, no sul da Bahia, Arataca, Barro Preto, Buerarema, Canavieiras, Coaraci, Dário Meira, Firmino Alves, Ibicaraí, Ibicuí, Ilhéus, Ipiaú, Itabuna, Itajú do Colônia, Itajuípe, Itapé, Jussari, Pau Brasil, Santa Luzia e Ubaitaba.

Outros municípios no estado com situação de emergência são eles Aiquara, Alagoinhas, Alcobaça, Baixa Grande, Barra do Choça, Belo Campo, Brejões, Cachoeira, Caravelas, Cardeal da Silva, Cícero Dantas, Euclides da Cunha, Eunápolis, Fátima, Ibipeba, Iguaí, Inhambupe, Itambé, Itanhém, Itapebi, Itapicuru, Itaquara, Itarantim e Itororó.

A lista inclui ainda Jiquiriçá, Lafaiete Coutinho, Medeiros Neto, Mutuípe, Nova Itarana, Nova Soure, Nova Viçosa, Olindina, Porto Seguro, Prado, Ribeira do Pombal, Ribeirão do Largo, Santa Cruz Cabrália, Santa Cruz da Vitória, São Félix, Teodoro Sampaio, Vereda, Vitória da Conquista e Wenceslau Guimarães.

Destinos no sul da Bahia são destaques em festival || Tiago Queiroz/Setur-ba
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A zona turística Costa do Cacau, que inclui municípios como Itacaré, Ilhéus, Canavieiras, Maraú, Uruçuca e Una, foi um dos destaques apresentados pela Secretaria de Turismo da Bahia (Setur-BA) no Festival Internacional do Chocolate e Cacau – Chocolat São Paulo 2022. Com a participação de 168 marcas, o evento movimentou R$ 5 milhões em negócio durante quatro dias, segundo os organizadores.

O Festival Internacional do Chocolate e Cacau foi realizado no Centro de Convenções Anhembi, na capital paulista, com exposições, workshops e acordos comerciais. Durante quatro dias, a Setur-BA promoveu os atrativos das 13 zonas turísticas do estado, com destaque para a Costa do Cacau.

No estande da Setur-BA, os visitantes receberam informações sobre o roteiro da Estrada do Chocolate, a Ilhéus/ Uruçuca. A programação inclui um tour por antigas fazendas de cacau, onde o turista tem contato com a cultura do fruto, desde o plantio até o aproveitamento das amêndoas para a fabricação de chocolate e outros derivados, como licor e geleia. Houve ainda a degustação de produtos gourmet.

APROVARAM

“Eu não conhecia o chocolate baiano. Experimentei vários tipos e achei todos sensacionais. Pretendo conhecer o trabalho dos produtores e as famosas fazendas de cacau de Ilhéus”, revelou o empresário Alexandre Carvalho, de Campos do Jordão, no interior de São Paulo.

Já a modelo Camila Nascimento, que vive na capital paulista, tem planos de retornar à Bahia. “Na primeira vez, fiquei em Salvador e Morro de São Paulo. Na próxima, quero visitar a Costa do Cacau, para sentir de perto o que só vi em novelas”.

O organizador do festival, Marco Lessa, ressaltou o impacto do setor chocolateiro na economia baiana. “Já são mais de 200 marcas de chocolate produzidas na Bahia, que geram emprego e renda e se tornaram atrações gastronômicas. Hoje, cerca de 40% dos turistas que chegam ao sul do estado foram atraídos pela história do cacau”.

Aposta feita em Itabuna fatura R$ 72 mil na Mega-Sena
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Não foi desta vez que o prêmio milionário da Mega-Sena saiu para Itabuna. Mas existe um morador ou moradora na cidade do sul da Bahia que passará o final de ano com uma grana extra na conta. Uma aposta simples feita em Itabuna “bateu na trave” no sorteio realizado na noite desta quarta-feira (14), no espaço de loterias da Caixa, em São Paulo, e faturou R$ 36.544,82.

Acumulado há vários sorteios, o prêmio principal saiu para um sortudo ou sortuda de Belo Horizonte (MG), que embolsará R$ 134.811.174,29. De acordo com a Caixa, esse montante pode render R$ 828,7 mil na poupança no primeiro mês de investimento.

Na Bahia, além de Itabuna, houve acertadores na quina nos municípios de Bom Jesus da Lapa, Feira de Santana, Luís Eduardo Magalhães, Porto Seguro, Salvador e Vitória da Conquista. Cada apostador faturou R$ 36.544,82. Em todo país, 186 apostas acertaram a quina. As dezenas sorteadas nesta quarta-feira foram: 09, 15, 23, 25, 29 e 30.

Na quadra, houve 12.011 ganhadores, entre os quais dois de Camacan, dois de Canavieiras, dois de Gandu, dois de Ibicaraí, três de Ibirataia, quatro de Ipiaú e seis de Itabuna. Outros municípios com ganhadores na quadra são Ilhéus, Itacaré e Ubaitaba. Cada apostador receberá R$ 808,46. A exceção foi um bolão de Canavieiras, com 25 participantes, que faturou R$ 2.425,25.

Segundo a Polícia, mulher usou um rodo para agredir a criança
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A Polícia Civil prendeu uma mulher acusada de espancar a própria filha, em Canavieiras, no sul da Bahia. Ela teria usado um rodo para bater na criança de 9 anos, que foi internada com ferimentos nos braços, pernas e cabeça. A agressão ocorreu no mês passado, segundo as investigações, e a mulher foi presa ontem (13), na mesma cidade.

“Ela alega que a filha deixou cair uma mobília, por isso agrediu a menor fisicamente. No dia do fato ela foi contida pelo padrasto da criança, que interveio nas agressões e a levou até o hospital da cidade”, explicou o delegado Renato Fernandes, titular da Delegacia de Canavieiras.

O caso chegou ao conhecimento da Polícia após a criança ser levada ao hospital.  “A ação e investigação policial contaram com apoio dos Conselheiros Tutelares e Centro de Referência de Assistência Social (CREAS) de Canavieiras. Agora, trabalharemos para solicitar a prisão preventiva da investigada”, acrescentou o delegado.

A mulher foi transferida para a 6ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin) de Itabuna, onde está à disposição do Poder Judiciário.

Mega-Sena acumula e sorteia 135 milhões de reais na quarta-feira
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Sete baianos “bateram na trave” no concurso 2547 da Mega-Sena, sorteado na noite de sábado (10), no Espaço de Loterias da Caixa, em São Paulo.   São um apostador de Barreiras, um de Feira de Santana e cinco de Salvador, que acertaram cinco das seis dezenas. A aposta de Barreiras, no oeste do estado, foi com sete números e levará R$ 131.538,40. As demais vão embolsar R$ 65.769,20 cada.

Em todo o país, 100 apostas acertaram as cinco dezenas da Mega-Sena. Na quadra, houve 8.588 ganhadores, dos quais 21 do sul da Bahia. Em Itabuna, 11 apostadores acertaram os quatro números no sorteio realizado ontem. Os demais são moradores de Buerarema, Camacan, Canavieiras, Ibirapitanga, Ilhéus e Una. Cada um levará R$ 1.094,03.

O prêmio principal acumulou mais uma vez. Com isso, o sorteio de quarta-feira (14) está acumulado em R$ 135 milhões. As dezenas sorteadas ontem foram: 10, 25, 31, 37, 38 e 57. A posta da Mega-Sena pode ser feita em qualquer lotérica do país. A aposta simples custa R$ 4,50.

Dr. Almeida (de óculos) desfila em carro aberto para comemorar absolvição
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O Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) anulou a sentença de primeira instância que, em agosto passado, havia condenado o prefeito de Canavieiras, Clóvis Roberto Almeida, Dr. Almeida, a perder o mandato por acusação de abuso de poder político na eleição de 2020, quando ele foi reeleito.

Médico, Dr. Almeida foi acusado de distribuir cestas básicas e de fazer partos em troca de votos. Ao PIMENTA, o advogado do prefeito, Alah Góes, disse que seu cliente havia sido condenado sem provas.

“Não se provou nada. As cirurgias que ele realizou foram em caráter de urgência. Como médico, ele não poderia deixar de atender mulheres em situação de emergência. O juízo foi levado a erro por conta de uma afirmação do prefeito dizendo que tinha feito mais de mil partos. Só que ele fez mais de mil partos no decorrer da carreira dele, que já tem mais de 40 anos”, explicou o advogado.

Ele acrescentou que os partos citados no processo envolveram parturientes em situação de risco de vida, daí a necessidade da intervenção médica rápida. “Como médico, ele não poderia deixar de atender mulheres em situação de emergência”.

Ainda segundo Alah Góes, originalmente, a ação foi movida pela coligação adversária do prefeito em 2020, mas os adversários desistiram de levar o processo adiante, o que foi feito pela Promotoria Eleitoral.

O TRE-BA acatou o argumento da defesa sobre a distribuição de cestas básicas. Segundo o advogado, a iniciativa da Secretaria de Bem-Estar Social de Canavieiras foi normal, dentro dos padrões da atuação da pasta fora do período eleitoral, e não foi vinculada a qualquer indução ou pedido de voto.

O prefeito acordou cedo nesta segunda-feira de julgamento. Por volta das 4h25, disparou mensagens em que se referiu a si mesmo na terceira pessoa. “Deus é justo e fiel e não vai deixar o prefeito DR ALMEIDA ser cassado por estar fazendo cesarianas de emergência, salvando vidas de mães e filhos”, escreveu o mandatário em uma rede social. Mais tarde, comemorou a absolvição desfilando em carro aberto na cidade.

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Equipes da 71ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM) prenderam, na quinta-feira (1º), um homem que tinha mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça mineira, durante abordagem na região da Beira Rio, em Canavieiras.

Os policiais encontraram o foragido em uma região de mangue. Após verificação de documento, ficou constatado que o homem possuía um mandado, como contou o tenente Matheus Rodrigues, lotado na 71ª CIPM.

“Realizamos uma ação de rotina na região, quando o homem foi abordado. Apresentamos o foragido da Justiça na Delegacia”, finalizou o oficial.