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Por antiguidade, Tadeu é promovido de capitão a major.
Por antiguidade, Tadeu é promovido de capitão a major.

O Diário Oficial do Estado publicou hoje (16) decretos simples de promoção de policiais militares. A lista tem mais de 150 nomes, incluindo o ex-deputado Tadeu Fernandes.
O decreto simples, assinado pelo governador Jaques Wagner, promove a major um dos líderes da greve da PM deste ano.
A promoção se deu pelo critério de antiguidade.
Capitão Tadeu disputou vaga à Câmara Federal, em outubro, mas, ao contrário de outros líderes da greve na PM, não conseguiu ser eleito.

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josé januárioJosé Januário Neto | netto_felix74@hotmail.com

A discussão deve prevalecer sobre questões como mandato, ideologia, partidarismo e escolha de apoio político e não sobre a história de luta do cidadão que se lança como candidato.

A corrida eleitoral para vagas na Câmara Federal e Assembleia Legislativa da Bahia tem um diferencial este ano. Nunca se lançou tantos militares para a disputa.
Desde oficiais a praças, a disputa está acirrada dentro da caserna, todos tentando sensibilizar os colegas e familiares destes, a ser o escolhido. Que em sua grande maioria irá eleger, caminhar com o vereador Marco Prisco, líder da greve no Estado baiano em 2012.
Correndo por fora para deputado estadual vem o Coronel Serpa, bem relacionado e de sorriso farto, Serpa goza de grande prestígio entre os seus pares. Já o coronel Gilberto Santana, realizou grande trabalho como chefe de polícia aqui na região e fez carreira como político distante das discussões e votos dos militares, mas pesa contra si ser antipatizado pela classe militar pelo seu jeito centralizador e temperamento forte, não agregador, principalmente pela classe Praça da PM. E isso eleva sua rejeição.
Disputas aqui e acolá, mas cada um desses citados tem o seu papel político e prestígio em determinadas regiões do Estado ou mesmo dentro da classe em que surgiu e fez carreira. O problema está para Deputado Federal, onde duas correntes dentre os militares disputam a representatividade legal.
Uns querem Capitão Tadeu, outros o Soldado Josafá. O primeiro foi deputado estadual por três vezes e o segundo liderou a greve da PM na cidade de Feira de Santana.
As acusações são diversas! Quem é contra Tadeu o acusa de sempre “surfar na onda política do momento”, ou seja, de estar sempre ligado ao grupo que está no poder e nunca lutar, exigir melhorias para classe PM como um todo. Os que são a favor rechaçam a ideia e dizem ser ele o único que vinha politicamente, de fato e de direito, a lutar por melhorias.
Contra Josafá dizem ser ele candidato para tirar votos de Tadeu, e que seria ligado a outro candidato da mesma legenda de seu adversário, não cabendo sua candidatura nesse momento, pois há um acordo de cavalheiros entre Prisco e Tadeu para que o apoio seja mútuo dentro da classe e que deve ser respeitado.
Já os que o defendem, relatam que é o verdadeiro representante não da classe PM, mas dos Praças, que anseiam por uma representatividade “puro-sangue”, originária.
Por um lado, estamos vivenciando o amadurecimento político de servidores públicos que antes eram tolhidos e avessos às questões políticas, mas também vemos, como em qualquer grupo político, que a disputa pelo poder e liderança de uma classe ou casta social gera desentendimentos que poderão enfraquecê-lo internamente.
Os ataques beiram a irracionalidade. A discussão deve prevalecer sobre questões como mandato, ideologia, partidarismo e escolha de apoio político e não sobre a história de luta do cidadão que se lança como candidato, quem fez menos ou mais. Ou deixou de fazer.
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Prisco foi preso nesta sexta (Reprodução Rede Globo).
Prisco deixa aeroporto em direção ao presídio da Papuda (Reprodução Rede Globo).

A bravata incendiária do deputado estadual Capitão Tadeu (PSB) terá consequências. Do Presídio da Papuda, no Distrito Federal, o vereador Marco Prisco (PSDB) desautorizou o deputado e pediu aos policiais militares que não retomem a greve, segundo a Folha de São Paulo. A informação teria sido confirmada ao jornal pelo advogado do preso e dirigentes da associação comandada pelo ex-policial, a Aspra.
A tomada de decisão de Prisco atenderia ao clamor de políticos como a senadora Lídice da Mata (PSB) e do prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), que temem assumir – compulsoriamente – os ônus decorrentes da retomada da greve. Isso, porque Tadeu é do PSB e Prisco, além de aliado de ACM Neto, pertence ao PSDB.
Lídice já se posicionava contra a greve por meio do Twitter. Ela ainda revelou que o Capitão Tadeu conversou com a ex-ministra Eliana Calmon, que aconselhou o parlamentar a não estimular nova paralisação. Tadeu não aceitou os conselhos da ex-ministra do Superior Tribunal de Justiça, conforme a senadora Lídice da Mata.
Nas redes sociais, quando questionada, Lídice respondia que ali era uma posição (e responsabilidade) do deputado estadual, que não falava nem representava o partido, mas a sua classe, os policiais.